Hotspot de biodiversidade – Wikipédia, a enciclopédia livre

Um hotspot de biodiversidade ou hotspot ecológico é uma região biogeográfica que é simultaneamente uma reserva de biodiversidade, que pode estar ameaçado de destruição.[1]

Hotspot na biologia, em uma linguagem simples, seria uma região que perdeu 3/4 da sua vegetação original e isso ameaça a preservação das suas espécies endêmicas.[2][3]

Designa, geralmente, uma determinada área de relevância ecológica por possuir vegetação diferenciada da restante e, consequentemente, abrigar espécies endêmicas. Os hotspots de biodiversidade estão identificados pela Conservation International (CI), que se refere a 35 áreas de grande riqueza biológica em todo o mundo que são alvo das atividades de conservação da CI. Segundo esta organização, ainda que a área correspondente a estes habitats naturais ascenda apenas a 2,3% da superfície do planeta, concentra cerca de 60% do patrimônio biológico do mundo no que diz respeito a plantas, aves, mamíferos, répteis e espécies anfíbias[4]. Numa conferência de imprensa recente, a CI atualizou a lista com nove hotspots de biodiversidade. Esta lista inclui a cordilheira dos Himalaias, bem como a nação insular do Japão. Essas áreas estão passando por processos destrutivos causados pela ação antrópica (humana), como caça ilegal de animais e desmatamento.

Dentro desse conceito considera-se espécies, ao invés de populações ou outros táxons, como a forma mais proeminente e prontamente reconhecível de biodiversidade. Cada uma das áreas reconhecidas como hotspot de biodiversidade apresenta uma biota separada ou comunidade de espécies que se unem como uma unidade biogeográfica.[5]

Áreas definidas como Hotspots de biodiversidade (Autor: Conservation International)

Hoje em dia, é amplamente reconhecido que a biodiversidade é muito mais do que apenas o número de espécies em uma região, e uma estratégia de conservação não pode ser baseada apenas no número de táxons presentes em um ecossistema. Com a determinação de um hotspot, procura-se proteger áreas onde o investimento em conservação contribui significativamente para a redução da taxa de extinção da biodiversidade global. Espécies são distribuídas de forma desigual em todo o mundo, o que significa que o mapeamento dessa variação é essencial ao se lidar com a conservação da biodiversidade. No entanto, não se pode simplesmente medir o número de espécies que vivem em áreas específicas. Isso ocorre porque várias áreas ricas em espécies podem conter uma grande fração da mesma espécie, o que significa que o número total que poderia ser conservado nessas áreas pode ser bastante pequeno. Em vez disso, deve-se medir não a riqueza de espécies, mas o endemismo: o grau em que as espécies só são encontradas em um determinado lugar.[6]

Qualificando um Hotspot

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Para se qualificar como um hotspot de biodiversidade, uma região deve atender a dois critérios rigorosos:

  • Deve possuir pelo menos 1.500 plantas vasculares como endêmicas - ou seja, deve ter uma alta porcentagem de vida vegetal que não é encontrada em nenhum outro lugar do planeta. Um hotspot, em outras palavras, é insubstituível.
  • Deve ter perdido cerca de 3/4 de sua vegetação original. Em outras palavras, deve ser ameaçado.[4]

Em 1988 Norman Myers, identificou pela primeira vez 10 “hotspots” de florestas tropicais caracterizados por níveis elevados de endemismo de plantas e por níveis graves de perda de habitat. Em 1990, oito hotspots foram acrescentados por Myers, que incluíam quatro ecossistemas do tipo mediterrâneo. Em 1989 a Conservation International (CI) adotou os hotspots da Myers como seu projeto institucional e, em 1996 realizou uma reavaliação do conceito de hotspots, incluindo uma análise sobre as áreas-chave que haviam sido negligenciadas. Em 1999 foi realizada uma revisão que introduziu limites quantitativos para a designação de hotspots de biodiversidade. Nessa revisão, publicada no livro: Earth’s Biologically Richest and Most Endangered Terrestrial Ecoregions, e um ano depois na revista científica Nature (Myers, et al. 2000) foram identificados 25 hotspots de biodiversidade. Juntas, essas áreas consideravam endêmicos 35% dos vertebrados terrestres e 44% das plantas do mundo em uma área de aproximadamente 12% de toda superfície terrestre. Uma segunda grande reanálise foi agora realizada e publicada no livro Hotspots Revisited.[7]

