Hipergamia – Wikipédia, a enciclopédia livre

A hipergamia é um termo usado em sociologia para o ato ou prática de uma pessoa de uma determinada condição social de se casar com outra de casta, classe social ou atributos superiores.[1][2] Historicamente enraizada em algumas estruturas sociais e econômicas, a hipergamia pode ser observada em algumas culturas como na Índia, pela religião hindu, em casamentos onde brâmanes e não-brâmanes procuravam se relacionar entre si.[3]

O reconhecimento acadêmico da hipergamia, especificamente sob esse termo ou conceito, ganhou destaque nos séculos XIX e XX, à medida que os sociólogos, antropólogos e outros cientistas sociais começaram a estudar padrões de casamento, estrutura familiar e dinâmicas de gênero em diferentes culturas. Estes estudos destacaram como as normas culturais e as estruturas econômicas influenciam as escolhas individuais de emparelhamento e as práticas matrimoniais.

Um estudo utilizando a população feminina em relação a casamentos hipergâmicos evidencia que as implicações da hipergamia antes criticadas (como a indisponibilidade de uma mulher cumprir papéis de gênero na maternidade por estar inserida em posições socioeconômicas mais altas) estão provando-se falsas com o passar do tempo. Em segundo lugar, também conclui que as implicações da hipergamia dentro do contexto do casamento é um fenômeno que aponta para segmentos da população com baixa educação formal.[2] [4]

Hipergamia implica que os casais se combinam de modo que, em média, o homem tenha um potencial de ganho maior do que a mulher, mesmo que as distribuições marginais de potenciais de ganho sejam exatamente iguais para homens e mulheres.

Referências

  1. Merriam-Webster: Hypergamy
  2. a b Dicionário Houaiss. hipergamia
  3. Shah, A. M. (6 de dezembro de 2012), The Structure of Indian Society: Then and Now, ISBN 978-1-136-19770-3, Routledge, pp. 37– 
  4. Almås, Ingvield (2020). «The Economics of Hypergamy» (PDF)