O Cangaceiro – Wikipédia, a enciclopédia livre

 Nota: Este artigo é sobre um filme. Para outras acepções, veja Cangaceiro (desambiguação).
O Cangaceiro
O Cangaceiro
Cartaz do filme, destacando o ator Alberto Ruschel
 Brasil
1953 •  p&b •  105 min 
Género ação, drama
Direção Lima Barreto
Produção Cid Leite da Silva
Roteiro Lima Barreto
Elenco Alberto Ruschel
Marisa Prado
Milton Ribeiro
Vanja Orico
Adoniran Barbosa
Música Gabriel Migliori
(Canção "Mulher Rendeira" interpretada por Vanja Orico e Demônios da Garoa)
Diretor de fotografia Chick Fowle
Figurino Carybé
Pierino Massenzi
Edição Giuseppe Baldacconi
Lúcio Braun
Oswald Hafenrichter
Companhia(s) produtora(s) Companhia Cinematográfica Vera Cruz
Distribuição Columbia Pictures
Lançamento Brasil 20 de janeiro de 1953
Portugal 8 de dezembro de 1953
Estados Unidos 3 de setembro de 1954
Idioma português
Receita Cr$ 30 milhões[1]

O Cangaceiro é um filme brasileiro de 1953 escrito e dirigido por Lima Barreto, com diálogos criados por Rachel de Queiroz.[2]

O Cangaceiro foi o primeiro filme brasileiro a conquistar as telas do mundo e considerado o melhor filme da Companhia Cinematográfica Vera Cruz,[3][4] sua história se inspirava na lendária figura de Lampião.

O Cangaceiro ganhou o prêmio de melhor filme de aventura e de melhor trilha sonora no Festival Internacional de Cannes. A música Mulher Rendeira é interpretada pela também atriz Vanja Orico acompanhada pelo coro dos Demônios da Garoa.[3][4] O sucesso em Cannes levou o filme para mais de 80 países e ele foi vendido para a Columbia Pictures. Só na França, ficou cinco anos em cartaz. Durante as gravações, os Demônios da Garoa conheceram o compositor Adoniran Barbosa.[3][4]

O filme foi rodado em Vargem Grande do Sul, interior do estado de São Paulo. Segundo o diretor, a paisagem da cidade se parecia muito com a nordestina.

Após o sucesso do filme, semelhante ao que acontecia com os atores de filmes de faroeste americanos,[5] o ator Milton Ribeiro virou personagem de histórias em quadrinhos criadas por Gedeone Malagola para Editora Jupiter na década de 1950. A diferença do Milton Ribeiro dos quadrinhos para o Galdino do filme, era que nos quadrinhos Milton era um herói do Sertão.[6] Em novembro de 2015 o filme entrou na lista feita pela Associação Brasileira de Críticos de Cinema (Abraccine) dos 100 melhores filmes brasileiros de todos os tempos.[7]

Foi listado por Jeanne O Santos, do Cinema em Cena, como "clássicos nacionais".[8]

O cangaceiro "Capitão" Galdino aterroriza vilarejos pobres da Região Nordeste do Brasil, saqueando e matando com frequência com seu bando armado. Num de seus ataques ele rapta a professora Olívia e pede 20 contos de resgate por ela. Mas ele e o seu braço direito, o valente Teodoro, ficam atraídos pela bonita cativa e a discórdia se instaura no bando.[2]

Alberto Ruschel e Milton Ribeiro em cena do filme O Cangaceiro

Referências

  1. Fernão Ramos; Luiz Felipe Miranda (2000). Enciclopédia do Cinema Brasileiro. [S.l.]: Editora SENAC, São Paulo. 582 páginas. ISBN 9788573590937 .
  2. a b «O Cangaceiro: Filme é uma mistura de faroeste nordestino com drama romântico». Programa de Cinema - TV Brasil. Consultado em 5 de agosto de 2019 .
  3. a b c AnnaLice Dell Vecchio (20 de dezembro de 2010). «Um faroeste à moda do cangaço». Gazeta do Povo 
  4. a b c Luiz Zanin Oricchio (16 de outubro de 2010). «O cangaço está em toda parte». O Estado de S. Paulo 
  5. Marcus Ramone (8 de setembro de 2004). «Raios e trovões! Os bons e velhos quadrinhos de western». Universo HQ. Arquivado do original em 18 de outubro de 2011 
  6. Franco de Rosa (2008). «Homenagem a Gedeone Malagola, uma lenda dos gibis brasileiros». Wizmania. 2 (6). São Paulo: Panini Comics. pp. 56 a 59. ISSN 1679-5598 
  7. André Dib (27 de novembro de 2015). «Abraccine organiza ranking dos 100 melhores filmes brasileiros». Abraccine. abraccine.org. Consultado em 26 de outubro de 2016 
  8. Jeanne O Santos. «Clássicos nacionais». Cinema em Cena. CartaCapital. Consultado em 29 de junho de 2019 

Ligações externas

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