Gruppo TIM – Wikipédia, a enciclopédia livre

Gruppo TIM
Gruppo TIM
Gruppo TIM
Sede da TIM em Roma
Razão social Telecom Italia S.p.A. (1994–2017)
TIM S.p.A. (2017–presente)
Empresa de capital aberto
Slogan Comunicare, connettersi, vivere
Cotação
Atividade Telecomunicações
Fundação 21 de julho de 1994 (30 anos)
Fundador(es) IRI
Sede Roma, Itália
Área(s) servida(s)  Itália
Proprietário(s) Vivendi (23,75%)
Cassa Depositi e Prestiti (9,81%)
Pessoas-chave
Empregados 83,134 (2012)[1]
Produtos Telefonia, banda larga, serviços de TI, soluções de Rede, televisão digital
Subsidiárias
Valor de mercado €77.5 bilhões (2017)[1]
Lucro €29.50 bilhões (2017)[1]
Antecessora(s) SIP
Website oficial www.gruppotim.it

TIM (anteriormente Telecom Italia),[2] (NYSE: TI) é a maior empresa de telecomunicações da Itália. Foi fundada em 1994 pela junção de várias empresas de telecomunicações do estado, sendo a mais importante a Società Italiana per l'Esercizio Telefonico.[3][4] É mais conhecida por seu braço de telefonia móvel, a TIM, a maior do mercado italiano e segunda no Brasil.

Antes uma empresa estatal, a Telecom Italia foi privatizada em 1997 em meio a altas dívidas Anos depois, a empresa teve seu controle primário adquirido em 2001 pela Pirelli e a família Benetton, que compraram 23% da subsidiária Olivetti.[5]

As ações da empresa são negociadas na Borsa Italiana . O Estado italiano exerce o “Poder de Ouro” (golden shares) na TIM desde 2017, o que permite ao governo tomar uma série de ações quando estão em causa os interesses estratégicos do país.[6]

Em 1925, a rede telefônica italiana foi reorganizada pelo gabinete de Benito Mussolini e no mesmo ano foi criada a empresa STIPEL. O núcleo original da Telecom Italia incluía quatro empresas que operavam numa área geográfica específica: TIMO, TE.TI., TELVE e SET.[7]

Em 1964, a Società Idroelettrica Piemontese (SIP), uma antiga empresa de energia fundada em 1918, deixou de produzir energia e adquiriu todas as companhias telefônicas italianas, tornando-se a Società Italiana per l'Esercizio Telefonico (SIP). Foi administrada pelo Ministério das Finanças italiano.[8]

O SIP foi um monopólio estatal de 1964 a 1996. O sistema impunha o pagamento da "Canone Telecom" (uma taxa de aluguel de linha de cerca de 120 euros por ano, mais aluguel de hardware e outros custos menores) para ter um telefone em casa.[8]

A Telecom Italia SpA foi oficialmente criada em 27 de julho de 1994 pela fusão de várias empresas de telecomunicações, entre as quais SIP, IRITEL, Italcable, Telespazio e SIRM (empresas propriedade da STET - Società Finanziaria Telefonica). Isto deveu-se a um plano de reorganização do sector das telecomunicações apresentado pelo Istituto per la Ricostruzione Industriale ao Ministro das Finanças.[9][10]

Em 1995, a divisão de telefonia móvel foi desmembrada como Telecom Italia Mobile (TIM), enquanto a Telecom Italia cuidaria da telefonia fixa e pública e das infraestruturas de rede. Foi criada a Interbusiness, a maior rede de Internet da Itália e no mesmo período, com a Telecom Italia Net (Tin.it) e os primeiros ISPs, o acesso à Internet tornou-se uma realidade na Itália. Em 1996, a TIM lançou um novo cartão telefônico pré-pago recarregável (GSM) e, um ano depois, lançou a capacidade de serviço de mensagens curtas (SMS). [11][12]

Em 1997, sob a presidência de Guido Rossi, a Telecom Italia foi privatizada e transformada num grande grupo multimídia.[9]

Em julho de 1998, um consórcio formado pela UGB Participações (de propriedade das Organizações Globo e Bradesco) e pela Bitel Participações (de propriedade da Telecom Italia), adquiriu, no processo de privatização da Telebrás, o controle da Tele Celular Sul e da Tele Nordeste Celular.[13][14]

Em dezembro de 1998, a Telecom Itália adquiriu a participação societária da UGB Participações. As duas empresas adquiridas deram origem à TIM Brasil.[15]

Em 2001, a empresa estava endividada e foi adquirida por Marco Tronchetti Provera.[16]

Em 2007, a Pirelli decidiu deixar a companhia vendendo sua parte do conglomerado Olimpia para o consórcio Telco - que incluía a empresa de telefonia espanhola Telefónica, os bancos italianos Intesa Sanpaolo e Mediobanca, a seguradora Assicurazioni Generali e a investidora dos Benneton Sintonia.[17][18] Dois anos depois, a Benetton deixou a Telco.[19][20]

Em 2013, com Mediobanca e Generali desejando sair da Telco,[21][22] a Telefónica expressou interesse em se tornar proprietária única da Telco, e indiretamente maior acionista da Telecom Italia.[23] Mas as negociações esbarram em uma ação do Conselho Administrativo de Defesa Econômica brasileiro, visto que Telefónica e Telecom Italia dominam o mercado de celulares no Brasil com Vivo e TIM Brasil.[24] O egípcio Naguib Sawiris expressou interesse em investir na Telecom Italia, possivelmente comprando a TIM Brasil, para resolver o impasse.[25] Sawiris considera investir até US$ 2 bilhões na empresa.[26]

