Jardins do Vaticano – Wikipédia, a enciclopédia livre
Os Jardins da Cidade do Vaticano (em latim: Horti Civitatis Vaticanae) conhecidos informalmente como Jardins do Vaticano (em italiano: Giardini Vaticani) na Cidade do Vaticano, são jardins urbanos privados e parques que cobrem mais da metade do país, localizados no oeste do território e propriedade do Papa. Nele estão localizados alguns edifícios como o da Rádio Vaticano e Palácio do Governo.
Os jardins cobrem aproximadamente 23 hectares, maior parte da Colina do Vaticano. O ponto mais alto está a 60 metros acima do nível do mar. Muros de pedra limitam o jardim a norte, sul e oeste. Os jardins e parques foram estabelecidos durante a era da Renascença e Barroca e são decorados com fontes e esculturas.
Geralmente não está aberto para o público, mas visitas guiadas estão disponíveis para um número limitado de pessoas.[1] Os jardins também guardam 16 imagens marianas veneradas mundialmente, que foram designadas pelo Papa, que é dono dos jardins.
História
[editar | editar código-fonte]A tradição diz que o jardim foi fundado no local onde Imperatriz Santa Helena ordenou que fosse espalhado o solo sagrado trazido do Monte Calvário, para simbolicamente unir o sangue de Jesus Cristo com o dos mártires cristãos mortos aqui pela perseguição do Imperador Nero.[2]
Os jardins remontam do período medieval, quando os pomares e vinhas se estendiam ao norte do Palácio Apostólico Papal.[3] Em 1279, o Papa Nicolau III (Giovanni Gaetano Orsini, 1277—1280) mudou a residência papal do Palácio de Latrão de volta para o Vaticano e fechou a área com muros.[4] Ele plantou um pomar (pomerium), um gramado (pratellum) e um jardim (viridarium).[4]
O lugar recebeu um re-paisagismo no começo do século XVI,[3] durante o pontificado do Papa Júlio II.[5] O design original de Donato Bramante foi dividido em três novos pátios,[5] o "Cortili di Belvedere", o "della Biblioteca" e o "della Pigna", com o estilo de paisagismo da Renascença. Também no estilo renascentista, construiu um grande labirinto retangular de desenho formal, formado por buxus e cercado por pinheiros-manso, e cedros-do-líbano.[2] No local do claustro de Nicolau III, Bramante construiu um grande muro retilíneo.[5]
Atualmente, os jardins estão espalhados por 23 hectares (230 mil metros quadrados), eles contêm uma variedade de fortificações medievais, construções e monumentos desde o século IX até os dias de hoje, entre canteiros floridos de cores vibrantes, gramados verdes e uma floresta remanescente de 3 hectares. Há também uma variedade de fontes que refrescam os jardins, uma gruta dedicada a Nossa Senhora de Lourdes, e uma oliveira doada pelo governo de Israel.[6]
Galeria
[editar | editar código-fonte]- Parte dos Jardins do Vaticano
- Fonte da Águia ou "Fontane dell'Aquilone"
- Cruz Armênia (Khatchkar) nos Jardins do Vaticano
- Palácio do Governo dentro dos Jardins
- Jardins do Vaticano
Ver também
[editar | editar código-fonte]Referências
- ↑ «Vatican Museums - Online Ticket Office». biglietteriamusei.vatican.va (em inglês). Consultado em 11 de dezembro de 2017
- ↑ a b «Vatican Gardens ~ Maureen "MO" Gilmer ~ MO Plants». 8 de março de 2012. Consultado em 11 de dezembro de 2017
- ↑ a b «The Vatican Gardens». 13 de abril de 2008. Consultado em 11 de dezembro de 2017
- ↑ a b «Vatican Gardens». 21 de agosto de 2008. Consultado em 11 de dezembro de 2017
- ↑ a b c «Vatican Gardens - Rome Vatican gardens and Vatican Museum». www.romeguide.it. Consultado em 11 de dezembro de 2017
- ↑ Hofmann, Paul (6 de julho de 1997). «Glorious Gardens of the Vatican». The New York Times (em inglês). ISSN 0362-4331