José Botelho de Matos – Wikipédia, a enciclopédia livre
José Botelho de Matos | |
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Arcebispo da Igreja Católica | |
Arcebispo da Bahia | |
Título | Primaz do Brasil |
Ordenação e nomeação | |
Ordenação presbiteral | 6 de agosto de 1713 |
Nomeado arcebispo | 5 de fevereiro de 1741 |
Brasão arquiepiscopal | |
Dados pessoais | |
Nascimento | Lisboa 5 de novembro de 1678 |
Morte | Salvador 22 de novembro de 1767 (89 anos) |
dados em catholic-hierarchy.org Arcebispos Categoria:Hierarquia católica Projeto Catolicismo |
Dom José Botelho de Matos ( Lisboa, 5 de novembro de 1678 - Salvador, 22 de novembro de 1767) foi um prelado português, arcebispo de São Salvador da Bahia e Primaz do Brasil, um dos opositores da política do Marquês de Pombal contra os jesuítas no Brasil.
Foi ordenado padre em 6 de agosto de 1713. Em 5 de fevereiro de 1741, foi consagrado arcebispo metropolita de São Salvador da Bahia, sendo seu consagrante Dom Tomás de Almeida. Deu entrada na arquidiocese em 3 de maio de 1741. Em 1754, com a saída de Luís Peregrino de Ataíde, 10.º Conde de Atouguia do governo do Brasil, assumiu a junta governativa que governou até 1755.[1][2] Com as intrigas feitas aos jesuítas pelo Marquês de Pombal, que os queria ver expulsos de todo o Império Português, enviou cartas a todos os prelados de sua jurisdição em nome do rei, Dom José I, para além da expulsão, que se confiscasse os bens da Companhia.[3][4]
Como foi contra essa perseguição, por entender que "os jesuítas [eram] irrepreensíveis, mui úteis e beneméritos",[4] tendo enviado uma carta com 80 assinaturas contrário ao despojo dos jesuítas.[4] Assim, o Marques de Pombal passou a exigir que suas ordens fossem cumpridas, caso contrário, deporia o arcebispo de sua cátedra.[5] Após pressões, acabou por resignar-se em 1759,[4] retirando-se em 7 de janeiro de 1760. Acabou por construir a Igreja de Nossa Senhora da Penha, em Itapagipe,[6] onde viria a falecer.
Ver também
[editar | editar código-fonte]Referências
- ↑ O Panorama. XIII. Lisboa: Typographia de A. J. F. Lopes. 1856. p. 396. Consultado em 16 de fevereiro de 2011
|nome1=
sem|sobrenome1=
em Authors list (ajuda) - ↑ Cerqueira e Silva, Inácio Accioli de (1835). Memórias históricas e políticas de província da Bahia. 1–2. Bahia: Typographia do Correio Mercantil, de Prʹecourt. p. 188. Consultado em 16 de fevereiro de 2011
- ↑ Domingos Pereira da Silva, ed. (1852). Anecdotas do ministerio do marquez de Pombal e conde d'Oeiras Sebastião José de Carvalho sobre o reinado de José I: rei de Portugal. I. Porto: Typografia de F. P. d'Azevedo. p. 196. Consultado em 16 de fevereiro de 2011
- ↑ a b c d Evergton Sales Souza (2008). «D. José Botelho de Mattos, arcebispo da Bahia, e a expulsão dos jesuítas (1758-1760)» (Em pdf). Consultado em 16 de fevereiro de 2011.
“a coragem do prelado deu ao Brasil, nessa hora de acobardamento deprimente, a glória de apresentar à Igreja e ao mundo essa figura, digna de seu heróico irmão de além-mar, o Bispo Conde de Coimbra
- ↑ Luz Soriano, Simão José (1867). Historia de reinado de el-rei D. José e da administração do Marquês de Pombal. precedida de uma breve notícia dos antecedentes reinados, a começar no de el-rei D. João IV, em 1640. 2. Lisboa: Typographia Universal de Thomaz Quintino Antunes. p. 448-449. Consultado em 16 de fevereiro de 2011
- ↑ Roteiro dos bispados do Brasil e dos seos respectivos bispos. desde os primeiros tempos coloniaes até o presente. Ceará: Typografia Cearense. 1864. p. 61-62. 288 páginas. Consultado em 16 de fevereiro de 2011
|nome1=
sem|sobrenome1=
em Authors list (ajuda)
Precedido por José Fialho, O. Cist. | Arcebispo de São Salvador da Bahia 1741 - 1760 | Sucedido por Manuel de Santa Inês Ferreira, O.C.D. |
Precedido por 10.º Conde de Atouguia | Presidente da junta governativa do Brasil 1754 - 1755 | Sucedido por 6.º Conde dos Arcos |
Ligações externas
[editar | editar código-fonte]- «Catholic Hierarchy» (em inglês)
- «GCatholic» (em inglês)