Os Sete Corvos – Wikipédia, a enciclopédia livre

Os Sete Corvos
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Autor Irmãos Grimm, Jacob Grimm, Wilhelm Grimm
Idioma língua alemã
Gênero conto de fadas
Data de publicação 1812

Os Sete Corvos é um conto de fadas compilado no livro Contos para a infância e para o lar, dos Irmãos Grimm.

Um camponês tinha sete filhos e nenhuma filha até que, finalmente, uma filha nasceu, mas ela estava doente. Ele enviou seus filhos para ir buscar água para a menina - na versão em alemão, para ser batizado, no grego, a partir de uma fonte de cura - mas em sua pressa, deixou cair o cântaro no poço.

Quando eles não retornaram, o pai pensou que tinha eles tinham começado a brincar e os amaldiçoou a transformarem-se em corvos. Subitamente ouviu uma revoada por sobre sua cabeça; eram sete corvos, seus filhos, que voavam ao longe. Os pais se arrependeram, mas era tarde demais para desfazer o encanto. Só lhes restara consolar-se com sua filha, que ao passar dos anos tornou-se forte e bonita.

Durante muito tempo ela não soube da existência de seus irmãos, já que seus pais achavam melhor não lhe contar o que havia acontecido, porém um dia ouviu alguém falando a respeito dela, comentando sua beleza e atribuindo a ela a culpa da desgraça que havia ocorrido a seus sete irmãos. Os pais disseram a ela que o que havia ocorrido era um decreto do céu, e que seu nascimento não passava de uma ocasião para que este decreto se cumprisse. Apesar disto, a garota sentia-se culpada e pensava que era seu dever libertar seus irmãos e não descansaria até penetrar pelo amplo mundo, a fim de encontra-los. Quando partiu, nada levou além de um anel, como lembrança de seus pais, um pão para saciar sua fome, uma jarra de água contra a sede e uma cadeirinha para quando estivesse cansada.

Foi andando e andando até chegar ao fim do mundo. Aproximou-se do sol, mas este era quente e terrível, e devorava criancinhas. Correu então até a lua, mas esta era fria demais, desanimada e seca. Quando a menina se pôs a olhá-la, a lua disse sentir cheiro de carne humana, assustando assim a pequena menina. Foi ter, então, com as estrelas, que eram bondosas e delicadas, tendo cada uma delas sua cadeira especial.

A Estrela D'alva levantou-se e lhe deu um ossinho, dizendo-lhe que sem ele não poderia abrir a Montanha de Vidro, e nesta Montanha é que estavam seus irmãos.

A pequena recolheu o ossinho, envoltando-o em um lenço e se dirigiu a Montanha de Vidro. Chegando lá, descobriu que a porta estava trancada e resolveu usar o ossinho para abrí-la, mas ao abrir o lenço descobriu que o ossinho não estava mais lá; então pegou uma faca e cortou se dedo mindinho, e o colocou na fechadura, conseguindo, assim, abrí-la.

Quando entrou, encontrou um anão que lhe perguntou o que estava procurando. Ela disse que estava procurando seus irmãos, os sete corvos; o anão disse que os sete corvos eram seus senhores e que não estavam em casa, mas se ela quisesse poderia esperar por eles lá, então ela esperou. Logo a seguir o anão trouxe o jantar dos corvos, servidos em sete pratinhos e sete copinhos; a irmã comeu uma migalha ou duas de cada pratinho e bebeu um golinho de cada copinho, mas deixou cair seu anel no último copinho.

De repente, ouve-se um ruído de asas e gritos de pássaros no ar, pois os sete corvos estavam chegando. Quando começaram a comer e beber, notaram que faltavam goles e migalhas em seus copinhos e pratinhos, e se questionaram quanto a presença de uma boca humana. Quando o último corvo bebeu seu vinho, o anel lhe rolou na boca; ele examinou a joia e constatou que o anel pertencia a seus pais. Desejaram em nome de Deus que sua irmã estivesse lá, pois só assim seriam libertados. Ao ouvir isto, a irmã, que se escondera atrás da porta, apresentou-se, e neste momento todos os corvos recuperaram a forma humana.

Então todos voltaram pra seu lar, aos beijos e abraços[1].

Referências

  1. O Alfaiate Valente e outros contos de Grimm-1994

Ligações externas

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