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Jorge de Abreu
Jorge de Abreu
Nascimento 1878 (146 anos)
Funchal, Madeira
Nacionalidade português
Morte 8 de junho de 1932
Porto
Ocupação jornalista

Jorge de Abreu (Funchal, 1878 - Porto, 8 de junho de 1932), foi um jornalista e escritor português.

Nasceu no Funchal,em 1878[1] filho de Albino de Abreu e de Maria Eloy Vives d'Abreu, e irmão de Albino Casimiro de Abreu.[2]

Iniciou a sua atividade jornalística desde muito cedo, tendo apenas cerca de doze anos quando editou a sua primeira publicação, o Brado Português, que durou apenas cinco números.[2]

Na Madeira fez o liceu e entrou nos estudos superiores, tendo feito o terceiro ano de medicina no Funchal.[1] Durante os seus estudos, publicou uma folha académica.[2] Quando chegou à idade do serviço militar, foi para Lisboa, onde esteve como soldado na Artilharia 9.[1] Não chegou a completar o serviço por motivos de doença, tendo permanecido algum tempo no hospital.[1]

Após sair do exército, ficou em Lisboa, à procura de uma carreira no jornalismo.[2] Entrou para o jornal A Tarde, onde começou como tipógrafo e ascendeu a redator.[1] A seguir passou para a redação do jornal Novidades, onde travou amizade com Emídio Navarro.[1] Depois entrou para o O Século, onde atingiu a posição de subchefe de redação.[1] Passou para o jornal A Capital, quando este foi fundado por Manuel Guimarães.[1] Regressou depois ao Século, de onde saiu para ocupar a posição de chefe de redação no jornal A Victoria[1], onde o seu nome surgiu pela primeira vez no cabeçalho de um jornal, em 1919.[2] Finalmente passou para O Primeiro de Janeiro, onde atingiu o posto de diretor.[2] Como jornalista, destacou-se pelo seu profissionalismo e honestidade, tendo sido um adepto republicano.[1] Notabilizou-se pelas suas reportagens sobre a morte do rei Eduardo VII, e sobre as Incursões Monárquicas.[1]

Jorge de Abreu também publicou dois livros, A História do 31 de Janeiro e As Bohemias Jornalisticas,[2] e traduziu algumas peças de teatro.[1]

Morreu na cidade do Porto, a 8 de junho de 1932, depois de uma doença prolongada, tendo-lhe sido corta uma perna apenas algumas semanas antes da morte.[1] Estava casado com Maria do Carmo de Abreu, e vivia na cidade do Porto.[1] O cortejo funerário, desde a Praça da República até ao Cemitério do Prado do Repouso,[1] foi acompanhado pelas direções da Caixa de Solidariedade e da Associação de Vendedores de Jornais, sócios de várias instituições de beneficência no Porto, todas as secções do jornal O Primeiro de Janeiro, membros da Associação dos Jornalistas e de outras entidades particulares, o diretor, administrador e outros trabalhadores do Diário de Notícias.[2] No cemitério foram proferidos vários discursos, por parte de Marques Guedes, Afonso Lopes Vieira, Hernâni Cidade e outros.[2]

Referências

  1. a b c d e f g h i j k l m n o «Morreu hoje no Porto o jornalista Jorge de Abreu». Diário de Lisboa. 12 (3438). 8 de Junho de 1932. p. 8. Consultado em 15 de Janeiro de 2018 
  2. a b c d e f g h i «Os nossos mortos» (PDF). Gazeta dos Caminhos de Ferro. 45 (1069). 1 de Julho de 1932. p. 322. Consultado em 15 de Janeiro de 2018 
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