Em setembro de 2014, a Telefónica vendeu 5,7% da Telecom Italia para a francesa Vivendi em troca do braço brasileiro da GVT.[27]

Em 2016, após o rebranding que levou à adoção da marca única TIM para telefonia fixa e móvel, a controladora também decidiu mudar sua identidade. A razão social da Telecom Italia SpA foi de fato alterada para TIM SpA, porém ainda mantendo o nome anterior em algumas ocasiões.[28]

Em 2019, a Telecom Italia foi renomeada para Gruppo TIM.[29]

Em 1º de julho de 2024, o Gruppo TIM concluiu a venda da NetCo, sua unidade de telefonia fixa, para a firma de investimentos norte-americana KKR por € 22 bilhões, com apoio do governo italiano.[30]

Torre telecom na Itália

O Grupo Telecom Italia fornece serviços de telefonia móvel GSM na Itália e no Brasil através de suas subsidiárias TIM e TIM Brasil, e serviços de Internet e telefonia DSL na Itália e San Marino (através da Telecom Italia San Marino). Também atua em serviços de telecomunicações internacionais para outras operadoras e corporações, através de sua subsidiária Telecom Italia Sparkle. Em 2013, o montante total da dívida da empresa era de cerca de 26 bilhões de euros e a Telecom Italia tinha 66.025 funcionários.[31]

A Telecom Italia também controla a Olivetti, fabricante de periféricos de computador e telefones celulares. Em 31 de março de 2014, a Telecom Italia liderava tanto o mercado de linhas de acesso fixo direto, com 62% de participação, quanto o segmento móvel pós-pago, com 45% de participação de mercado. No segmento móvel pré-pago a Telecom Italia detinha uma quota de mercado de 31,5% juntamente com a Vodafone. [32]

Após a fusão da Wind e da 3 Italy, aprovada em 6 de agosto de 2015, a Telecom Italia é hoje a segunda maior operadora do país com 30 milhões de clientes, seguida pela Vodafone com 25 milhões de clientes. A Telecom Italia preservou a sua liderança no mercado das linhas de acesso fixo directo e no segmento móvel pós-pago.[33][34]

Referências

  1. a b c «Annual Report 2012» (PDF). Telecom Italia. Consultado em 28 de julho de 2012 
  2. «Legal notes | Telecom Italia Group». Telecom Italia. Consultado em 5 de setembro de 2017 
  3. «1950s – 1970s | Telecom Italia Group». Telecom Italia. Consultado em 5 de setembro de 2017 
  4. «1980s – 1990s | Telecom Italia Group». Telecom Italia. Consultado em 5 de setembro de 2017 
  5. Telecom Italia Falls to Pirelli and Benetton : Redrawing the Map Of Italian Capitalism
  6. «Profile | TIM Group». www.telecomitalia.com. Consultado em 9 de novembro de 2019 
  7. «Economics and politics of telecommunications» (PDF) 
  8. a b «Italiano». www.gruppotim.it (em italiano). Consultado em 10 de maio de 2024 
  9. a b «Telecom Italia history on official site» 
  10. «nasce Telecom Italia». Corriere.it (em italiano). Cópia arquivada em 3 de agosto de 2012 
  11. «Archivio Corriere della Sera». archiviostorico.corriere.it 
  12. «The economics of mobile telecommunications page 45 reference #50» 
  13. «Histórico». TIM Participações. Consultado em 30 de outubro de 2012 
  14. «Saiba como foi a privatização da Telebrás em 1998». Folha de S.Paulo. 29 de julho de 2008. Consultado em 13 de setembro de 2020 
  15. Tim (2010). «TIM Participações Relatório Anual 2010». Tim. Consultado em 24 de fevereiro de 2024 
  16. «Telecom Italia Media official site». Cópia arquivada em 13 de julho de 2010 
  17. [1]
  18. [2]
  19. [3]
  20. [4]
  21. [5]
  22. [6]
  23. [7]
  24. [8]
  25. [9]
  26. [10]
  27. [11]
  28. «Telecom Italia shareholders' meeting held: all items on the agenda approved | Telecom Italia Group». www.telecomitalia.com. Consultado em 29 de maio de 2016 
  29. «TIM-2019-Annual-Report» (PDF). gruppotim.it. gruppotim.it. Consultado em 7 March 2024  Verifique data em: |acessodata= (ajuda)
  30. Vasconcelos, Eduardo (1 de julho de 2024). «Grupo TIM conclui processo de venda da NetCo à KKR». TeleSíntese. Consultado em 4 de julho de 2024 
  31. Costanza Iotti (25 March 2014). «Telecom, Patuano prepara la guerra a Fossati. In ballo c'è uno stipendio da 1 milione - Il Fatto Quotidiano». Il Fatto Quotidiano. Consultado em 21 de abril de 2015  Verifique data em: |data= (ajuda)
  32. «Osservatorio Trimestrale sulle Telecomunicazioni». Agcom.it 
  33. «Pyramid Research - The merger Wind-3 Italia may unlock convergence opportunities». www.pyramidresearch.com 
  34. «Tlc, nozze tra Wind e 3 Italia. Fusione da 6,4 mld per il nuovo leader del mercato mobile» 

Ligações externas

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