Leniza Krauss – Wikipédia, a enciclopédia livre
Leniza Krauss | |
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Nome completo | Leniza Krauss Resende |
Nascimento | 23 de janeiro de 1978 (46 anos) Taubaté -SP |
Nacionalidade | brasileira |
Leniza Krauss Resende (Taubaté, 23 de Janeiro de 1978) é uma jornalista, repórter e empresária brasileira. Quando trabalhava com jornalismo investigativo policial, a repórter sofreu diversas ameaças.
Biografia e carreira
[editar | editar código-fonte]Leniza Krauss nasceu em 23 de Janeiro de 1978 e formou-se na Universidade de Taubaté (UNITAU) no Vale do Paraíba.[1] Enquanto cursava a faculdade, estagiou na TV Setorial, afiliada da TV Cultura em Pindamonhangaba-SP. Lá, Leniza trabalhou como produtora e, por vezes, fazendo bicos como repórter. Já formada, foi contratada pela Band Vale em Taubaté. Deixou a Bandeirantes e, em pouco tempo, contratada pela TV Record Minas.[carece de fontes]
Destacando-se em nível regional, foi promovida e transferida para a Record SP, onde participou de coberturas Jornalísticas importantes, como o caso de Gil Rugai[2], acusado de matar o pai e a madrasta, de Carla Cepollina,[3] acusada de matar o coronel Ubiratan Guimarães, além do caso da Dona de Casa Geralda Guabiraba, morta e desfigurada em Mairiporã. Trabalhou em programas como Balanço Geral, SP Record, SP no Ar e Fala Brasil.[4]
Fez parte da equipe de repórteres do Cidade Alerta. Em 11 de Novembro de 2015, Leniza Krauss passou mal quando gravava uma reportagem para o Cidade Alerta. O cinegrafista que a acompanhava a levou para o hospital, onde foi diagnosticado um Acidente Vascular Cerebral. Depois de se recuperar, ela voltou ao trabalhar. Em 3 de outubro de 2017, Leniza deixou a RecordTV após 15 anos. Começou a trabalhar como chefe de uma agência de comunicação.[5]
Caso Pedra da Macumba
[editar | editar código-fonte]Ameaças
[editar | editar código-fonte]Em 2012, Leniza Krauss e o produtor Lumi Zúnica foram ameaçados por investigar a morte de Geralda Guabiraba, no "Caso Pedra da Macumba". Tentaram invadir a casa de Leniza Krauss três vezes e a jornalista teve o computador invadido. Ambos foram obrigados a deixar o estado de São Paulo.
Caso Pedra da Macumba | |
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Local do crime | pedra da macumba, no Mairiporã, em São Paulo, no brasil |
Data | janeiro de 2012 |
Vítimas | Geralda Guabiraba |
“ | Foram 40 dias longe daqui, os mais sofridos da minha vida. Tive que me afastar da família. A minha filha, na época com dois anos, teve febre emocional. Ela chamava pela mãe o tempo inteiro e eu não podia voltar (…) Não era ninguém ‘blefando’, eles sabiam o conteúdo dos e-mails trocados e tudo que conversávamos. (…) As represálias para o produtor chegavam pelo telefone da mulher dele. Eu recebia ligações e ameaças no meu celular. Uma vez estávamos no DEIC [Departamento Estadual de Investigações - Polícia Civil] prestando depoimento e ligaram, simultaneamente, avisando que sabiam que tínhamos buscado ajuda policial. (…) Mas é preciso coragem e até arriscar a própria vida para falar, mostrar e cobrar das autoridades.[6] | ” |
Repercussão
[editar | editar código-fonte]A jornalista foi citada no artigo do Portal Comunique-se ao lado de outros profissionais da imprensa que foram ameaçados durante o trabalho. O artigo foi reproduzido na Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji).[7] A polícia encerrou o caso indicando suicídio em 2014.[8] Fotos dos arquivos da polícia vazaram na internet em 2012.[9] Não foram descobertos os autores das ameaças aos jornalistas.[6] Após isso, a RecordTV retirou sua equipe de jornalismo investigativo do caso.[10]
