Infinitivo – Wikipédia, a enciclopédia livre
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Na gramática, infinitivo é uma das três formas nominais do verbo, sendo aquela com a qual verbo se apresenta naturalmente, sem qualquer conjugação.[1] Corresponde ao lema do verbo, encabeçando sua entrada em dicionários e enciclopédias. Transmite ideia de uma ação ou estado, porém sem vinculá-la a um tempo, modo ou pessoa específica.[2]
Na língua portuguesa e na língua galega[3] (anteriormente também na língua asturiano-leonesa e na língua napolitana) além do infinitivo não flexionado ou infinitivo impessoal, também existe o infinitivo flexionado por pessoa, chamado de infinitivo pessoal.[4] Também é usado na língua húngara.[5]
Infinitivo impessoal
[editar | editar código-fonte]O infinitivo impessoal é formado de maneira invariável e não está relacionado a nenhuma pessoa.[4]
- Exemplo: cantar, sofrer, partir.
Uso
[editar | editar código-fonte]Costuma-se usar o infinitivo impessoal quando:[6]
- refere-se a uma ideia genérica, sem sujeito determinado;
- Sair é preciso.
- em frases imperativas;
- Pessoal, sair!
- quando o verbo age como complemento de substantivos, verbos ou adjetivos que necessitam de preposição;
- Vocês têm o direito de sair quando quiserem.
- em locuções verbais;
- Quero sair daqui.
- quando o sujeito do verbo no infinitivo é o mesmo do da oração anterior;
- Estamos dispostos a sair.
- quando o verbo no infinitivo preceder ou estiver distante do verbo da oração principal, ele poderá ser flexionado;
- Ao sairmos, estaremos livres.
- Eles fizeram a prova apressadamente para saírem mais cedo da escola.
- com os verbos auxiliares causativos e sensitivos "deixar", "mandar", "fazer", "ver", "sentir", "ouvir", "perceber", "notar" e sinônimos que não formem locuções verbais, em conjunto com um pronome oblíquo;
- Mandei-os sair.
- Ouvi-os sair em debandada.
Infinitivo pessoal
[editar | editar código-fonte]O infinitivo pessoal é formado a partir do infinitivo impessoal, adicionando-se as desinências iguais às do futuro do subjuntivo: -es, -mos, -des, -em. Por isso, nos verbos regulares esses dois tempos se confundem.[7]
- Exemplo: cantar, cantares, cantar, cantarmos, cantardes, cantarem.
Uso
[editar | editar código-fonte]Costuma-se usar o infinitivo pessoal quando:[7]
- refere-se a um sujeito próprio, diferente do da oração principal;
- Para conseguirmos sair, alguém precisa destrancar a porta.
- o sujeito a que se refere é expresso antes do infinitivo;
- Para nós conseguirmos sair, precisamos abrir a porta.
- o sujeito é indeterminado na terceira pessoa do plural sem nenhuma referência e s pronome SE - índice de indeterminação;
- Para conseguirem sair, devem abrir a porta.
- em ação recíproca ou reflexiva - indicando reflexividade ou reciprocidade;
- Depois das portas abrirem-se, poderemos sair.
Referências
- ↑ «Formas nominais do verbo». Conjugação de Verbos. 7graus. Consultado em 31 de dezembro de 2016
- ↑ «O uso do infinitivo». Globo. Consultado em 3 de novembro de 2013. Arquivado do original em 10 de agosto de 2013
- ↑ Saborido, Carme; Lusopatia; Linguística (29 de maio de 2018). «Infinitivo Pessoal». Portal Galego da Língua - PGL.gal. Consultado em 24 de agosto de 2022
- ↑ a b «Emprego do Infinitivo Impessoal e Pessoal». Só Português. Virtuous. Consultado em 23 de dezembro de 2016
- ↑ Diario, Nós (20 de maio de 2020). «Falares, falarmos, falardes... O infinitivo flexionado, na lección 12 do curso de galego». Nós Diario (em galego). Consultado em 24 de agosto de 2022
- ↑ «Emprego do Infinitivo Impessoal e Pessoal». Só Português. Virtuous. Consultado em 23 de dezembro de 2016
- ↑ a b «Infinitivo Pessoal». Só Português. Virtuous. Consultado em 23 de dezembro de 2016
Ligações externas
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