Heitor Carrilho – Wikipédia, a enciclopédia livre

Heitor Carrilho
Nascimento 21 de março de 1890
Natal
Morte 20 de maio de 1954 (64 anos)
Rio de Janeiro
Nacionalidade brasileiro
Cidadania Brasil
Ocupação psiquiatra

Heitor Pereira Carrilho (Natal, 21 de março de 1890Rio de Janeiro, 20 de maio de 1954[1]) foi um médico psiquiatra[2] e professor brasileiro.

Formado pela Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro, destacou-se na carreira de magistério médico, como professor titular de fisiologia da Faculdade de Farmácia e Odontologia de Niterói, 1912, como assistente de clínica neurológica na Faculdade Nacional de Medicina, passou a livre-docente de clínica psiquiátrica em 1919 na mesma faculdade e logo catedrático de Clínica Psiquiátrica na Faculdade Fluminense de Medicina.

Logo empregou-se no antigo Hospício dos Alienados da Praia Vermelha, em 1919, onde fez toda a sua carreira e especializou-se em clínica psiquiátrica e, como função pública, em psiquiatria criminal.

Dedicou sua vida pública ao manicômio judiciário do Rio de Janeiro. Seguindo a orientação de Juliano Moreira, Heitor Carrilho lutou para que fosse inaugurado o Manicômio Judiciário em 1921, tendo sido o seu primeiro diretor. Nessa função, organizou suas diferentes seções, burocráticas, técnicas e científicas, até 1954. Em 1955 o Manicômio Judiciário do Serviço Nacional de Doenças Mentais teve o seu nome alterado por Decreto 37.990 de 27/09/1955 passando a designar-se Hospital de Custódia e Tratamento Psiquiátrico Heitor Carrilho.[1]

Em 1928, relatou, após intensas pesquisas e várias entrevistas, o célebre laudo pericial que declarou a inimputabilidade penal de Febrônio Índio do Brasil, que inaugurou o Direito Positivo no Brasil.[3]

Com a morte de Juliano Moreira, Heitor o substituiu no Conselho Penitenciário do Rio de Janeiro, em 1930. Nesse período, organizou e chefiou o Serviço de Assistência aos Psicopatas do Estado do Rio de Janeiro. Foi membro titular da Academia Nacional de Medicina, eleito em 1929, ocupando a Cadeira 53, da qual é patrono.[4]

Seu nome batiza o Hospital de Custódia e Tratamento Psiquiátrico Heitor Carrilho, na rua Frei Caneca, no Rio de Janeiro.[5] Outra homenagem foi feita em sua cidade-natal, quando a Clínica Heitor Carrilho foi inaugurada ainda na década de 1950.

  • Grande Enciclopédia Delta Larousse - Vol.3 - Rio de Janeiro: Editora Delta S.A, 1975.
  • Grande Enciclopédia Larousse Cultural - Vol.5 - Rio de Janeiro: Editora Nova Cultural, 1998.

Referências

  1. a b «Guia de fontes e catálogo de acervos e instituições para pesquisas em saúde mental e assistência psiquiátrica no Estado do Rio de Janeiro» (PDF). Rio de Janeiro, RJ: Fundação Oswaldo Cruz. 2004. ISBN 978-85-87303-04-2. Consultado em 22 de maio de 2013 
  2. Coordenação de Arquivo e Gestão de Documentos. «Acervo do Hospital de Custódia e Tratamento Psiquiátrico Heitor Carrilho». Ministério da Saúde. Consultado em 6 de maio de 2013 
  3. «Diretrizes para atuação e formação dos psicólogos do sistema prisional brasileiro» (PDF). Conselho Regional de Psicologia. 2007. Consultado em 22 de maio de 2013 
  4. «Acadêmicos». Academia Nacional de Medicina. Consultado em 22 de maio de 2013 
  5. «Hospitais Psiquiatricos Rio de Janeiro». Consultório Organizacional da Mente. Consultado em 6 de maio de 2013 

Ligações externas

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