Ilha do Bispo – Wikipédia, a enciclopédia livre
Localização | ||
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Coordenadas | ||
Zona | Zona Oeste | |
Características geográficas | ||
População total (IBGE, 2010) | 7,986[1] hab. |
A Ilha do Bispo é um bairro da cidade brasileira de João Pessoa, capital da Paraíba.[2] Conta, segundo dados do IBGE de 2010, com uma população aproximada de 7.986 habitantes, espalhados por 2.507 domicílios.[1] Mais da metade das habitações do bairro — 58,32% das moradias — se encontra, desse modo, abaixo da linha da pobreza.[2] Em setembro de 2010, a Ilha do Bispo comemorou 140 anos de emancipação como bairro.
Bairro peninsular situado entre o rio Sanhauá e seus afluentes, a Ilha do Bispo se limita com os bairro de Varadouro, Renascer, Alto do Mateus e a cidade de Bayeux. No bairro localiza-se a Companhia de Cimento Cimepar.
História
[editar | editar código-fonte]Aldeamento indígena
[editar | editar código-fonte]Uma das primeiras localidades da cidade de João Pessoa, a área onde se assenta atualmente a Ilha do Bispo foi um antigo aldeamento dos índios Tabajaras, tribo que era chefiada pelo lendário cacique Pirajibe[3] na época da descoberta da Paraíba pelos portugueses. A área, descoberta em 1585 por João Tavares e Frutuoso Barbosa, é uma região é cercada de braços de rios e de manguezais, portanto ideal para a fundação de uma povoação.[2]
Criação do bairro
[editar | editar código-fonte]O bairro nasceu como uma consequência do povoamento do Cruzeiro da Graça, chamado, posteriormente Cruzeiro das Almas ou Cruz das Almas (que deu origem aos atuais bairros de Cruz das Armas).[2] O surgimento do bairro da Ilha do Bispo encontra-se associado, assim, ao de Cruz das Armas. Contudo, somente a partir de 1850 é que a região passou a ser reconhecida pelo nome atual de Ilha do Bispo.[2]
O processo sistemático de ocupação e urbanização do bairro, entretanto, vai acontecer, principalmente, a partir da segunda metade da década de 1930 e se realiza simultaneamente à inauguração e funcionamento da fábrica de cimento e da usina de óleo Matarazzo.[2] O aterro do mangue para a construção de casas, ou simplesmente para se livrar da lama alterou a característica insular do bairro.[2] Desde o estabelecimento da fábrica de cimento o bairro tem sofrido alterações significativas na sua estrutura espacial, várias casas foram destruídas, para ordenamento e disciplinamento das ruas, outras deixaram de existir e surgiram várias novas ou com denominações diferentes.
Na década de 1990 foram, enfim, construídas duas vias expressas. A primeira foi a Avenida Nova Liberdade ligando a cidade de João Pessoa à de Bayeux, que na sua construção aterrou uma grande área de manguezal e motivou a ocupação desenfreada da área aterrada, conhecida como "Mangue Seco", pela população pobre da cidade.[2] A segunda foi a Via Oeste, que serve de acesso entre o terminal rodoviário e a BR-101, passando pelo bairro do Alto do Mateus
Estrutura urbana
[editar | editar código-fonte]Nos arredores da Avenida Redenção — uma das principais — acontece a maior circulação de pessoas do bairro. Lá se concentram os bares, uma das plataformas da Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU), que liga Santa Rita a Cabedelo, e que corta a avenida ao meio, e a rota de ônibus coletivo da empresa Mandacaruense, que faz a linha Ilha do Bispo—Manaíra Shopping.[2] Na Avenida Redenção se localiza ainda,quatro Igrejas Protestantes, a Capela de Santo Antônio, um Centro de Umbanda e várias casas residenciais, como também O Conselho Comunitário da Povoação Índio Piragibe e a ARCA - Associação Recreativa Cultural e Artística, que dada a extensão da avenida, esses espaços se distribuem de forma equilibrada.[2]
Já na Rua Carneiro Campos se encontra localizado dois dos três colégios existentes no bairro, além do Posto de Saúde, da Creche Municipal, da Igreja Senhor do Bonfim e da Igreja Evangélica Congregacional (próximo ao local onde antigamente havia o Maguary Futebol Clube).[2] O outro Colégio do bairro se localiza na Rua Lopo Garro.[2] Na Rua Alfredo Portela encontramos o Núcleo de Policiamento Comunitário e o Projeto Comunidade Promovendo a Vida.[2]
Referências
- ↑ a b Adm. do portal IBGE (2010). «Unidades Territoriais do Nível Bairro – João Pessoa». Banco de dados agregados do Sidra (IBGE). Consultado em 30 de maio de 2013
- ↑ a b c d e f g h i j k l m KOURY, Mauro (2005). «Tenso convívio: sociabilidade, medos, hierarquização e segregação em um bairro popular» (PDF). Revista de Antropologia Experimental. Consultado em 30 de maio de 2013
- ↑ MEDEIROS, Coriolando de (1950). Dictionário corográfico do Estado da Paraíba. [S.l.]: Departamento de Imprensa Nacional. 269 páginas