Joaquim Mestre – Wikipédia, a enciclopédia livre

Joaquim Mestre
Nome completo Joaquim Figueira Mestre
Nascimento 9 de Fevereiro de 1955
Trindade, Beja
Morte 3 de Maio de 2009
Lisboa
Nacionalidade Portugal Portugal
Alma mater Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa
Ocupação Escritor e historiador

Joaquim Figueira Mestre (Trindade, Beja, 9 de Fevereiro de 1955 - Lisboa, 3 de Maio de 2009) foi um escritor e historiador português.

Nascimento e formação

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Nasceu em 9 de Fevereiro de 1955, na antiga freguesia de Trindade, no concelho de Beja.[1] Concluiu uma licenciatura em História e uma pós-graduação em Ciências Documentais, ambas pela Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa.[2]

Carreira profissional e literária

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Trabalhou como bibliotecário na Biblioteca Municipal de Beja, onde exerceu como director de 1993 a 2009.[1] Nos princípios da Década de 1990, foi um dos principais responsáveis pela criação de um novo conceito de biblioteca,[3] tendo promovido a cidade de Beja e a região do Alentejo como um centro cultural e literário a nível nacional.[1] Na altura do seu falecimento, ocupava o posto de Chefe da Divisão de Bibliotecas e Museus na Câmara Municipal de Beja.[4]

Como escritor, foi responsável pela publicação de vários livros sobre património e história local.[1] Escreveu diversos artigos para revistas e jornais, e foi o fundador e director da revista Rodapé, uma revista sobre literatura publicada pela Biblioteca Municipal de Beja.[1] Porém, destacou-se principalmente pelas suas obras de romance e conto, tendo recebido o Prémio Manuel da Fonseca pelo seu livro Breviário das Almas, de 2009.[1]

Revelou também talento para as artes plásticas, sendo inicialmente influenciado pelo Neorrealismo. Após a morte de Carlos Montes, em 1974, e a renovação do atelier deste artista, junta-se a Francisco Alvito, José Palma, Leonel Borrela, Jorge Castanho, entre outros, tendo participado numa exposição coletiva, na Casa do Povo da sua aldeia natal, com Francisco Alvito e José Palma. Uma das suas obras que reflete o espírito destes artistas no período de 1975 a 1980, relativamente às obras dos artistas clássicos, é o Ecce Homo (1980), uma influência do óleo sobre madeira do século XV, que se encontra exposto no Museu Regional Rainha D. Leonor, em Beja.

Morreu na cidade de Lisboa, em 3 de Maio de 2009, devido a um cancro.[4] O funeral teve lugar em 5 de Maio, na cidade de Beja.[5]

Em sua homenagem, a Associação de Escritores do Alentejo criou o Prémio Literário Joaquim Mestre, lançado em 23 de Abril de 2017, no âmbito das comemorações do Dia Mundial do Livro e do Direito de Autor.[6]

Obras publicadas

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  • O Livro do esquecimento: contos do maravilhoso e do sobrenatural (2000)
  • A Cega da Casa do Boiro (2001)
  • O Perfumista (2006)
  • A Imperfeição do Amor (2007)
  • Breviário das Almas (2009)

Referências

  1. a b c d e f «Regulamento do Prémio Literário Joaquim Mestre». Associação de Escritores do Alentejo. Consultado em 20 de Outubro de 2019 
  2. «www.wook.pt/livro/breviario-das-almas-joaquim-mestre/1458664». Wook. Consultado em 20 de Outubro de 2019 
  3. «Alentejo lança nova edição do Prémio Literário Joaquim Mestre para romances». Diário de Notícias. 3 de Abril de 2019. Consultado em 20 de Outubro de 2019 
  4. a b «Morreu Joaquim Mestre, escritor e director da Biblioteca Municipal de Beja». Rádio Televisão Portuguesa. 4 de Maio de 2009. Consultado em 20 de Outubro de 2019 
  5. «Literatura: Morreu Joaquim Mestre, escritor e director da Biblioteca Municipal de Beja». Expresso. 4 de Maio de 2009. Consultado em 20 de Outubro de 2019 
  6. «Associação de Escritores do Alentejo lança novo prémio literário». Tribuna Alentejo. 21 de Abril de 2017. Consultado em 20 de Outubro de 2019 


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