Osso longo – Wikipédia, a enciclopédia livre

Ossos longos

Ossos longos demonstrados em 3D
Latim 'Os longum'

Os ossos longos são aqueles mais longos do que largos. Eles são um dos cinco tipos de ossos: longos, curtos, achatados, irregulares e sesamoides. Os ossos longos, principalmente o fêmur e a tíbia, são submetidos à maior parte da carga durante as atividades diárias e são fundamentais para a mobilidade esquelética. Eles crescem principalmente por alongamento da diáfise, com uma epífise em cada extremidade do osso em crescimento. As extremidades das epífises são cobertas por cartilagem hialina ("cartilagem articular"). O crescimento longitudinal dos ossos longos é resultado da ossificação endocondral na placa epifisária. O crescimento ósseo em comprimento é estimulado pela produção do hormônio do crescimento (GH), uma secreção do lobo anterior da glândula pituitária.[1][2]

A categoria de ossos longos inclui os fêmures, tíbias e fíbulas das pernas; o úmero, rádio e ulna dos braços; metacarpos e metatarsos das mãos e pés, as falanges dos dedos das mãos e dos pés e as clavículas. Os ossos longos da perna humana compreendem quase metade da altura adulta. O outro componente esquelético primário da altura são as vértebras e o crânio.[3]

A parte externa do osso consiste em uma camada de tecido conjuntivo chamada periósteo. Além disso, a casca externa do osso longo é um osso compacto, depois uma camada mais profunda de osso esponjoso que contém na cavidade medular a medula óssea.[4]

Long bones - anterior view - with legend.png
Exemplos de ossos longos: clavícula, úmero, rádio, ulna, metacarpo, falanges, fêmur, tíbia, fíbula e metatarsos.

A casca externa do osso longo é feita de osso cortical, também conhecido como osso compacto. É coberto por uma membrana de tecido conjuntivo chamada periósteo. Abaixo da camada de osso cortical há uma camada de osso esponjoso. No seu interior encontra-se a cavidade medular que possui um núcleo interno de medula óssea, contém nutrientes e auxiliam na formação das células, sendo a medula amarela no adulto e a vermelha na criança.[2][1]

Significado clínico

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Existem dois distúrbios congênitos dos ossos longos. Em um distúrbio conhecido como "rachitis fetalis anularis", as extremidades dos ossos longos (epífises) são aumentadas. Outro distúrbio é conhecido como "rachitis fetalis micromelica", no qual há uma deficiência no crescimento (como falta) dos ossos.[5][1]

Referências

  1. a b c L. K. (setembro de 1974). «Dorland's Illustrated Medical DictionaryDorland's Illustrated Medical Dictionary. 25th ed. Cloth. Pp. 1748. Philadelphia, W. B. Saunders, 1974.». Radiology (3): 732–732. ISSN 0033-8419. doi:10.1148/112.3.732. Consultado em 13 de novembro de 2021 
  2. a b Body, Visible. «Types of Bones | Learn Skeleton Anatomy». www.visiblebody.com (em inglês). Consultado em 13 de novembro de 2021 
  3. «Long bones: MedlinePlus Medical Encyclopedia Image». medlineplus.gov (em inglês). Consultado em 13 de novembro de 2021 
  4. «human skeleton - Long bones of arms and legs | Britannica». www.britannica.com (em inglês). Consultado em 13 de novembro de 2021 
  5. Pastor, Felipe Martins; Resende, Gabriela de Oliveira; Marin, Júlio Francisco Valiati; Nunes, Louisiane de Carvalho; Franco, Guilherme Galhardo; Boeloni, Jankerle Neves; Silva, Maria Aparecida da (13 de agosto de 2021). «Long bone fractures in Cerdocyon thous: macroscopic and microstructural evaluation». Ciência Animal Brasileira (em inglês). ISSN 1518-2797. doi:10.1590/1809-6891v22e-67749. Consultado em 13 de novembro de 2021