Movimento Nacional Feminino – Wikipédia, a enciclopédia livre

Movimento Nacional Feminino
(MNF)
Lema "Por Deus e pela Pátria"
Tipo Organização feminina
Fundação 28 de abril de 1961
Extinção 1974
Sede Rua Presidente Arriaga 6, Lisboa
Fundador(a) Cecília Supico Pinto

O Movimento Nacional Feminino (MNF) (1961-1974) foi uma organização de suporte do Estado Novo criada por iniciativa de Cecília Supico Pinto e apoiada por António de Oliveira Salazar, voltada para a organização das mulheres em torno do apoio à Guerra Colonial, em particular quando o conflito em Angola, Moçambique e Guiné se intensificou.[1]

Esta organização não teve qualquer papel na reivindicação por alterações no papel das mulheres na sociedade portuguesa no tempo do Estado Novo. Pretendia sim demonstrar que a realidade política e social existente garantia às mulheres o exercício de direitos necessários e suficientes.

Após a comoção gerada pelo golpe fracassado de assalto ao navio Santa Maria, Cecília Supico Pinto, esposa de Luís Supico Pinto, antigo ministro de Salazar, criou um movimento que veio a designar-se Movimento Nacional Feminino. Esta era pertencente à alta burguesia mais afecta ao regime.

Oficialmente o MNF foi criado no dia de aniversário de Salazar (28 de Abril) de 1961[2]. Recebeu o apoio governamental, assim como a influência das Vicentinas.

Uma das primeiras iniciativas do MNF foi a criação das madrinhas de guerra, de apoio moral e material aos soldados da Guerra Colonial e às suas famílias.

Em Julho de 1961 o general Gomes de Araújo, subsecretário adjunto da Defesa Nacional considerou o MNF como a entidade indicada para o fornecimento e distribuição dos aerogramas militares. Entre 1961 e 1974 o MNF editou mais de 300 milhões de aerogramas (com o preço de 20 centavos cada), dos quais 40 milhões até 1967. [3]

Publicou, sem grande sucesso, as revistas Presença e Guerrilha. A primeira era uma publicação mensal dirigida por Luíza Manoel de Vilhena, e a segunda uma revista mensal para militares, dirigida por Cecília Supico Pinto e tendo como chefe de redacção, primeiro, Martinho Simões e depois, Mário Matos Lemos.

No Natal de 1971 lançou um disco Natal, com Amália, Eusébio, Agostinho, Hermínia, Florbela Queirós e Francisco Nicholson.

  • Maria Luísa Bobone;
  • Teresa Mónica;
  • Maria da Glória Barros e Castro, presidente das Vicentinas;
  • Madalena da Câmara Fialho, professora do Colégio de Odivelas;
  • Deolinda Santos, directora do Colégio de Odivelas.
  • Ivone Ferreira;
  • Maria Alice Vinhas;
  • Margarida Sousa Machado;
  • Maria Luísa Reymão Nogueira.

Referências

  1. MASCARENHAS, João Mário (coord.); NEVES, Helena; CALADO, Maria (textos). O Estado Novo e as Mulheres: O Género como Investimento Ideológico e de Mobilização. Lisboa: Câmara Municipal de Lisboa, 2001.
  2. FERREIRA, Verónica (Janeiro de 2018). As voltas do passado: A Guerra Colonial e as Lutas de Libertação. Movimento Nacional Feminino. Lisboa: Edições Tinta-da-china. pp. 89–95. ISBN 9789896714406 
  3. Martins, Fernando (sem data). Amor em tempo de guerra: As "Madrinhas de Guerra" no contexto da Guerra Colonial Portuguesa (1961-1974), CIDEHUSe Departamento de História da Universidade de Évora.
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