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JM (jornal)
JM (jornal)
Sede Rua 5 de Outubro
País Portugal
Fundação 1 de setembro de 2015
Idioma língua portuguesa
Site https://www.jm-madeira.pt/

JM é um jornal diário matutino português, cobrindo a Região Autónoma da Madeira. É publicado pela Empresa Jornal da Madeira (EJM),[1] desde 1 de setembro de 2015, tendo sucedido ao Jornal da Madeira.[2]

Em junho de 2015, o matutino madeirense Jornal da Madeira, publicado pela EJM, e detido em 99,98% pelo Governo Regional da Madeira, e o restante pela Diocese do Funchal, antiga proprietária daquele jornal, apresentava um passivo de 52 milhões de euros. A reestruturação e privatização da empresa e do matutino por ela publicado havia sido uma das bandeiras eleitorais do PSD Madeira nas eleições regionais que tiveram lugar nesse ano.[3]

Logo após a tomada de posse, a 20 de abril de 2015, o Governo Regional da Madeira iniciou um processo de reestruturação da EJM, empresa detentora do Jornal da Madeira, então com um capital social de 4,3 milhões de euros e custando cerca de três milhões de euros anuais ao Orçamento Regional, visando a sua privatização.[4] Na sequência do processo foram dispensados mais de duas dezenas dos 55 trabalhadores,[1] tendo a Diocese do Funchal optado por cessar a sua participação na sociedade.[2]

Na sequência desse processo, a 1 de setembro desse ano surgiu nas bancas um novo matutino, o JM, tendo o Governo Regional anunciado a intenção de privatizar a empresa, assumindo o passivo de 52 milhões de euros e nela investindo 1,1 milhões de euros em 2016.[2]

Em março de 2016, a venda do JM encontrava-se em fase de negociação prévia.[5]

Em fevereiro de 2017, foi inscrita uma verba de 300 mil euros no Orçamento da Região para 2017, correspondente ao que o JM, titulado pela Região, teria direito caso pudesse candidatar ao programa “MEDIARAM”, destinado a meios de comunicação regionais privados.[6]

Em abril de 2017, o executivo decidiu a venda da empresa por 10 mil euros ao agrupamento 'Radio Girão e ACIN', com compromisso de investimento de um milhão de euros na modernização do produto com capitais próprios. O agrupamento é composto pela Rádio Girão, ligada ao grupo AFA -- Avelino Farinha e Agrela, e a ACIN, empresa de base tecnológica que desenvolve, gere e explora plataformas especificamente criadas para a cloud, com sede no concelho da Ribeira Brava.[1][4]

Em 2017, o JM tinha um quadro de pessoal com 24 pessoas, nove das quais jornalistas.[1]

Em janeiro de 2018, o jornal transferiu-se para uma nova sede, no rés-do-chão de um edifício da rua 5 de Outubro, no Funchal, inaugurada pelo presidente do Governo Regional da Madeira, Miguel Albuquerque.[7]

Em 2018, o JM era dirigido por Agostinho Silva, sendo propriedade dos empresários Luís Sousa e Avelino Farinha.[7]

Referências

  1. a b c d Lusa (27 de abril de 2017). «Jornal da Madeira vendido por 10 mil euros». www.jornaldenegocios.pt. Consultado em 25 de dezembro de 2021 
  2. a b c «Administração do JM acata ordem judicial e entrega documentos recusados ao JPP». www.jn.pt. 30 de novembro de 2015. Consultado em 25 de dezembro de 2021 
  3. Berenguer, Márcio (17 de junho de 2015). «Governo Regional gasta 52 milhões de euros para limpar passivo do "Jornal da Madeira"». PÚBLICO. Consultado em 25 de dezembro de 2021 
  4. a b «Governo da Madeira adjudicou venda do matutino JM por 10 mil euros». www.dn.pt. 27 de abril de 2017. Consultado em 25 de dezembro de 2021 
  5. Martins, Rosário (3 de março de 2016). «Venda do "JM" ainda na fase da negociação prévia». Funchal Notícias. Consultado em 25 de dezembro de 2021 
  6. Malheiro, Luís Filipe (17 de fevereiro de 2017). «Governo Regional: última venda do Jornal da Madeira». O Jornal Económico. Consultado em 25 de dezembro de 2021 
  7. a b «Inauguração da sede do JM Madeira». 18 de janeiro de 2018. Consultado em 25 de dezembro de 2021