Missão Pedro Ferreira de Oliveira – Wikipédia, a enciclopédia livre
Missão Pedro Ferreira de Oliveira | |||
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Litografia do Almirante Pedro Ferreira de Oliveira por S. A. Sisson. | |||
Data | 1855 | ||
Local | Paraguai | ||
Desfecho | Vitória brasileira
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Beligerantes | |||
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Comandantes | |||
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A Missão Pedro Ferreira de Oliveira foi uma expedição enviada ao Paraguai que tinha o objetivo de fazer o governo paraguaio cumprir o tratado de 1850, que garantia a livre navegação nos rios Paraná e Paraguai.
A Missão
[editar | editar código-fonte]O governo paraguaio de Carlos Antonio López, estava impedindo o tráfego de navios brasileiros pelos rios Paraná e Paraguai, deixando assim, a Província de Mato Grosso isolada, já que a forma mais rápida de chegar até lá era por meio de tais rios. Além disto, o presidente insultou o diplomata brasileiro Filipe José Pereira Leal, acusando o brasileiro de "dedicar-se à integra e à impostura em ódio ao Supremo Governo do Estado". [1]
Tendo em vista isto, uma força tarefa da Armada Imperial Brasileira com integrantes de um corpo diplomático do império foi enviada. A força tarefa foi comandada pelo almirante e diplomata brasileiro Pedro Ferreira de Oliveira. A força tarefa tinha por objetivo tirar satisfação com o governo paraguaio sobre o insulto ao diplomata brasileiro e negociar a livre navegação nos Paraná e Paraguai.
Ao chegar próxima de Assunção, capital do Paraguai, soldados do exército paraguaio esperavam a esquadra brasileira e afirmaram que só permitiriam a passagem caso os brasileiros garantissem que a missão tinha objetivos pacíficos. Após intensas negociações, o diplomata brasileiro apresentou as exigências do governo imperial.
Exigências do Brasil
[editar | editar código-fonte]As exigências do Brasil eram as seguintes:
1º Reclamar uma satisfação pela ofensa feita ao Império na pessoa do seu encarregado de negócios, o Sr. Filipe José Pereira Leal.
2º Reclamar que o simples trânsito pelos rios Paraguai e Paraná, na parte em que suas águas pertencem à República, fosse franqueado aos navios e súditos brasileiros, como se acha estipulado no art. 3º do tratado de 25 de dezembro de 1850.
3º Celebrar, se o governo da República a isso se prestasse, os ajustes concernentes aos limites e à navegação e comércio entre os dois países em conformidade do art. 15 do mesmo tratado.
Apenas a primeira exigência foi cumprida, porém, as outras foram consideradas desnecessárias pelo diplomata brasileiro.
Consequências
[editar | editar código-fonte]Por conta do desmerecimento do diplomata brasileiro com as outras exigências do governo imperial, Pedro Ferreira de Oliveira acabou sendo exonerado de suas funções ainda em 1855.
"Por aviso de 4 de junho de 1855 foi exonerado do comando da divisão naval do rio da Prata, e mandado recolher imediatamente a esta corte para dar conta do seu procedimento como plenipotenciário no ajuste das questões pendentes entre o Império e a República do Paraguai."
Além disto, negociações sobre a livre navegação nos rios Paraná e Paraguai foram iniciadas, já que o governo paraguaio temia que esta questão fosse iniciar um conflito bélico com o Império do Brasil, conflito este, que o Paraguai sabia que não venceria.
Bibliografia
[editar | editar código-fonte]- http://www.abc.com.py/edicion-impresa/politica/las-discusiones-de-1855-1856-confirmaron-que-el-brasil-no-poseia-los-saltos-del-guaira-1118837.html
- http://200.144.255.123/Imagens/Revista/REV009/Media/REV09-19.pdf
- https://pt.wikisource.org/wiki/Galeria_dos_Brasileiros_Ilustres/Pedro_Ferreira_de_Oliveira