A integral de Riemann aplica-se apenas a funções que sejam limitadas. Apesar desta limitação, trata-se de uma integral bastante importante e muito sugestiva na sua formulação pela ligação ao conceito de área de regiões do plano limitadas por gráficos de funções reais de variável real. Sendo uma integral aplicável a uma classe vasta de funções, é conhecido o habitual exemplo da função de Dirichlet como caso de função não integrável à Riemann. Procuraremos aqui detalhar um pouco as qualidades que uma função limitada deve ter para ser integrável à Riemann.
É também conhecido que o integral de Riemann possui várias formulações. Iremos aqui, com brevidade, seguir a formulação de Darboux, segundo a qual a integral de Riemann é resultante das integrais inferior e superior. Estas integrais são formuladas com base nas chamadas somas de Darboux (inferior e superior) constituídas por sua vez a partir de uma dada partição de . Por designaremos o conjunto de todas as partições do intervalo . O valor é designado por diâmetro da partição.
A soma inferior é definida por
, onde
e a soma superior por
, onde .
A integral inferior de em é então dada por
,
e a integral superior de em como
Tem-se que
e diz.se integrável à Riemann em se
Em tal situação escreve-se