Moisés Alves de Pinho – Wikipédia, a enciclopédia livre
Moisés Alves de Pinho | |
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Arcebispo da Igreja Católica | |
Arcebispo-emérito de Luanda Bispo-emérito de São Tomé e Príncipe | |
Título | Arcebispo titular de Perdices |
Atividade eclesiástica | |
Congregação | Congregação do Espírito Santo |
Diocese | Arquidiocese de Luanda |
Nomeação | 7 de abril de 1932 |
Entrada solene | 24 de outubro de 1932 |
Predecessor | João Evangelista de Lima Vidal |
Sucessor | Manuel Nunes Gabriel |
Mandato | 7 de abril de 1932 — 17 de novembro de 1966 |
Ordenação e nomeação | |
Ordenação presbiteral | 19 de dezembro de 1908 Arquibasílica de São João de Latrão por Pietro Respighi |
Nomeação episcopal | 7 de abril de 1932 |
Ordenação episcopal | 17 de julho de 1932 Viana do Castelo por Louis Le Hunsec, C.S.Sp. |
Nomeado arcebispo | 4 de setembro de 1940 |
Dados pessoais | |
Nascimento | Fiães 17 de julho de 1883 |
Morte | São Domingos de Rana 26 de junho de 1980 (96 anos) |
Nacionalidade | português |
Sepultado | Catedral de Luanda |
dados em catholic-hierarchy.org Arcebispos Categoria:Hierarquia católica Projeto Catolicismo |
Moisés Alves de Pinho, C.S.Sp. • GCC (Fiães, 17 de julho de 1883 — São Domingos de Rana, 26 de junho de 1980) foi um arcebispo da Igreja Católica português. Foi provincial da Congregação do Espírito Santo em Portugal, arcebispo de Luanda e bispo in persona episcopi de São Tomé e Príncipe.
Biografia
[editar | editar código-fonte]Em 1899 deu entrada no antigo Seminário Missionário da Formiga (Ermesinde), onde concluiu os estudos preparatórios para, em seguida, ir para a França, para fazer o noviciado, em Chevilly, de 1904 a 1905, realizando a sua profissão na Congregação do Espírito Santo em 2 de outubro de 1905.[1][2][3] Neste mesmo ano foi enviado para Roma, a fim de cursar a Pontifícia Universidade Gregoriana, onde se formou em filosofia e em teologia.[1]
Foi ordenado padre em 19 de dezembro de 1908,[4] na Basílica de São João de Latrão, em Roma, pelo cardeal-vigário Pietro Respighi.[1]
Após a aprovação da Lei da Separação do Estado das Igrejas, durante a Primeira República Portuguesa, os bens das ordens religiosas foram expropriados.[2] Assim, em 1919, quando Sidónio Pais restabelece as relações portuguesas com a Santa Sé, as ordens religiosas puderam retomar suas atividades. Dessa forma, Moisés Alves de Pinho retorna da França e é feito provincial dos Espiritanos em Portugal.[2]
Seu trabalho passa pela criação de comunidades de formação e seminários, como a Quinta do Charqueiro, a Quinta do Fraião e o Seminário Maior de Viana do Castelo.[3] Em 1930 foram ordenados em Viana do Castelo os primeiros sacerdotes desta nova fase da Congregação em Portugal.[3] Em 1931, criou a ordem das "Missionárias Reparadoras do Sagrado Coração de Jesus".[5]
Após essa retomada das atividades dos Espiritanos, em 7 de abril de 1932 foi nomeado pelo Papa Pio XI como bispo de Angola e Congo, deixando o cargo de provincial. Em 17 de julho do mesmo ano, foi sagrado em Viana do Castelo pelo bispo Louis Le Hunsec, C.S.Sp., superior-geral dos Espiritanos, tendo como co-sagrantes Dom João Evangelista de Lima Vidal, arcebispo-bispo de Vila Real e Dom José Alves Correia da Silva, bispo de Leiria.[4]
Partiu para Angola em 8 de outubro de 1932 e chegou a Luanda em 23 de outubro, tomando posse no dia seguinte. Na recepção compareceu o Governador Geral da Colônia Eduardo Ferreira Viana, as restantes autoridades civis e militares, todo o clero da cidade e muitos missionários do interior.[1]
Em agosto de 1938, foi condecorado com a Grã-Cruz da Ordem Militar de Cristo, pelo presidente Óscar Carmona, em Luanda.[1]
Com a elevação da Diocese de Angola e Congo para arquidiocese metropolitana, com o novo nome de Arquidiocese de Luanda, pela bula Sollemnibus Conventionibus do Papa Pio XII,[6] Dom Moisés Alves de Pinho torna-se arcebispo, em 4 de setembro de 1940.[4] Em 18 de janeiro de 1941, foi nomeado bispo in persona episcopi de São Tomé e Príncipe[4][7], exercendo sua prelazia em Luanda. Durante seu período na África, fundou o período católico "O Apostolado".
Acabou por resignar-se de ambas dioceses em 17 de novembro de 1966, com 83 anos de idade, ao passo que foi nomeado arcebispo titular de Perdices[4] e retornou para Portugal.[1] Em 29 de janeiro de 1971, decide retornar a Luanda,[5] resignando de seu título arquiepiscopal.[4]
Estando de férias em Portugal, faleceu em São Domingos de Rana, na Torre d'Aguilha, em 26 de junho de 1980[2], sendo enterrado em Fiães.[5] Em 20 de outubro de 1999, cumprindo o seu desejo, seus restos foram transladados para a Catedral de Luanda.[5]
Referências
- ↑ a b c d e f «Subsídios para a História de Fiães da Feira»
- ↑ a b c d «Site da Congregação do Espírito Santo». Cronologia história
- ↑ a b c «Site dos Espiritanos de Portugal». Recomeçar após a implantação da República
- ↑ a b c d e f Annuaire Pontifical Catholique, 1939
- ↑ a b c d «D. Moisés Alves de Pinho — ordenado bispo há 87 anos»
- ↑ Bula Sollemnibus Conventionibus, AAS 33 (1941), p. 14 (em latim)
- ↑ «AAS-33 1941» (PDF) (em latim). página 26
Bibliografia
[editar | editar código-fonte]- Gabriel, Manuel Nunes (1980). D. Moisés Alves de Pinho e os bispos de Congo e Angola. Braga: Editora Pax
Ligações externas
[editar | editar código-fonte]- «Dados em GCatholic» (em inglês)
- «Perfil em Catholic Hierarchy» (em inglês)
- «Memórias d'África e d'Oriente»
- «Homenagem a Dom Moisés Alves Pinho». RTP Arquivos
Precedido por João Evangelista de Lima Vidal | Bispo de Angola e Congo 1932 — 1940 | Sucedido por elevação a arquidiocese |
Precedido por elevação da diocese | Arcebispo de Luanda 1940 — 1966 | Sucedido por Manuel Nunes Gabriel |
Precedido por Bartolomeu dos Mártires de Maia | Bispo de São Tomé e Príncipe 1941 — 1966 | Sucedido por Abílio Rodas de Sousa Ribas |
Precedido por sede vacante | Arcebispo-titular de Perdices 1966 — 1971 | Sucedido por Albert Henry Ottenweller |