O Processo dos Távoras – Wikipédia, a enciclopédia livre

O Processo dos Távoras
O Processo dos Távoras
Informação geral
Formato série
Gênero Drama
Ficção Histórica
Duração 45 minutos
Estado Terminada
Criador(es) Francisco Moita Flores
Elenco Henrique Viana,
Fernanda Lapa,
João D'Ávila,
António Cordeiro,
Filomena Gonçalves e
Marco Delgado
País de origem Portugal Portugal
Idioma original português
Temporadas 1
Episódios 13
Diretor(es) Wilson Solon
Roteirista(s) Francisco Moita Flores
Empresa(s) produtora(s) Antiomia Produções Vídeo, RTP1 e Instituto do Cinema, Audiovisual e Multimédia (ICAM)
Exibição
Emissora original RTP1
Formato de exibição 4:3
Transmissão original 1 de outubro de 200221 de janeiro de 2003
Ligações externas
Site oficial

O Processo dos Távoras é uma série de ficção histórica produzida pela RTP, Antinomia Produções Vídeo e pelo Instituto do Cinema, Audiovisual e Multimédia (ICAM), em 2001, realizada por Wilson Solon e escrita por Francisco Moita Flores. Foi criada a partir do escândalo político português, acontecido no reinado de D. José, em 1758. A série teve um lugar de destaque no Festival Internacional de Televisão de Veneza de 2002, por ser um projecto inédito, tanto do ponto de vista histórico-cultural como audiovisual.

Esta série demonstra todo o processo (e os seus bastidores políticos), que levaram à barbara execução dos Távoras, numa viagem ao século XVIII. Em ambiente de crise política e económica, D. José, rei de Portugal é vítima de um atentado, numa noite de Setembro, quando regressava ao Campo Real depois de um encontro com a sua amante - a marquesa de Távora nova, D. Teresa de Távora. Após um primeiro momento, o rei hesita e encarrega o seu ministro Sebastião José de Carvalho e Melo de constituir um tribunal que descubra, prenda e julgue os responsáveis pela tentativa de regicídio. É o pretexto que este procurava, para acabar de vez com a velha nobreza que resistia à euforia iluminista que entretanto se preparava para modificar definitivamente a forma de fazer política na Europa, assim como com a Companhia de Jesus. Assim, as famílias do duque de Aveiro e do marquês de Távora são acusadas, e vêem-se num processo espúrio, construído sobre provas cuja intencionalidade política era evidente, e sem possibilidade de defesa efectiva. O destino para os que se considerou implicados directamente foi a morte, na maior execução coletiva a que Portugal alguma vez assistiu. No entanto, a dúvida permaneceu sempre. Se politicamente eram responsáveis pela oposição ao espírito de reforma, judicialmente eram inocentes e o seu horror e humilhação públicos marcou para sempre a história.

A acção passa-se desde Setembro de 1758 até Dezembro do mesmo ano. Num ambiente tenso marcado pela luta do rei D. José e do seu governo pela implantação de um conjunto de reformas que permitam a Portugal sair da miséria onde mergulhou após a crise do ouro brasileiro, cujas remessas diminuíram durante o final do reinado de D. João V e sobretudo no reinado do seu filho. É bastante perceptível a resistência e a surpresa da velha nobreza, incomodada perante a emergência de novas políticas mercantilistas, surgidas do pensamento iluminista, que ignoram e desperzam os valores tradicionais da estrutura nobiliárquica e privilegiam uma lógica de poder economicista. Este descontentamento aliado à mudança de comportamentos políticos e sociais, para além do palco de luta pelo poder em que se converteu o Brasil coloca a Companhia de Jesus em conflito com D. José e com aquele que viria a ser o Marquês de Pombal, Sebastião José de Carvalho e Melo.

Elenco e Personagens

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Temp. Episódios Ano de Transmissão Dia da Semana Elenco Principal
1 13
2002/2003
Domingo
António Cordeiro, João D'Ávila,
Fernanda Lapa, Henrique Viana,
Júlio Cardoso e João Lagarto