Gîtâ – Wikipédia, a enciclopédia livre
"Gîtâ" | |||||||
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Single de Raul Seixas do álbum Gita | |||||||
Lado A | Gîtâ | ||||||
Lado B | Não Pare na Pista | ||||||
Lançamento | Julho de 1974[1] | ||||||
Formato(s) | Disco de vinil de 7 polegadas, tocado à 33 1/3 RPM | ||||||
Gravação | 1974 | ||||||
Gênero(s) | Rock and roll | ||||||
Duração | 04:50 (Lado A) 02:50 (Lado B) | ||||||
Gravadora(s) | Philips Records | ||||||
Composição | Raul Seixas / Paulo Coelho | ||||||
Produção | Marco Mazzola | ||||||
Cronologia de singles de Raul Seixas | |||||||
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Lista de faixas de Gita | |||||||
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"Gîtâ" é uma canção composta pelo cantor e compositor Raul Seixas e pelo escritor Paulo Coelho e lançada originalmente em um compacto simples, em julho de 1974.[2][1] Apesar de Raul já ser conhecido à época do seu lançamento, o sucesso dessa música é creditado como responsável pelo status que o compositor baiano adquiriria nos anos seguintes, tendo o compacto vendido 600 mil cópias.[1][3] O próprio álbum homônimo, puxado pela faixa título, ultrapassou a vendagem de 100 mil cópias no ano de seu lançamento, sendo certificado disco de ouro.[4]
Em 2009, foi escolhida pela revista Rolling Stone Brasil como uma das 100 maiores músicas brasileiras figurando no 72° lugar.[5]
Faixas
[editar | editar código-fonte]O compacto foi lançado com duas faixas, uma em cada lado do disco de vinil de 7 polegadas, tocado à 33 1/3 RPM, ambas escritas por Raul Seixas e Paulo Coelho.
Gîtâ | ||||||||||
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N.º | Título | Duração | ||||||||
1. | "Gita" | 4:50 | ||||||||
2. | "Não Pare na Pista" | 2:50 | ||||||||
Duração total: | 7:40 |
Produção e promoção
[editar | editar código-fonte]O videoclipe, gravado para o programa Fantástico, da TV Globo, e criado por Cyro Del Nero,[6] é considerado um dos primeiros números musicais em cores a fazer sucesso na televisão brasileira.[7][8] Antes de tocá-lo no programa, Raul afirmou:[6]
Esse fenômeno mágico, esse interesse súbito, vamos dizer assim, por essa magia, por essa coisa toda que tá pintando agora, como o filme O Exorcista, essa coisa toda está sendo considerada causa, quando na realidade, é um efeito. A música Gita coloca bem isso, ela desperta em cada um o que a pessoa é: o bem e o mal como sendo uma coisa só. E desperta, na pessoa, Deus como um todo.
Contexto e análise
[editar | editar código-fonte]Seu título faz alusão a um dos textos sagrados do hinduísmo, o Bhagavad Gita, que faz parte do Mahabharata, um dos dois textos épicos mais importantes da Índia e considerado por alguns autores como o texto sagrado mais importante da religião hindu.[3] O texto indiano trata de um diálogo travado entre o guerreiro Arjuna e Krishna, antes da guerra de Kurukshetra, no qual o primeiro pergunta pela natureza de Krishna.[5][9]
“ | 20 - Eu sou a Essência Espiritual que habita nas profundezas da alma e no íntimo de cada criatura - o princípio, o meio e o fim de todas as coisas; a sua origem, a sua existência, o seu termo final. 21 - Eu sou Vishnu entre as forças criadoras; entre os seres do mundo sideral, eu sou o sol; nos espaços atmosféricos sou a tempestade; entre as luminárias do céu noturno sou a lua.[10] | ” |
Referências na cultura popular
[editar | editar código-fonte]A canção fez parte da trilha sonora nacional da telenovela Mulheres de Areia, exibida pela Rede Globo em 1993; da telenovela Amor e Revolução, exibida pelo SBT em 2011; além de ser tema de abertura de outra telenovela - Brida - exibida em 1998, pela Rede Manchete.
Outras versões
[editar | editar código-fonte]Foi gravada posteriormente por Maria Bethânia (em show com Chico Buarque de Holanda), RPM, Rita Lee, Zé Ramalho, Ney Matogrosso, Daniel e a dupla sertaneja Milionário & José Rico. Além disso, o próprio Raul Seixas realizou uma versão em inglês, intitulada "I Am (Gita)" para o seu álbum de 1987.
Ver também
[editar | editar código-fonte]Referências
- ↑ a b c ALEXANDRE, 1999.
- ↑ FRANS, 2000, p. 112.
- ↑ a b SOUZA, 2011, p. 69.
- ↑ DOMINGUES, 2004, p. 118.
- ↑ a b LUIZ, Outubro de 2009.
- ↑ a b BARCINSKI, 2014, pp. 21-22.
- ↑ Relembre o clipe da música 'Gita', de Raul Seixas. Globo.com - Vídeo Show, 10 de novembro de 2011
- ↑ 25 anos sem Raul Seixas. Publicado em Rolling Stone Brasil.
- ↑ BOSCATO, 2006, p. 190.
- ↑ ROHDEN apud BOSCATO, 2006, pp. 190 e 191.
Bibliografia
[editar | editar código-fonte]- ALEXANDRE, Ricardo. Eu morri há dez mil anos atrás. Publicado em revista Trip, nº 71, julho de 1999.
- Barcinski, André. Pavões Misteriosos — 1974-1983: A explosão da música pop no Brasil São Paulo: Editora Três Estrelas, 2014.
- FRANS, Elton. Raul Seixas: a história que não foi contada. Rio de Janeiro: Irmãos Vitale, 2000.
- SOUZA, Isaac Soares de. Dossiê Raul Seixas. São Paulo: Universo dos Livros Editora, 2011.
- DOMINGUES, André. Os 100 melhores CDs da MPB. São Paulo: Sá Editora, 2004.
- LUIZ, Thiago Marques. Nº 72 - Gita. Publicado em Rolling Stone Brasil, 100 maiores músicas brasileiras, edição 37, outubro de 2009.
- MOTTA, Nelson. Noites tropicais. Rio de Janeiro: Editora objetiva, 2000.