Eulemur macaco, espécie endêmica de Madagascar

É de grande importância manter o potencial e a conservação em pontos críticos que estão passando por dificuldades políticas. Os esforços de conservação dos Hotspots de Biodiversidade exigem muitas vezes a capacidade de se adaptar a um clima sócio-político que pode mudar rapidamente. Um exemplo disso é Madagascar, caracterizada por ser um dos pontos mais importantes, que foi quase abandonada em meados da década de 1980, e novamente em 2001 e 2002 pelos conservacionistas. Porém, vários projetos de conservação (World Wildlife Fund, CI) e financiamentos preservaram seus investimentos no país. Esse cenário levou ao até então presidente de Madagascar, Marc Ravalomanana dar alta prioridade à conservação nos planos de desenvolvimento do seu governo. Em 2003, Ravalomanana se comprometeu a tentar triplicar a rede de áreas protegidas do País e, cinco meses depois da proposta, foram criadas 14 novas áreas protegidas que aumentaram a cobertura em 65%. Esse exemplo ilustra o possível retorno de investimento e conservação que é produzido pela estratégia dos hotspots.[8]

Lista de hotspots

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Hotspots pelo Brasil

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Mata Atlântica (Foto: Edo Miura Mata Atlantica. Camera Mamiya RZ67 filme Fujicrome velvia 50, Lente RZ 50mm F22)

A Mata Atlântica como Hotspot

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A Mata Atlântica é um dos pontos de biodiversidade do mundo.[9][10] Apesar de ter sido amplamente destruído, ainda é o lar de mais de 8000 espécies endêmicas de plantas vasculares, anfíbios, répteis, aves e mamíferos.[11]

Mais de 93% da floresta original já se foi [11] e <100.000 km² de vegetação permanecem. Algumas áreas de endemismo, como Pernambuco, agora têm <5% de sua floresta original.[12]

Em conjunto com a perda de habitat, existem várias outras ameaças que estão contribuindo para a degradação desta floresta, entre elas a exploração de madeira, caça, extrativismo vegetal e invasão por espécies exóticas. Mais de 530 plantas e animais presentes no bioma estão ameaçados, sendo alguns a nível de bioma, outros nacionalmente e outros mundialmente, sendo muitas dessas espécies encontradas em áreas desprotegidas, indicando uma necessidade de racionalização e expansão do sistema de unidades de conservação vigente. A maior parte das espécies oficialmente ameaçadas de extinção no Brasil habita a Mata Atlântica.[13]

O Bugio (Alouatta guariba clamitans) é uma espécie endêmica da Mata Atlântica. (AUTOR DA FOTO: Dario Sanches - SÃO PAULO, BRASIL)

A Mata Atlântica brasileira é provavelmente uma das regiões da América do Sul com o maior número de áreas estritamente protegidas (parques, reservas, estações ecológicas e reservas particulares) - mais de 600 novas áreas foram criadas durante os últimos 40 anos [12][14]. Grandes números sozinhos são insuficientes, no entanto.

A maior parte do que restou da Mata Atlântica para se preservar está localizada em terras privadas[15] e atualmente a implantação de uma rede ampla e bem desenhada de reservas privadas é agora caracterizada como indispensável na proteção da biodiversidade da região.

No Brasil, o desafio para a conservação da Mata Atlântica, evitando o desmatamento e a perda massiva de espécies consiste na integração dos diversos instrumentos regulatórios, políticas públicas e novas oportunidades e mecanismos de incentivo para a proteção e restauração florestal, além de vários projetos e programas independentes desenvolvidos pelos governos e organizações não governamentais formando uma estratégia para o estabelecimento de redes de paisagens sustentáveis ao longo da região.[13]

Finalmente, a implementação de redes de paisagens sustentáveis deve ser monitorada usando os melhores indicadores de desempenho biológico, social e econômico para garantir que os recursos sejam utilizados de forma eficaz.[13]

O Cerrado como Hotspot

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Beija-flor-de-gravata-verde (Augastes scutatus), espécie endêmica do Cerrado.

