Krepumkateyê – Wikipédia, a enciclopédia livre
Krepumkateyê, | |||
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População total | |||
160 pessoas[1] | |||
Regiões com população significativa | |||
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Línguas | |||
Português | |||
Religiões | |||
xamanismo e cristianismo |
Os Krepumkateyê, ou Kreepym-Katejê, ou ainda Timbira-Krepumkateyê, são um grupo indígena que habita o centro do estado Maranhão,
Vivem na Terra Indígena Geraldo Toco Preto, nos municípios de Arame e Itaipava do Grajaú.
Denominação
[editar | editar código-fonte]O nome Krepumkateyê pode ter origem em Krepum, nome próprio de um lago, e pode ser que se refira a um lugar onde as emas desovam, a partir de kre (ovo) e pum (cair).[2]
Os Krepumkateyê falam a língua Timbira, tronco macro- jê e o português e tem relações interétnicas mais estreitadas como os Tenetehara,e Gavião Pyhcop'catiji( outro sub-grupo Timbira) estando classificados no conjunto dos povos timbiras, do tronco macro-jê. [2]
Os Timbira, por sua vez, se dividem entre os ocidentais na margem esquerda do rio Tocantins (Apinajé, no Tocantins) e orientais na margem direita do rio Tocantins (Gavião Parakateyê no Pará; Gavião Pukobyê, Krikati, Canela, Krenyê, Krepumkateyê, no Maranhão; Krahô, no Tocantins).[3][4]
História
[editar | editar código-fonte]Não há um consenso na literatura sobre a origem dos Krepumkateyê.
O etnólogo Nimuendaju aponta que os Krepumkateyê seriam descendentes dos Caracategés (Carakateyes) do alto rio Grajaú. Este povo aparece em informações documentais de 1851, num local conhecido como Desordem.[5]
Em outra teoria, os Kukoikateyê seriam os atualmente autodenominados como Krepumkateyê da Terra Indígena Geralda Toco Preto.[6]
Nimuendajú classificava como Timbiras Orientais do Norte os povos que viviam nos cursos inferiores dos rios Mearim e Pindaré, no Maranhãoː Krenyê de Bacabal, Kukoikateyê e Pobzé. Os Timbiras Orientais do Sul eram os povos que, no início do século XIX, ocupavam o entre curso dos rios Mearim e Tocantins (Krepumkateyê, Krorekamekrá e Põrekamekrá), e o entre curso dos rios Mearim e Itapicuru (Krahô, Kenkateyê, Apanyekrá, Canela e Txokamekrá).[7]
Os povos Timbiras Orientais do Norte foram aldeados na colônia de Leopoldina, os Kukoikateyê juntamente aos Krenyê de Bacabal e aos Pobzé, até serem atingidos por uma febre epidêmica em 1855, o que provocou mortes e sua dispersão.[8]
Uma parte dos Krenyê teria sido incorporada a partir do século XX pelos Kukoikateyê.[6]
O povo Krepumkateyê esteve ameaçado por epidemias nas décadas de 1940 e 1950, exploração do trabalho e perda territorial em razão da expansão agrícola, o que provocou a sua dispersão. Sua continuidade étnica foi possível por meio de casamentos interétnicos com teneteharas e regionais.[9]
Os Krenyê e os Krepumkateyê foram durante bastante tempo conhecimentos genericamente como Timbiras.[10]
Terra Indígena Geralda Toco Preto
[editar | editar código-fonte]Em 1986, foi demarcada a Terra Indígena Geralda Toco Preto. Homologada em 1994.[9]
A Terra Indígena Geralda Toco Preto é dividida em quatro aldeias; Severino, Geralda Toco Preto, Esperança e Bonita.[11]
Referências
[editar | editar código-fonte]- ↑ [1]
- ↑ a b Katia Nubia Ferreira Correa (2016). «AJCKÝ/COHPROː dinâmicas de "espalhar" e "juntar" no território Krikrati» (PDF)
- ↑ Valeria Moreira Garcia Vilar Veiga; Alberto Pedrosa Dantas Filho. «UFMA». UM RITUAL NA VIDA DO POVO RAMKOKAMEKRÁ CANELA: CORRIDA COM TORA
- ↑ Carlos Eduardo Penha Everton; Marinete Moura da Silva Lobo. «INSTITUTO FEDERAL DO MARANHÃO». Temas Indígenas: Diálogos Interculturais no IFMA Campus Barra do Corda
- ↑ ACOÉME - Revista de Divulgação Científica do Núcleo Tocantinense de Arqueologia - NUTA/UNITINS - 2004. «Pesquisas Arqueológicas no Estado do Tocantins. Projeto de Salvamento Arqueológico no Trecho da Linha de Transmisão de Imperatriz - MA à Miracema do Tocantins - TO, Interligação Norte/Sul - SALTIMINS (Relatório Final)» (PDF)
- ↑ a b Almeida, Mônica Ribeiro Moraes de; Jr, João Damasceno Gonçalves Figueiredo (6 de março de 2018). «As tecituras do processo de reorganização social Krenyê». Revista Pós Ciências Sociais (29): 59–84. ISSN 2236-9473. doi:10.18764/2236-9473.v14n27p59-84. Consultado em 20 de novembro de 2021
- ↑ MÔNICA MACHADO CARNEIRO (2021). «PROCESSOS COMUNICATIVOS COMUNITÁRIOS DO POVO INDÍGENA KANELA: MOBILIZAÇÃO ÉTNICA E RETOMADA TERRITORIAL EM CONTEXTO DE CONFLITO FUNDIÁRIO NO ARAGUAIA» (PDF)
- ↑ «Timbira - Povos Indígenas no Brasil». pib.socioambiental.org. Consultado em 20 de novembro de 2021
- ↑ a b Adalberto Luiz Rizzo de Oliveira (2006). «Messianismo Canelaː entre o indigenismo de Estado e as estratégias de desenvolvimento» (PDF)
- ↑ Mônica Ribeiro Morais de Almeida (2017). «"A gente viva de trás dos outrosː processo de reorganização social Krenye» (PDF)
- ↑ cimi (20 de janeiro de 2016). «Povo Kreepyn-Katejê teme ficar sem acesso a água potável na Terra Indígena Geralda/Toco Preto, no Maranhão | Cimi». Consultado em 20 de novembro de 2021