Jean-Jacques Keller – Wikipédia, a enciclopédia livre

Assinatura de Jean-Jacques Keller no canhão de 1683 Le Protecteur: "Kelleri Tiguro" (i.e. "Keller de Tigurini", da região de Tigurini, Zurique).
Canhões Keller na zona Hôtel des Invalides.
Emblema no Le Protecteur.
Pega em forma de dragão no Le Protecteur.

Jean-Jacques Keller (16351700) e o seu irmão Jean-Balthazar Keller (16381702) foram dois fabricantes de armas suiços ao serviço de França.

Jean-Jacques era considerado como um dos mais experientes fundidores de França.[1] Em 1669, tornou-se Mestre das fundições (Commissaire des Fontes) em Douai. Também estabeleceu outras fundições em Besançon, Breisach e Pinerolo.[2] O seu trabalho fez parte de um plano mais geral, coordenado por Louvois em 1666, para reorganizar a artilharia e o exército.

Canhão de 24 libras) de Jean-Jacques Keller, Le Protecteur, fabricado em 1683. Calibre: 151 mm. Comprimento: 320 cm. Peso: 2,271 kg.

O seu irmão Jean-Balthasar estava mais ligado ao fabrico de estátuas.[2] Foi ele que fabricou a estátua de Luís XIV de França erigida na Place Vendôme, em Dezembro de 1692,[3] e fundida em uma só peça, algo nunca feito antes.[2] A estátua foi destruída durante a Revolução Francesa, a 10 de Agosto de 1792.[4]

Em 1694, algumas das suas peças de artilharia explodiram fazendo com que fosse substituído pelo seu irmão Jean-Balthasar, em Douai.[2]

Os dois irmãos tiveram uma grande influência na técnica de fundição de canhões em França, e fabricaram milhares de peças de artilharia.

A tecnologia que utilizaram - fundição de canhões em torno de um núcleo de gesso - foi substituída pelo sistema de De Vallière em 1732.

Referências

  1. Jean- Jacques Keller, his older brother, the most skillful cannon founder in the service of France em One Hundred Years at V.M.I. - Page 263 de William Couper - [1]
  2. a b c d Gunfounding and Gunfounders de Arthur Norris Kennard, p.96-97
  3. The History of Paris, from the Earliest Period to the Present p.27
  4. Galignani's New Paris Guide de A. e W. Galignani p.193