António Gomes Leal – Wikipédia, a enciclopédia livre
António Gomes Leal | |
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Nome completo | António Duarte Gomes Leal |
Nascimento | 6 de junho de 1848 Lisboa, Portugal |
Morte | 29 de janeiro de 1921 (72 anos) Lisboa, Portugal |
Residência | Rua da Bela Vista à Graça, 152 - 2º, Lisboa |
Nacionalidade | Portuguesa |
Ocupação | Poeta |
Magnum opus | Tributo de Sangue |
António Duarte Gomes Leal (Lisboa, 6 de junho de 1848 — 29 de janeiro de 1921)[1] foi um poeta e crítico literário[2] português.
Vida e obra
[editar | editar código-fonte]Nasceu na praça do Rossio, freguesia da Pena, em Lisboa, filho natural de João António Gomes Leal (m. 1876), funcionário da Alfândega, e de Henriqueta Fernandina Monteiro Alves Cabral Leal.
Frequentou o Curso Superior de Letras, mas não o concluiu, empregando-se como escrevente de um notário de Lisboa.[2] Durante a sua juventude assumiu pose de poeta boémio e janota, mas, com a morte da sua mãe, em 1910, caiu na pobreza e reconverteu-se ao catolicismo.[3] Vivia da caridade alheia, chegando a passar fome e a dormir ao relento, em bancos de jardim, como um vagabundo, tendo uma vez sido brutalmente agredido pela canalha da rua. No final da vida, Teixeira de Pascoaes e outros escritores lançaram um apelo público para que o Estado lhe atribuísse uma pensão, o que foi conseguido, apesar de diminuta.
Foi um dos fundadores do jornal "O Espectro de Juvenal" (1872)[2] e do jornal "O Século" (1880),[2] tendo colaborado também na Gazeta de Portugal,[2] Revolução de Setembro[2] e Diário de notícias.[2] Tem ainda colaboração na revista ilustrada Nova Silva [4] (1907) e outras publicações periódicas, nomeadamente: a Revista de arte e de crítica [5] (1878-1879), O Berro [6] (1896), Branco e Negro [7] (1896-1898), Brasil-Portugal[8] (1899-1914), A Corja [9] (1898), Galeria republicana [10] (1882-1883), A imprensa (1885-1891), Jornal de domingo (1881-1888) A leitura (1894-1896), A Mulher [11] (1879), As Quadras do Povo [12] (1909), Ribaltas e Gambiarras [13] (1881), O Thalassa (1913-1915), Argus [14] (1907), O Xuão [15] (1908-1910), Lusitânia [16] (1914), Revista de turismo [17] iniciada em 1916, no periódico O Azeitonense [18] (1919-1920) e no jornal Miau![19] (1916). A sua obra insere-se nas correntes ultra-romântica, parnasiana, simbolista e decadentista.
Em 1933 a Câmara Municipal de Lisboa homenageou o poeta dando o seu nome a uma rua no Bairro do Arco do Cego, freguesia do Areeiro.[20]
Bibliografia activa
[editar | editar código-fonte]- A Fome de Camões: Poema em 4 cantos (1870) (eBook)
- O Tributo do Sangue (1873)
- A Canalha (1873)
- Claridades do Sul (1875) (eBook)
- A Fome de Camões (1880)
- A Traição (1881)
- O Renegado: A Antonio Rodrigues Sampaio, carta ao velho pamphletario sobre a perseguição da imprensa (1881) (eBook)
- A Morte do Atleta (1883) (eBook)
- História de Jesus para as Criançinhas Lerem (1883)
- O Anti-Christo (1884)
- Troça à Inglaterra (1890)
- Fim de um Mundo (1899)
- A Morte do Rei Humberto (1900)
- O Jesuíta e o Mestre Escola (1901)
- A Mulher de Luto (1902)
- Serenadas de Hylario no Ceo
- Senhora da Melancolia (1910)
- Hino Pátria,letra de Gomes Leal e música de Alfredo Keil
- O velho palácio.