Ao comentar sobre um dos crimes mais mal explicados da história do Brasil,[11] o Caso família Pesseghini, a IstoÉ citou o caso investigado por Leniza Krauss no artigo "O monopólio da informação não é da polícia" em 2013:
[O] caso de uma senhora encontrada morta na Pedra da Macumba, na cidade paulista de Mairiporã, também foi polêmico. A vítima estava com a garganta cortada, a pele do rosto e os olhos arrancados, deitada em forma de cruz com um cesto de flores em cada uma das mãos. E foi dada como suicida. Alguém pode se suicidar e, morto, se automutilar? A mídia questionou o poder público, as informações cessaram.[10]
Uma reportagem da IstoÉ mostrou que a tese da polícia de que cachorros teriam desfigurado o cadáver era improvável. Depois disso, a investigação passou a falar que foram ratos e gambás.[12] Foi divulgado pela Folha de S.Paulo que a delegada do caso pediu segredo de justiça, em janeiro de 2012.[13] Em 2014, o Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP) concluiu que Geralda Guabiraba cometeu suicídio ao ingerir o raticida popularmente conhecido como chumbinho.[14]
Vida pessoal
[editar | editar código-fonte]Leniza Krauss é casada e tem dois filhos, uma menina e um menino.[15]
Referências
- ↑ «Inversão de papéis, ex-alunos compartilham experiências na 36ªSECOM». CS Online Unitau. Consultado em 20 de setembro de 2019. Cópia arquivada em 20 de setembro de 2019
- ↑ «Gil Rugai se entrega à polícia em São Paulo»
- ↑ «ccp»
- ↑ Redação (16 de novembro de 2015). «De acordo com a assessoria de imprensa da Record, ela estava no carro da emissora, a caminho de uma reportagem, quando sentiu-se mal». Jornal O Tempo. Consultado em 20 de setembro de 2019
- ↑ Paulo Pacheco (5 de novembro de 2017). «Após AVC e demissão na Record, repórter deixa TV e vira chefe de empresa». TV e Famosos. Consultado em 20 de setembro de 2019. Cópia arquivada em 20 de setembro de 2019
- ↑ a b Nathália Carvalho (20 de agosto de 2013). «A mudança na vida de jornalistas que sofreram violentas represálias». Observatório da Imprensa. Consultado em 21 de setembro de 2019
- ↑ «Ameaçados: A mudança na vida de jornalistas que sofreram violentas represálias». Portal Comunique-se. Abraji. 15 de agosto de 2013. Consultado em 18 de setembro de 2019. Cópia arquivada em 20 de setembro de 2019
- ↑ «Após dois anos, Polícia conclui laudo de dona de casa morta em Mairiporã». G1. Rede Globo. 10 de julho de 2014. Consultado em 21 de setembro de 2019
- ↑ «Vazamento de fotos de mulher desfigurada em Mairiporã será investigado pela Polícia». CLJornal. 7 de fevereiro de 2012. Consultado em 21 de setembro de 2019. Cópia arquivada em 21 de setembro de 2019
- ↑ a b «O monopólio da informação não é da polícia». IstoÉ. 23 de agosto de 2013. Consultado em 20 de setembro de 2019
- ↑ «Tragédia inacabada». IstoÉ. 18 de agosto de 2018. Consultado em 20 de setembro de 2019. Cópia arquivada em 5 de setembro de 2018
- ↑ Antonio Carlos Prado e Fabíola Perez (25 de maio de 2012). «Geralda Guabiraba foi assassinada, diz laudo». IstoÉ. Editora Três. Consultado em 6 de julho de 2020. Cópia arquivada em 6 de julho de 2020
- ↑ «Delegada pede segredo de Justiça em caso de mulher morta em Mairiporã». Folha de S.Paulo. 23 de janeiro de 2012. Consultado em 12 de outubro de 2019
- ↑ Paulo, Do G1 São (10 de julho de 2014). «Após dois anos, Polícia conclui laudo de dona de casa morta em Mairiporã». São Paulo. Consultado em 2 de outubro de 2023
- ↑ «Repórter do "Cidade Alerta" tem princípio de AVC e é socorrida por equipe». Veja São Paulo. Grupo Abril. 16 de novembro de 2015. Consultado em 18 de setembro de 2019