Marcial – Wikipédia, a enciclopédia livre
Marcial | |
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Nascimento | março de 0040 Augusta Bilbilis |
Morte | 104 (63–64 anos) Augusta Bilbilis |
Cidadania | Roma Antiga |
Progenitores |
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Cônjuge | Marcella |
Ocupação | poeta, escritor |
Obras destacadas | Epigrammata |
Marco Valério Marcial (em latim: Marcus Valerius Martialis; 38-104 d.C., Bílbilis Augusta, atual Calatayud, Espanha - 102, Espanha) foi um epigramatista latino.[1]
Vida
[editar | editar código-fonte]Poucas informações são seguras a respeito da sua vida, em virtude de quase não haver testemunhos contemporâneos. Através de sua própria obra, depreende-se que, nascido na Hispânia, Marcial partiu ainda jovem para Roma, onde viveu a maior parte de sua vida. Nesta cidade, manteve relações com intelectuais de renome, tais como Arúncio Estela, Sílio Itálico, Juvenal, Quintiliano e Plínio, o Jovem. Algumas tradições consideram-no protegido da família de Sêneca no início de sua estada na cidade.[2] Também é notória a sua gravitação ao redor das personagens importantes do governo, em especial o imperador Domiciano, ao qual dedica vários epigramas. Em seus poemas, afirma que obteve favores das pessoas influentes com que se relacionava, tais como o ius trium liberorum[3] e a própria dignidade equestre, ao mesmo tempo em que solicita alguns favores, como a instalação da rede de águas em sua residência. Também estes dados são retirados de sua própria obra, não havendo outras fontes que corroborem essas informações. Sua morte é referida por Plínio, o Jovem.[4]
Obra
[editar | editar código-fonte]Marcial publicou quinze livros de epigramas, dentre os quais doze são tradicionalmente apenas numerados e três são nomeados:
- O Livro dos Espetáculos (Liber Spectaculorum), escrito por volta do ano 80 em comemoração pela inauguração do Coliseu. Supõe-se que uma parte deste livro tenha sido perdida.
- Xênia e Apoforeta, publicados entre 84 e 85, duas coleções de dísticos elegíacos destinados a acompanhar presentes e alimentos oferecidos em dezembro, durante as Saturnais.
Sua obra, que chegou quase na totalidade aos nossos dias, influenciou diversos autores, tais como Francisco de Quevedo, Bocage e Gregório de Matos.
Referências
Bibliografia
[editar | editar código-fonte]- AGNOLON, Alexandre. Uns epigramas, certas mulheres: a misoginia nos Epigrammata de Marcial. Dissertação de Mestrado. USP, FFLCH, 2007.
- CESILA, Robson Tadeu. Metapoesia nos epigramas de Marcial. Dissertação de Mestrado. Unicamp, IEL, 2004.
- CESILA, Robson Tadeu. Epigrama: Catulo e Marcial. Curitiba: Editora UFPR; Campinas: Editora da Unicamp, 2017. ISBN 9788584801220
- CONTE, Gian Biagio. Latin Literature - a History. Baltimore: Johns Hopkins, 1994.
- MARTIALIS. 'Omnia Opera'
- SULLIVAN, J.P. Martial: the Unexpected Classic. Cambridge: Cambridge, 1992.