Olof Olai Rudbeck – Wikipédia, a enciclopédia livre

Olof Olai Rudbeck
Olof Olai Rudbeck
Nascimento 15 de março de 1660
Uppsala
Morte 23 de março de 1740 (80 anos)
Uppsala
Cidadania Suécia
Progenitores
Cônjuge Anna Katarina Schönström
Filho(a)(s) Christina Charlotta Hiärne, Olof Rudbeck, Anna Maria Rudbeck, Adolf Rudbeck, Olof Rudbeck
Alma mater
Ocupação explorador, naturalista, botânico, professor universitário, ornitólogo, médico, pintor
Empregador(a) Universidade de Uppsala

Olof Olai Rudbeck, também conhecido por Olaus Rudbeckius o Jovem (Uppsala, 15 de Março de 1660 — Uppsala, 23 de Março de 1740) foi um médico, explorador e naturalista sueco. Foi filho de Olof Johannis Rudbeck, também médico e professor em Uppsala.

Educado pelo seu pai, formou-se em Medicina na Universidade de Uppsala, defendendo em 1686 a tese intitulada De propagatione plantarum (Da propagação das plantas). Nesse mesmo ano começou a trabalhar como adjunto (assistente) no ensino da Medicina, mas no ano seguinte iniciou uma viagem pela Europa que o levou à Grã-Bretanha, à Alemanha e aos Países Baixos. Depois de obter em 1690 o doutoramento na Universidade de Utreque, nos Países Baixos, em 1691 regressou à Suécia. Em 1692 sucedeu a seu pai numa cátedra de Medicina e de Botânica da Universidade de Uppsala, revelando-se um excelente botânico e ornitologista.[1]

Os seus interesses na História Natural levaram-no em 1695 a integrar uma viagem de exploração à Lapónia, incorporando-se na expedição patrocinada pelo rei Carlos XI da Suécia. Nessa expedição o seu objectivo era o estudo da história natural, em especial das regiões montanhosas. Tinha a intenção de publicar as conclusões da sua obra em 12 volumes, que estavam preparados para edição quando em 1702 um grande fogo atingiu Uppsala, destruindo a sua casa e a sua obra inédita. Assim, da viagem resultou apenas um volume publicado em 1701 (Nova Samoland, sive Lapponia illustrata), contendo um álbum colorido com 250 gravuras de aves, flores e paisagens, obra que o imortalizou.

Continuando as especulações linguísticas iniciadas por seu pai, por volta de 1700 abandonou os estudos de história natural e dedicou-se à linguística, pretendendo estabelecer uma relação entre a língua lapônica e o hebraico.

Em reconhecimento pelos seus estudos, e postumamente dos de seu pai, foi elevado à nobreza em 1719, como "fidalgo naturalizado" (família de Rudbeck, n.º 1637), e em 1739 foi nomeado médico da casa real.

O seu aluno, e tutor dos seus filhos, o botânico Carl Linnaeus (1707-1778), em sua honra, deu a um género botânico o nome de Rudbeckia e descreveu muitas das espécies constantes das suas gravuras.

A sua irmã, Wendela, casou com Peter Olai Nobelius e desse casamento descende a família Nobel, incluindo Ludvig Nobel, fundador da Nobelbra, e Alfred Nobel, instituidor do Prémio Nobel.

Notas

  1. Meyers Konversations-Lexikon, 4. Auflage von 1888–1890 (em alemão).

Obras mais notáveis

[editar | editar código-fonte]
  • Lapponia illustrata (Uppsala, 1701)
  • Ichthyologia biblica (Uppsala, 1705)
  • Erik Åhlander, Sven O. Kullander & Bo Fernholm (1997). Ichthyological Collection Building at the Swedish Museum of Natural History, Stockholm. in Collection building in ichthyology and herpetology (T.W. Pietsch et W.D. Anderson, dir.), American Society of Ichthyologists and Herpetologists : 13-25. ISBN 0-935858-91-7 Erro de parâmetro em {{ISBN}}: soma de verificação
  • Michael Walters (2003). A Concise History of Ornithology, Yale University Press (New Haven, Connecticut) : 255 p. ISBN 0-300-09073-0

Ligações externas

[editar | editar código-fonte]