Joaquim Martins Correia – Wikipédia, a enciclopédia livre

Martins Correia
Joaquim Martins Correia
Busto auto-retrato, enquanto jovem
Nascimento 1910
Golegã
Morte 1999 (89 anos)
Nacionalidade Portugal portuguesa
Área Escultura

Joaquim Martins Correia (Golegã, 1910 – 1999) foi um professor e escultor português. [1]

Pertence à segunda geração de artistas modernistas portugueses. [2]

Biografia / Obra

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Mulher do povo, bronze dourado, altura 44 cm

Órfão desde pequeno, por morte dos pais, vitimados pela gripe pneumónica, ingressou na Casa Pia em Novembro de 1922, onde concluiu o curso industrial. Recebeu uma bolsa de estudo para frequentar a Escola de Belas Artes de Lisboa, onde se diplomou em escultura e onde viria a exercer atividade docente. [3]

Foi professor do Ensino Técnico Profissional na Escola Rafael Bordalo Pinheiro, Caldas da Rainha (1936-1938), e em Lisboa, nas Escolas Marquês de Pombal (1938-1939), Machado de Castro (1939-1940), Afonso Domingues (1940-1941) e António Arroio (1941-1942). [3]

Começou a expor no ano de 1938. Desde essa altura participou em inúmeras mostras coletivas: Exposição do Mundo Português, Lisboa (1940); Exposições de Arte Moderna do S.P.N./S.N.I.; diversos salões da Sociedade Nacional de Belas Artes; I e na II Exposições de Artes Plásticas da Fundação Calouste Gulbenkian, Lisboa (1957, 1961); etc. [3]

A sua produção escultórica inclui diversos retratos (Ana Hatherly, Natália Correia, etc.). Entre as suas obras de estatuária podem destacar-se os monumentos a Camões (Goa) e a Garcia de Orta (Instituto de Medicina Tropical, Lisboa, 1958), onde o seu "sentido de estilização, marcado um amaneiramento de inspiração algo italianizante, por lembrança fiel dos anos 40", o levou a originais soluções decorativas "que alijeiram por vezes as suas figuras de solene compromisso oficial". [2]

Além da escultura dedicou-se também à ilustração, desenho e pintura; em 1951, passou a colaborar nos fascículos de cultura Acto[4], onde António Quadros e Orlando Vitorino eram directores e tinham sido os fundadores,[5] e foi o autor de painéis de azulejos na estação de metropolitano Picoas, Lisboa (1995).

Está representado em coleções públicas e privadas, nomeadamente: Museu do Chiado, Lisboa; Museu Soares dos Reis, Porto; Museu José Malhoa, Caldas da Rainha; Museu de Pintura e Escultura Martins Correia, Golegã; etc.

Entre os prémios que recebeu podem destacar-se: Prémios Soares dos Reis (1942) e Manuel Pereira (1943 e 1948); Prémio Diário de Notícias (1957); etc. Foi agraciado com as insígnias de Oficial da Ordem da Instrução Pública (1957) e da Ordem Militar de Sant'Iago da Espada (Oficial em 1982 e Grande-Oficial em 1990). [1] [3][6]

Na comemoração do centenário do nascimento do escultor foi editado o livro de Gabriela Carvalho Martins Correia - Laureatus (2011); a publicação inclui dezenas de imagens de obras, uma fotobiografia, contribuições de Jorge Sampaio, Natália Correia, Marçal Grilo, Mário Soares e Urbano Tavares Rodrigues, entre outros. [7]

Referências

  1. a b A.A.V.V. – II Exposição de Artes Plásticas da Fundação Calouste Gulbenkian. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, 1961
  2. a b França, José AugustoA arte em Portugal no século XX. Lisboa: Livraria Bertrand, 1991, p. 278.
  3. a b c d Museu de Pintura e Escultura Martins Correia, Golegã. «Martins Correia». Consultado em 27 de abril de 2013 
  4. António Quadros. Biografia, Fundação António Quadros
  5. Orlando Vitorino (1922 – 2003), A Guarda em Letras
  6. «Entidades Nacionais Agraciadas com Ordens Portuguesas». Resultado da busca de "Joaquim Martins Correia". Presidência da República Portuguesa. Consultado em 29 de julho de 2020 
  7. Gabriela Carvalho. «Martins Correia - Laureatus». Consultado em 28 de abril de 2013 
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