Considerado o maior hotspot no Hemisfério Ocidental[16] e a última fronteira agrícola do planeta[17], o Cerrado cobre mais de 2 milhões de km², e algumas partes menores da Bolívia e do Paraguai (em torno de 1%). Fazem parte do Cerrado as cabeceiras das três maiores bacias hidrográficas da América do Sul, sendo elas: Amazonas/ Tocantins, São Francisco e Prata, sendo portanto, importante para a segurança hídrica da região. Esse hotspot tem uma grande diversidade de plantas, apresentando mais de 12.000 espécies nativas catalogadas. Além disso, o Cerrado apresenta cerca de 250 espécies de mamíferos, 856 espécies de aves já registradas, 800 espécies de peixes, 262 espécies de reptéis e 204 espécies de anfíbios. Grande parte dessas espécies e suas variedades são endêmicas, tanto nesse hotspot quanto para locais específicos dentro dele. Tais características fazem com que o Cerrado seja considerado a região de savana tropical mais biodiversa no mundo.[16]

Historicamente, o Cerrado tem sofrido uma taxa de desmatamento superior à da floresta Amazônica e o empenho para que esse bioma seja conservado é consideravelmente inferior quando comparado ao da Amazônia, sendo que apenas 2,2% da área do Cerrado é legalmente protegida.  Existe uma grande e diversa quantidade de espécies ameaçadas de extinção no bioma, e avalia-se que 20% dessas espécies ameaçadas ou endêmicas se encontram fora das áreas protegidas. A erosão dos solos, a degradação dos diversos tipos de vegetação presentes no bioma e a invasão biológica por gramíneas de origem africana são consideradas as principais ameaças à biodiversidade do Cerrado. Apesar do Cerrado ser um ecossistema adaptado ao fogo, a utilização de fogo para a abertura de áreas virgens e para estimular o rebrotamento das pastagens também são fatores bastantes prejudiciais ao bioma.[17]

Cerrado

Os esforços para a conservação desse bioma consistem em iniciativas do governo, de organizações não governamentais (ONGs), pesquisadores e do setor privado.Entre elas destaca-se o estabelecimento de uma rede de ONGs (a Rede Cerrado), que tem como intuito promover a adoção de práticas para o uso sustentável dos recursos naturais (Fundação Pro-Natureza, 2000) no local.[17]

Dentre os principais desafios na conservação do Cerrado se destaca a necessidade de demonstrar a importância que a sua biodiversidade desempenha no funcionamento dos ecossistemas.[17]

Importância Sociocultural

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Dada a riqueza desses ecossistemas, os hotspots são frequentemente áreas que oferecem serviços ecossistêmicos essenciais. Estima-se que os hotspots de biodiversidade, apesar de representarem 2,3% da superfície da Terra, representem 35% dos serviços ecossistêmicos globais. Além disso, tais áreas são o lar de 2,08 bilhões de pessoas, o que adiciona importância aos serviços ecossistêmicos que eles fornecem. Essas regiões podem incluir uma variedade de usos humanos da terra, rurais e urbanos, bem como áreas protegidas sob uma variedade de tipos de governança, portanto, muitos valores sociais e / ou culturais provavelmente estarão presentes em algumas partes. Isto, no entanto, é independente da identificação da área como um hotspot de biodiversidade.[18]

Embora os hotspots de biodiversidade sejam importantes para a proteção da biodiversidade, essas áreas também estão sob extrema ameaça de pressões antropogênicas. A densidade populacional humana e as taxas de crescimento são excepcionalmente altas nessas áreas e, portanto, sua biodiversidade provavelmente está mais ameaçada do que em outras regiões. O tamanho da população humana, a densidade populacional rural, a taxa de crescimento populacional e a dívida do governo são fatores altamente problemáticos. Em geral, a extensão da perda de habitat em cada hotspot é um bom indicador do número de espécies endêmicas ameaçadas ou extintas. A implicação direta é que a destruição do habitat nos hotspots está levando, ou em alguns casos já levou, a uma crise de extinção.[19]

