Marius Borgeaud – Wikipédia, a enciclopédia livre
Marius Borgeaud | |
---|---|
Borgeaud em 1899. | |
Nascimento | 21 de setembro de 1861 Lausana, Suíça |
Morte | 16 de julho de 1924 (62 anos) Paris, França |
Nacionalidade | suíço |
Área | Pintura |
Movimento(s) | Pós-Impressionismo |
Marius Borgeaud (Lausana, 21 de setembro de 1861 - Paris, 16 de julho de 1924) foi um pintor pós-impressionista suíço.[1]
Vida
[editar | editar código-fonte]Oriundo de uma família burguesa, em 1888 começou a trabalhar num banco em Marselha onde permaneceu até a morte de seu pai no ano seguinte.
Recebeu uma relevante herança paterna a qual dissipou levando uma vida dissoluta durante a década seguinte. Após um período de repouso às margens do Lago de Constança por volta de 1900, regressou a Paris disposto a dedicar-se à pintura.
Seu aprendizado, entre 1901 e 1903, se deu com os pintores Fernand Cormon e Ferdinand Humbert. As obras desse período foram praticamente perdidas e nenhuma tela é conhecida antes de 1904.
Devido a seu início tardio na profissão, aos quarenta anos; Borgeaud frequentava especialmente artistas de uma geração mais jovens do que a dele. Alguns destes se tornaram seus amigos próximos; como Francis Picabia, Paul de Castro (1882-1940), Maurice Asselin (1882-1947) e especialmente Édouard Morerod (1879-1919).
Durante os verões, de 1904 ou 1905, ele pintou com Picabia em Moret-sur-Loing (Seine-et-Marne) e com os irmãos Ludovico Rodo Pissarro e Georges Manzana-Pissarro. As obras deste período - neste lugar que anteriormente inspirara Alfred Sisley ou Camille Pissarro - são fortemente marcadas pelo Impressionismo.
A partir de 1908, passou diversas temporadas pintando na Bretanha. Passando breves etapas em Pont-Aven e Locquirec, Borgeaud estabeleceu-se em 1909 em Rochefort-en-Terre em Morbihan. Porém manteve contato com o meio parisiense durante o período.
A colônia artística suíça em Paris era numerosa contando dentre outros com Félix Vallotton, Théophile Alexandre Steinlen, Eugène Grasset, Ernest Bieler e René Auberjonois. Esses personagens se conheciam e se ajudavam mutuamente. Bem integrado entre eles Marius Borgeaud passou a expor na famosa galeria Druet em 1917, onde foi apresentado por Felix Vallotton.
Marius Borgeaud casou-se em 1923 com Madeleine Gascoin e mudou-se para outra aldeia na Bretanha, Le Faouet. A pintura que Borgeaud produziu neste período em Faouët, entre o início de 1920 e o final de 1922, é considerada o apogeu de sua obra.
Instalou-se no ano seguinte em Audierne, que marca a última etapa deste curso bretão. Os problemas de saúde o surpreenderam em 1924. Ele retornou a Paris, onde morreu em seu apartamento em 16 de julho deste mesmo ano.[2]
Trabalhos
[editar | editar código-fonte]A maioria das 300 pinturas a óleo existentes de Borgeaud são paisagens e cenas internas. No entanto, quinze são retratos de pessoas, sendo a mais famosa Coco Chanel.[3]
- Vieilles maisons, effet de soleil
(1907) - Les joueurs de cartes (1917)
- L'arrivée (1920)
- La bretonne et ses poules (1922)
- Intérieur aux deux verres (1923)
- La chambre blanche (1924)
Referências
- ↑ «Marius Borgeaud (1861-1924)». BCUL. Consultado em 9 de julho de 2017. Arquivado do original em 3 de março de 2016
- ↑ Marius Borgeaud (1861–1924), Bibliothèque cantonale et universitaire – Lausanne, 2013, consultado em 10 de junho de 2015, cópia arquivada em 3 de março de 2016
- ↑ MARIUS BORGEAUD (1861–1924), Christie's, 2015, consultado em 10 de junho de 2015