Imunossenescência – Wikipédia, a enciclopédia livre
A imunossenescência[1] é o processo de deterioração gradual do sistema imunológico decorrente do envelhecimento natural do organismo.[2][3] Passa pela perda da capacidade do corpo em responder a infecções e deterioração da memória imunológica, especialmente da vacinação.[4]. É considerado um fator de mortalidade entre os idosos.[5][6][7][8][9][10][11]
Esta deterioração do sistema imunológico relacionada à idade afeta principalmente os linfócitos T, que são as células responsáveis pela resposta celular às infecções, devido à involução do timo. O timo, órgão responsável pela produção e maturação dessas células, sofre alterações durante o processo de involução, onde passa a substituir a sua constituição de tecido linfoide por tecido adiposo, diminuindo assim a sua capacidade de produção de linfócitos T [12]. Dá-se também o declínio da proporção de células T virgens, em comparação com as células T de memória, onde as células T virgens remanescentes se apresentam defeituosas, produzindo menos citocinas (proteínas reguladoras) [13].
Tal redução na produção de linfócitos T e citocinas gera empecilhos para a ocorrência de uma resposta imunitária eficaz para os antígenos vacinais ou contra patógenos invasores. Outros fatores relatados na população idosa que contribuem para a baixa capacidade protetora das vacinas ou ao aumento da suscetibilidade a doenças infecciosas são a redução da capacidade fagocítica de neutrófilos e macrófagos, a diminuição do número de células de Langerhans na epiderme e a alta produção de auto-anticorpos, os quais agem contra antígenos próprios, associada a perda gradual da capacidade de diferenciação de antígenos estranhos [13] [14].
Ver também
[editar | editar código-fonte]Referências
[editar | editar código-fonte]- ↑ Infopédia. «imunossenescência | Definição ou significado de imunossenescência no Dicionário Infopédia da Língua Portuguesa». Infopédia - Dicionários Porto Editora. Consultado em 3 de novembro de 2021
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