João, Condestável de Portugal – Wikipédia, a enciclopédia livre

João
Infante de Portugal
Senhor de Reguengos, Colares e Belas
João, Condestável de Portugal
Infante João nos Painéis de São Vicente de Fora
Condestável de Portugal
Antecessor Nuno Álvares Pereira
Sucessor Diogo de Portugal
 
Nascimento 13 de janeiro de 1400
  Santarém
Morte 18 de outubro de 1442 (42 anos)
  Alcácer do Sal
Esposa Isabel de Barcelos
Descendência Diogo, Condestável de Portugal
Isabel, Rainha de Castela
Beatriz, Duquesa de Viseu
Filipa, senhora de Almada
Casa Avis
Pai João I de Portugal
Mãe Filipa de Lencastre
Religião Católico
Brasão

João de Portugal (Santarém, 13 de Janeiro de 1400Alcácer do Sal, 18 de Outubro de 1442) foi um infante de Portugal da dinastia de Avis, filho do rei D. João I e de sua mulher, a rainha Filipa de Lencastre.[1] Foi o sétimo filho dos seus pais.

Foi 3.º Condestável de Portugal, sucedendo a Nuno Álvares Pereira e ainda 1.º Senhor de Reguengos, Colares e Belas.

João era culto, sensato e deixou poucas obras escritas.[2] Para João, os muçulmanos deviam combater-se pelos Evangelhos e não com a espada,[3] posição que defendeu em 1432, sendo contra a guerra em Marrocos.[1]

Há historiadores de arte que defendem que é uma das personagens presentes nos enigmáticas Painéis de São Vicente de Fora[4]

Tornou-se administrador da Ordem de Santiago, em 18 de outubro de 1418,[1] sendo o 10.º Mestre da Ordem.

Em 1424, João casou com a meia sobrinha Isabel de Barcelos, filha do conde de Barcelos, Afonso,[3] seu meio-irmão e neta do anterior condestável.

Durante o reinado de D. Duarte, João juntou-se ao irmão Pedro, duque de Coimbra na contestação à expedição a Tânger que haveria de acabar em desastre, ficando o irmão Fernando, cativo. Defendeu nas cortes de Leiria em 1438 a entrega de Ceuta.[1]

No início do reinado do seu sobrinho Afonso V de Portugal, a regência do reino foi entregue a Leonor de Aragão, a rainha mãe. Esta decisão testamentária do falecido rei provocou contestação popular e ameaças de motins em Lisboa. Foi João que se instalou na capital, para evitar uma rebelião. As Cortes de Torres Novas de 1438, entregaram a regência à rainha e ao infante Pedro.[5] Depois, recusando as ofertas de aliança de Leonor e Afonso, Conde de Barcelos (o futuro Duque de Bragança), defendeu a realização de cortes para nomear o irmão Pedro, duque de Coimbra, novo regente, nas cortes de Lisboa de 1439.

O infante D. Pedro, já no cargo de regente, nomeia o irmão defensor da região de Entre-Tejo-e-Guadiana para onde a rainha e seus partidários se tinham refugiado após as últimas cortes. Pairavam ainda ameaças de invasões castelhanas para apoiar D. Leonor. O infante D. João desempenha um papel crucial nas acções de cerco ao castelo do Crato, onde se encontrava a rainha. Esta acaba por abandonar o país (em dezembro de 1441) e refugia-se em Castela onde acabará por falecer[6].

Após a morte, o seu filho Diogo sucedeu-lhe nos títulos e cargos.

Descendência

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Referências

Realeza Portuguesa
Casa de Avis
Descendência
  • Oliveira, Manuel (1993). Mini Enciclopédia. [S.l.]: Círculo de Leitores. ISBN 972-42-0719-6 .
  • Mattoso, José (1993). História de Portugal — A Monarquia Feudal. 2.º volume. [S.l.]: Círculo de Leitores. ISBN 972-42-0636-X 
  • Verbo Enciclopédia Luso-Brasileira de Cultura, 11.º Volume, Editorial Verbo, Lisboa

Precedido por
Nuno Álvares Pereira
Condestáveis de Portugal
Sucedido por
Diogo de Portugal