Maiá – Wikipédia, a enciclopédia livre

Maya ou maiá[1] (do sânscrito माया, māyā) é um termo filosófico que tem vários significados: em geral, ele se refere ao conceito da ilusão que constituiria a natureza do universo. Maya deriva da contração de ma, que significa "medir, marcar, formar, construir", e ya, que significa "aquilo". Do hebraico "vindo de Deus " "enviado por Deus". Do tupi "mãe da natureza" "deusa da água "

Refere-se à irrealidade do universo manifesto — noção que, no geral, foi interpretada como uma afirmação do caráter ilusório do próprio cosmos[2].

O conceito foi aperfeiçoado pelo filósofo indiano Adi Shankara no século IX e foi absorvido pelas religiões e filosofias do oriente. Dali, foi importado para o ocidente no século XIX, tornando-se parte da língua corrente entre os devotos das religiões orientais e círculos esotéricos. Dentro dessas linhas de pensamento, maya se torna o principal obstáculo para o desapego das seduções do mundo sensorial, para a superação dos enganos criados pelo dualismo e para a conquista da verdadeira iluminação.

Seu significado é complexo porque envolve ele mesmo uma dualidade, pois maya não pode ser real se consideramos o Absoluto (Parabrahman) como a única realidade, mas não pode ser irreal pois é a base de todo o universo objetivo. A realidade última, assim, envolve a compreensão da natureza de maya sem sua negação, mas distinguindo-a do Absoluto.

Nas mitologias orientais, maya aparece, muitas vezes, personificada como uma deidade, Maya, às vezes tida como uma das formas de Lakshmi ou Durga. Entre seus atributos, está o poder de cegar o devoto com as ilusões, mas também o de revelar-lhe a verdade.

Referências

  1. Darmapada: a doutrina budista em versos. Tradução de Fernando Cacciatore de Garcia. Porto Alegre, RS. L&PM Editores. 2010. p. p. 12.
  2. O Yoga Integral de Sri Aurobindo, uma Síntese Contemporânea, Yoga.pro.br, 2/2/2003, Extraído do livro A Tradição do Yoga (traduzido por Marcelo Brandão Cipolla), Editora Pensamento, São Paulo
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