Bibliografia passiva
[editar | editar código-fonte]- Nemésio, Vitorino: Destino de Gomes Leal
Referências
- ↑ História de Portugal - Dicionário de Personalidades (vol. XVI) ISBN 989-554-121-X
- ↑ a b c d e f g Grande Enciclopédia Universal (vol. 12) ISBN 84-96330-12-5
- ↑ Enciclopédia Larrousse (vol. 11) ISBN 978-972-759-931-8
- ↑ Álvaro de Matos (21 de Dezembro de 2011). «Ficha histórica: Nova silva : revista ilustrada» (PDF). Hemeroteca Municipal de Lisboa. Consultado em 3 de Dezembro de 2015
- ↑ Helena Roldão (16 de julho de 2013). «Ficha histórica: Revista de arte e de critica (1878-1879)» (PDF). Hemeroteca Municipal de Lisboa. Consultado em 16 de abril de 2015
- ↑ Rita Correia (26 de Setembro de 2012). «Ficha histórica: O Berro : caricaturas de Celso Herminio (1896)» (PDF). Hemeroteca Municipal de Lisboa. Consultado em 7 de Julho de 2014
- ↑ Rita Correia (1 de Fevereiro de 2012). «Ficha histórica: Branco e Negro : semanario illustrado (1896-1898)» (PDF). Hemeroteca Municipal de Lisboa. Consultado em 21 de Janeiro de 2015
- ↑ Rita Correia (29 de Abril de 2009). «Ficha histórica: Brasil-Portugal : revista quinzenal illustrada (1899-1914).» (PDF). Hemeroteca Municipal de Lisboa. Consultado em 26 de Junho de 2014
- ↑ Rita Correia (29 de Setembro de 2010). «Ficha histórica: A corja: semanario de caricaturas (1898)» (PDF). Hemeroteca Municipal de Lisboa. Consultado em 29 de Setembro de 2014
- ↑ «Galeria republicana (1882-1883), Nº1, 1ª página» (PDF). Hemeroteca Municipal de Lisboa. Consultado em 13 de fevereiro de 2017
- ↑ Helena Roldão (6 de março de 2013). «Ficha histórica: A Mulher (1879).» (PDF). Hemeroteca Municipal de Lisboa. Consultado em 12 de Janeiro de 2015
- ↑ Helena Roldão (3 de outubro de 2012). «Ficha histórica: As Quadras do Povo (1909).» (PDF). Hemeroteca Municipal de Lisboa. Consultado em 31 de março de 2015
- ↑ Pedro Mesquita (26 de março de 2013). «Ficha histórica: Ribaltas e gambiarras (1881)» (PDF). Hemeroteca Municipal de Lisboa. Consultado em 19 de junho de 2015
- ↑ Helena Roldão (17 de junho de 2014). «Ficha histórica: Argus:revista mensal ilustrada (1907).» (PDF). Hemeroteca Municipal de Lisboa. Consultado em 17 de Setembro de 2014
- ↑ Álvaro de Matos (15 de janeiro de 2013). «Ficha histórica:O Xuão: semanário de caricaturas» (PDF). Hemeroteca Municipal de Lisboa. Consultado em 11 de março de 2016
- ↑ Alda Anastácio (4 de novembro de 2016). «Ficha histórica:Lusitânia: revista católica mensal (1914)» (PDF). Hemeroteca Municipal de Lisboa. Consultado em 22 de dezembro de 2016
- ↑ Jorge Mangorrinha (16 de janeiro de 2012). «Ficha histórica:Revista de Turismo: publicação quinzenal de turismo, propaganda, viagens, navegação, arte e literatura (1916-1924)» (PDF). Hemeroteca Municipal de Lisboa. Consultado em 13 de Maio de 2015
- ↑ Jorge Mangorrinha (1 de abril de 2016). «Ficha histórica:O Azeitonense: orgão independente defensor dos interesses de Azeitão (1919-1920)» (PDF). Hemeroteca Municipal de Lisboa. Consultado em 18 de setembro de 2016
- ↑ Rita Correia (24 de Novembro de 2010). «Ficha histórica: Miau! (1916)» (PDF). Hemeroteca Municipal de Lisboa. Consultado em 1 de Outubro de 2014
- ↑ https://www.facebook.com/423215431066137/photos/pb.423215431066137.-2207520000.1448289668./768016736586003/?type=3&theater
Ligações externas
[editar | editar código-fonte]- «Mais informação no Instituto Camões»
- «Biografia no CITI»
- «Projecto Vercial»
- «Artigo na enciclopédia Universal»
- A galeria republicana(cópia digital)
- A imprensa : revista científica, literária e artística(cópia digital)
- Jornal do domingo : revista universal (cópia digital)
- "A Leitura: magazine litterario" (cópia digital)
- Ribaltas e gambiarras (cópia digital)
- O Thalassa : semanario humoristico e de caricaturas (cópia digitaL)
- O Xuão : semanario de caricaturas(cópia digital)