Luísa de Meclemburgo-Güstrow – Wikipédia, a enciclopédia livre

Luísa
Luísa de Meclemburgo-Güstrow
Rainha Consorte da Dinamarca e Noruega
Reinado 25 de agosto de 1699
a 15 de março de 1721
Predecessora Carlota Amália de Hesse-Cassel
Sucessora Ana Sofia Reventlow
 
Nascimento 28 de agosto de 1667
  Güstrow, Meclemburgo-Güstrow, Sacro Império Romano-Germânico
Morte 15 de março de 1721 (53 anos)
  Copenhague, Dinamarca
Sepultado em Catedral de Roskilde, Roskilde, Dinamarca
Marido Frederico IV da Dinamarca
Descendência Cristiano VI da Dinamarca
Carlota Amália da Dinamarca
Casa Meclemburgo-Güstrow (por nascimento)
Oldemburgo (por casamento)
Pai Gustavo Adolfo, Duque de Meclemburgo-Güstrow
Mãe Madalena Sibila de Holsácia-Gottorp
Religião Luteranismo

Luísa (Güstrow, 28 de agosto de 1667Copenhague, 15 de março de 1721) foi a primeira esposa do rei Frederico IV e rainha consorte do Reino da Dinamarca e Noruega de 1699 até sua morte. Era filha de Gustavo Adolfo, Duque de Meclemburgo-Güstrow, e sua esposa Madalena Síbila de Holstein-Gottorp.

Luísa nasceu em Güstrow na família do duque Gustavo-Adolfo e Madalena Sibila de Holsácia-Gottorp como uma tataraneta do rei Frederico II da Dinamarca. Seus avós maternos eram o duque Frederico III de Holsácia-Gottorp e Maria Isabel da Saxônia. Luísa cresceu em uma pequena corte caracterizada por sentimentos pietistas e religiosidade rígida liderada por seu pai, que tinha por prazer escrever canções religiosas. Quando Luísa foi escolhida como consorte do herdeiro dinamarquês ela recebeu a aceitação incondicional da casa real, enquanto o próprio príncipe herdeiro, apesar da promessa de maior escolha, de fato, não tinha outra escolha além das filhas do duque, Luísa foi a escolhida por Frederico entre as filhas solteiras porque ele esperava que ela aceitasse seus casos amorosos sem protestos.[1]

Retrato de Luísa, pintado por Jacob d'Agar.

A 5 de dezembro de 1695, Luísa casou-se com o príncipe-herdeiro Frederico e tornou-se rainha-consorte da Dinamarca em 1699. Os seus únicos filhos que chegaram à idade adulta foram o rei Cristiano VI da Dinamarca e a princesa Carlota Amália.

Sarcófago de Luísa, na catedral de Roskilde.

Luísa viveu uma vida calma na corte dinamarquesa. Ao contrário de Frederico nunca conseguiu conquistar o seu povo. Luísa aparecia em cerimónias oficiais com a pompa destinada a uma rainha, mas tirando isso era ignorada na corte e a sua vida isolada e bucólica fez com que se tornasse menos conhecida na história. Suas atitudes diante dos escândalos praticados por Frederico IV fez que ela não ganhasse o respeito da casa real, sendo tida como incapaz para sua grande tarefa como rainha. Diz-se que fazia escândalos por causa dos casos amorosos de Frederico e que tinha mau feitio. A rainha Luísa sofria por causa da infidelidade do marido, o que provocava cenas vexatórias diante da corte. Frederico chegou a contrair dois casamentos morganáticos enquanto ainda estava casado com Luísa, em 1703, com Isabel Helena de Vieregg filha de um diplomata prussiano e, em 1712, com a filha do então chanceler Reventlow, a jovem Ana Sofia, a quem ele conheceu em um baile de mascaras durante a estada da corte em Jutlândia no castelo de Kolding. Ambas esposas morganáticas lhe deram inúmeros filhos, porém todos morreram prematuramente não chegando a mais de um ano vida, isso foi mais tarde tido pelo clérigo e nobres como castigo da divina providencia de Deus.

Morte e legado

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No dia seguinte ao funeral da rainha, Frederico voltou a casar-se com Ana Sofia e elevou-a ao estatuto de rainha com um cortejo por Copenhaga, que levou a discórdia familiar na casa real. Apesar das suas relações de bigamia, a rainha, sempre consciente do seu dever, continuou a dar-lhe filhos. Luísa era muito intima ao seu filho Cristiano. Era extremamente beata e procurou conforto na religião, tendo como principal passatempo a leitura de livros religiosos. Depois de sua morte, o seu interesse pela religião foi louvado pelo clérigo que a comparou à legendária rainha Ester. A sua coleção de quatrocentos livros, que doou à biblioteca real em testamento, era composta maioritariamente de literatura religiosa ascética alemã. Entre 1708-09 ela foi regente do reino enquanto seu marido estava na península Itálica.

Descendência

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Com Frederico IV da Dinamarca:
Nome Nascimento Morte Notas
Cristiano 28 de junho de 1697 1 de outubro de 1698 Morreu na infância
Cristiano VI da Dinamarca 10 de dezembro de 1699 6 de agosto de 1746 Casou-se com Sofia Madalena de Brandemburgo-Kulmbach; com descendência
Frederico Carlos 23 de outubro de 1701 7 de janeiro de 1702 Morreu na infância
Jorge 6 de janeiro de 1703 12 de março de 1704 Morreu na infância
Carlota Amália 6 de outubro de 1706 28 de outubro de 1782 Não se casou

Referências

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  • N. D. Riegels: Udkast til fjerde Friderichs hist. depois de Hoier 1-11. 1795-99.
  • A. Hojer: König Fr. IV glorwürdigstes Leben 1-11, 1829.
  • Jens Moller i Det skand. lit. selsk.s skr. XXIII, 1832 3-196.
  • Ellen Jørgensen and J. Skovgaard: Danske dronninger, 1909-10 189-94.
  • Fr. Weilbach i Hist. t. 10. r. III, 1935 256-66.
  • Ingrid llsoe i Fund og forskn. XXII, 1975-76 107-20.