Outros sistemas

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Existem outros sistemas, além dos Hotspots criados para avaliar as prioridades globais de conservação. O World Wildlife Fund – U. S., por exemplo, criou o “Global 200 Ecoregions”, um sistema que tem o objetivo de selecionar Ecoregiões com prioridade para conservação dentro de cada um dos 14 tipos de habitats terrestres, 3 de água doce e 4 de habitats marinhos. Eles são selecionados devido sua riqueza de espécies, unicidade taxonômica, fenômenos evolutivos ou ecológicos incomuns, endemismo e raridade global. A BirdLife Internaional, identificou 218 “Endemic Bird Areas” (EBAs), em que cada uma delas existe duas ou mais espécies de aves que não são encontradas em nenhum outro lugar.[20]

Informações adicionais

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Em geral, a extensão da perda de habitat em cada hotspot é um bom indicador do número de espécies endêmicas ameaçadas ou extintas. A implicação direta é que a destruição do habitat nos hotspots está levando, ou em alguns casos já levou, a uma crise de extinção. Para as aves, a extensão da perda de habitat apenas subestima significativamente a ameaça em dois pontos críticos: Nova Zelândia e Polinésia-Micronésia. Para mamíferos, a perda de habitat subestima a ameaça em ambos os hotspots e também nas florestas do Caribe, Central Chile, Madagascar, arco oriental e costeiro da Tanzânia – Quênia, florestas da África Ocidental, Província de Cabo Floristic, Karoo Suculento, Indo-Birmânia e sudoeste da Austrália. O número de aves e mamíferos endêmicos ameaçados em hotspots geralmente coincide com o número esperado para se tornar extinto após o período em que já ocorreram os hotspots. Estas espécies ameaçadas sobrevivem apenas graças ao período de tempo entre a perda de habitat e a extinção.[21]

Há evidências de que áreas de maior importância na geração de biodiversidade são aquelas com estabilidade climática a longo prazo, especialmente quando em montanhas tropicais, que estão incorporadas na maioria dos estudos para a priorização global de conservação. O desenvolvimento de métricas para a compreensão do processo evolutivo está em seu início, e representa uma frente de pesquisa recente.[22]

