New Statesman – Wikipédia, a enciclopédia livre
New Statesman é uma revista britânica de conteúdo político publicada semanalmente em Londres. Fundada em 1913, e conectada com os principais membros da socialista Sociedade Fabiana, ela tem uma posição política de cunho centro-esquerdista.[1] A revista se diz comprometida com o "desenvolvimento, os direitos humanos e o meio-ambiente, acontecimentos globais que a grande imprensa ocasionalmente ignora"[2].
“ | Desde que foi criado em 1913, este semanário que conquistou reputação pela qualidade dos seus analistas e pela pertinência dos seus comentários, é, por excelência, o fórum da esquerda britânica. No que toca a questões sociais, internacionais e de política social, New Statesman manifesta-se amiúde, e abre as suas colunas de opinião aos mais variados quadrantes. | ” |
A revista teve uma média de circulação de 24.910 exemplares em 2012, um aumento de 1.000 cópias, em comparação com o ano anterior.[3]
Origens
[editar | editar código-fonte]A New Statesman foi fundada em 1913 por Sidney e Beatrice Webb, com o apoio de George Bernard Shaw e outros membros proeminentes da Sociedade Fabiana.[4] Seu primeiro editor foi Clifford Sharp, que permaneceu editor até 1928. Durante os últimos dois anos de Sharp devido ele estar debilitado pelo alcoolismo crônico o jornal foi realmente editado por seu vice Charles Mostyn Lloyd. Este ficou após a partida da Sharp até à nomeação de Kingsley Martin como editor em 1930 - uma posição que Martin ocupou por 30 anos.
1930-1960: Kingsley Martin
[editar | editar código-fonte]Durante a década de 1930, Martin levou acentuadamente a Statesman à esquerda política. Tornou-se fortemente antifascista e foi geralmente crítica da política do governo de apaziguamento de Mussolini e Hitler, embora não apoiando o rearmamento britânico. Foi também, notoriamente, apologista da União Soviética de Joseph Stalin. Em 1938 Martin recusou-se a publicar os despachos de George Orwell enviados de Barcelona durante a guerra civil espanhola, porque eles criticaram os comunistas por reprimirem os anarquistas e outros esquerdistas pertencentes ao Partido Operário de Unificação Marxista (POUM) durante as Jornadas de Maio. É um fato lamentável, Martin escreveu a Orwell, mas qualquer crítica hostil ao atual regime russo é susceptível de ser tomada como propaganda contra o socialismo.[5] Martin também se recusou a permitir que o jornal publicasse comentários do livro anti-stalinista A Revolução Traída de Leon Trotsky.[6] No entanto, Martin tornou-se mais crítico de Stalin após a invasão soviética da Finlândia.[7]
A circulação da Statesman cresceu enormemente sob a direção de Martin, atingindo 70.000 exemplares em 1945.
Ligações externas
[editar | editar código-fonte]- New Statesman - site oficial
Referências
- ↑ Press Gazette "Editing the 'Staggers': 'That we are still here after 99 years speaks for itself'" Arquivado em 25 de novembro de 2013, no Wayback Machine., Press Gazette, 19 Julho 2012, acessado em 1 Novembro 2012.
- ↑ a b «New Statesman | Presseurop - Português». Consultado em 26 de fevereiro de 2010. Arquivado do original em 14 de janeiro de 2010
- ↑ New Statesman magazine circulation rises. New Statesman, 14 fevereiro 2013. Acesso em 10 março 2013.
- ↑ "From the archive: 9 April 1913: Launching the New Statesman" republished in The Guardian, Wednesday 9 April 2008.
- ↑ The Russia complex: the British Labour Party and the Soviet Union, por Bill Jones Google books
- ↑ Bashir Abu-Manneh, Fiction of The New Statesman, Lexington Books, 2011. ISBN 1611493528, (p. 169-70).
- ↑ Paul Corthorn, In the Shadow of the Dictators: the British Left in the 1930s. Tauris Academic Studies, 2006, ISBN 1850438439, (p. 215).