Irmãos Livônios da Espada – Wikipédia, a enciclopédia livre

Fratres miliciæ Christi de Livonia (la)
Schwertbrüderorden (de)

Irmãos Livônios da Espada
Estado eclesiástico do Sacro Império Romano
Bandeira da Estônia dinamarquesa
1218 — 1562
Brasão da Estônia sueca
Brasão do Ducado da Curlândia e Semigália
Brasão do Grão-Ducado da Lituânia

Brasão

Emblema
Mapa da Confederação da Livônia,
mostrando os territórios da Ordem em 1260.
Capital Fellin (Viljandi)
58° 22' N, 25° 36' E
Línguas oficiais Plattdeutsch
Religião oficial católica romana
Forma de governo Principado
Mestre da Ordem da Livônia
- 120409 Wenno von Rohrbach
- 120936 Volquin
- 123738 Hermann Balk¹
- 155961 Gotardo Kettler¹
História Idade Média
- Conquista da Estônia 120827
- Alberto, Príncipe-Bispo da Livônia conquista o norte da Estônia 1218
- Batalha de Saule 1236
- Incorporado pelos Cavaleiros Teutônicos 1237
- Batalha de Wesenberg 1268
- Batalha de Grunwald 1410
- Secularização da Ordem e incorporação pelo Grão-Ducado da Lituânia 1562
1. A partir de 1237, o Mestre da Ordem da Livônia era de jure subordinado ao Grão-Mestre dos Cavaleiros Teutônicos

Os Irmãos Livônios da Espada (latim: Fratres miliciæ Christi de Livonia, alemão: Schwertbrüderorden) ou Cavaleiros Porta-Gládio, foi uma ordem militar organizada em 1202 por Alberto de Buxhoeveden e composta por "monges guerreiros" alemães. Seu regulamento era fundamentalmente baseado naquele da Ordem dos Templários. Eles eram também conhecidos como Ordem da Livônia, Cavaleiros de Cristo e A Milícia de Cristo da Livônia. Os seus membros foram incorporados aos Cavaleiros Teutônicos em 1236.

Alberto, bispo de Riga (ou príncipe-bispo da Livônia), fundou a Irmandade para dar suporte ao Bispado de Riga na conversão dos pagãos curônios, livônios, semigálios e latigálios ao longo do golfo de Riga. Desde a sua fundação, a indisciplinada Ordem tendeu a ignorar sua suposta vassalagem em relação aos bispos. Em 1218, Alberto pediu ajuda ao rei Valdemar II da Dinamarca, mas Valdemar em vez disso, fez um acordo com a Irmandade e conquistou o norte da Estônia.

O quartel-general da ordem era em Fellin (Viljandi) na atual Estônia, onde as muralhas do castelo do mestre ainda podem ser vistas. Outras fortificações incluem Wenden (Cēsis), Segewold (Sigulda) e Ascheraden (Aizkraukle). Os comandantes de Fellin, Goldingen (Kuldīga), Marienburg (Alūksne), Reval (Tallinn) e o bailio de Weißenstein (Paide) pertenciam aos cinco membros da confiança do Mestre da Ordem.

O papa Gregório IX requisitou que os Irmãos Livônios da Espada defendessem a Finlândia do ataque dos novogárdios em sua carta de 24 de novembro de 1232.[1] No entanto, não se tem qualquer informação se os cavaleiros chegaram a ter alguma atividade na Finlândia. A Finlândia foi posteriormente anexada pela Suécia após a Segunda Cruzada Sueca em 1249.

A ordem foi quase que totalmente aniquilada pelos lituanos e semigálios na Batalha de Saule em 1236, sendo os membros sobreviventes incorporados pela Ordem dos Cavaleiros Teutônicos no ano seguinte. A partir desse ponto, eles foram em todos os aspectos (regulamento, vestuário e política) um ramo autônomo da Ordem Teutônica, liderados por seu próprio mestre (que era de jure subordinado ao grão-mestre da Ordem Teutônica). Eles passariam a ser conhecidos como Ordem Livoniana.

Em 1242, o superior da Ordem da Irmandade dos Guerreiros de Cristo, Ordem da Livônia, André de Velwen, seguindo ordens de seu superior Teodorido de Gruninga, e os cavaleiros alemães, foram derrotados pelo príncipe Alexandre I e o exercito de Novogárdia, sob seu comando, na Batalha do Rio de Gelo ou "Lago Gelado de Peipsi". Passagem esta retratada nos filmes Batalha no Gelo Clip 1, Clipe 2, Clipe 3.

Entre 1237 e 1290, eles conquistaram toda a Curlândia, a Livônia e a Semigália, porém seus ataques ao Norte da Rússia foram repelidos na Batalha de Rakovor (1268). Em 1346, a ordem comprou o resto da Estônia do rei Valdemar IV da Dinamarca. A vida dentro do território da ordem é descrita na Crônica de Henrique da Livônia e na Crônica em Versos da Livônia.

A Ordem Teutônica começou a declinar após sua derrota na Batalha de Grunwald, em 1410 e a secularização de seus territórios na Prússia por Alberto da Prússia, em 1525, porém a Ordem da Livônia conseguiu manter uma existência independente. Durante a Guerra da Livônia, no entanto, eles sofreram uma decisiva derrota pelas tropas da Rússia Moscovita na Batalha de Ergeme, em 1560. A Ordem da Livônia então buscou a proteção de Sigismundo II Augusto, o Rei da Polônia e Grão-Duque da Lituânia, que havia intervindo na guerra entre o bispo Guilherme de Riga e os membros da ordem em 1557.

Após chegarem a um acordo com Sigismundo II Augusto e seus representantes (especialmente Mikołaj "o Preto" Radziwiłł), o último mestre, Gotardo Kettler, secularizou a ordem e converteu-se ao luteranismo. Na parte sul das terras da ordem ele criou o Ducado da Curlândia e Semigália para a sua família. A maior parte das terras restantes foi anexada pelo Grão-Ducado da Lituânia. O norte da Estônia retornou à Dinamarca e à Suécia.

Mestres da Ordem da Livônia

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  • Wenno (de Rohrbach) 1204–09
  • Volquin (de Naumburgo?) 1209–36

Mestres da Livônia (dentro da Ordem Teutônica)

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Irmãos da Livônia
Emblema da Ordem da Livônia

Referências

  1. Carta do Papa Gregório IX Arquivado em 14 de agosto de 2007, no Wayback Machine.. Em latim. Em National Archive of Finland. Ver [1] Arquivado em 8 de junho de 2007, no Wayback Machine. e Diplomatarium Fennicum do menu.