Referências

  1. Ecoturismo no Brasil. Hotspots de Biodiversidade acessado a 6 de agosto de 2015
  2. «Hotspots. Os hotspots do Brasil e do mundo». Brasil Escola. Consultado em 17 de outubro de 2022 
  3. «Hotspots mundiais. Hotspots: áreas de conservação natural». Mundo Educação. Consultado em 17 de outubro de 2022 
  4. a b «Why Hotspots Matter». Conservation International (em inglês). Consultado em 27 de junho de 2018 
  5. Myers, Norman; Mittermeier, Russell A.; Mittermeier, Cristina G.; da Fonseca, Gustavo A. B.; Kent, Jennifer (fevereiro de 2000). «Biodiversity hotspots for conservation priorities». Nature (em inglês). 403 (6772): 853–858. ISSN 0028-0836. doi:10.1038/35002501 
  6. Mittermeier, Russell; Robles Gil, Patricio; Hoffmann, Michael; Pilgrim, John; Brooks, Thomas; Goettsch Mittermeier, Cristina; Lamoreux, John; Fonseca, Gustavo (1 de dezembro de 2004). Hotspots Revisited. Earth's Biologically Richest and Most Endangered Terrestrial Ecoregions. 392. [S.l.: s.n.] ISBN 9686397779 
  7. «Biodiversity Hotspots - Hotspots Defined». 24 de março de 2012. Consultado em 27 de junho de 2018 
  8. «Biodiversity Hotspots - Impact of Hotspots». 19 de março de 2012. Consultado em 27 de junho de 2018 
  9. Ribeiro, Milton Cezar; Martensen, Alexandre Camargo; Metzger, Jean Paul; Tabarelli, Marcelo; Scarano, Fábio; Fortin, Marie-Josee (2011). Zachos, Frank E.; Habel, Jan Christian, eds. «The Brazilian Atlantic Forest: A Shrinking Biodiversity Hotspot». Berlin, Heidelberg: Springer (em inglês): 405–434. ISBN 978-3-642-20992-5. doi:10.1007/978-3-642-20992-5_21. Consultado em 24 de janeiro de 2022 
  10. de Lima, Renato A. F.; Oliveira, Alexandre A.; Pitta, Gregory R.; de Gasper, André L.; Vibrans, Alexander C.; Chave, Jérôme; ter Steege, Hans; Prado, Paulo I. (11 de dezembro de 2020). «The erosion of biodiversity and biomass in the Atlantic Forest biodiversity hotspot». Nature Communications (em inglês) (1). 6347 páginas. ISSN 2041-1723. doi:10.1038/s41467-020-20217-w. Consultado em 24 de janeiro de 2022 
  11. a b Myers, N.; Mittermeier, R. A.; Mittermeier, C. G.; da Fonseca, G. A.; Kent, J. (24 de fevereiro de 2000). «Biodiversity hotspots for conservation priorities». Nature. 403 (6772): 853–858. ISSN 0028-0836. PMID 10706275. doi:10.1038/35002501 
  12. a b GALINDO-LEAL, Carlos; CÂMARA, Ibsen de Gusmão (2003). The Atlantic Forest of South America: Biodiversity Status, Threats, and Outlook. Kennewick, Washington, USA: Island Press  line feed character character in |título= at position 59 (ajuda)
  13. a b c TABARELLI, Marcelo. «Challenges and Opportunities for Biodiversity Conservation in the Brazilian Atlantic Forest». Departamento de Botânica, UFPE  line feed character character in |titulo= at position 46 (ajuda)
  14. Mittermeier, Russell A.; Myers, Norman; Thomsen, Jorgen B.; da Fonseca, Gustavo A. B.; Olivieri, Silvio (17 de junho de 1998). «Biodiversity Hotspots and Major Tropical Wilderness Areas: Approaches to Setting Conservation Priorities». Conservation Biology (em inglês). 12 (3): 516–520. ISSN 0888-8892. doi:10.1046/j.1523-1739.1998.012003516.x 
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  16. a b Sawyer, Donald (Abril de 2016). «Hotspot de Biodiversidade do Cerrado» (PDF). Critical Ecosystem Partnership Fund. Perfil do Ecossistema 
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  19. Stork, Nigel E.; Habel, Jan Christian (14 de outubro de 2013). «Can biodiversity hotspots protect more than tropical forest plants and vertebrates?». Journal of Biogeography (em inglês). 41 (3): 421–428. ISSN 0305-0270. doi:10.1111/jbi.12223 
  20. «Biodiversity Hotspots - Hotspots in Context». 24 de março de 2012. Consultado em 27 de junho de 2018 
  21. Brooks, Thomas M.; Mittermeier, Russell A.; Mittermeier, Cristina G.; da Fonseca, Gustavo A. B.; Rylands, Anthony B.; Konstant, William R.; Flick, Penny; Pilgrim, John; Oldfield, Sara (agosto de 2002). «Habitat Loss and Extinction in the Hotspots of Biodiversity». Conservation Biology (em inglês). 16 (4): 909–923. ISSN 0888-8892. doi:10.1046/j.1523-1739.2002.00530.x 
  22. Brooks, T. M.; Mittermeier, R. A.; da Fonseca, G. a. B.; Gerlach, J.; Hoffmann, M.; Lamoreux, J. F.; Mittermeier, C. G.; Pilgrim, J. D.; Rodrigues, A. S. L. (7 de julho de 2006). «Global biodiversity conservation priorities». Science (New York, N.Y.). 313 (5783): 58–61. ISSN 1095-9203. PMID 16825561. doi:10.1126/science.1127609 
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