Parque Arqueológico do Solstício – Wikipédia, a enciclopédia livre
Parque Arqueológico do Solstício | |
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Observatório astronômico de Calçoene | |
Localização | Amapá, Brasil |
Dados | |
Criação | 2005 |
Coordenadas | |
O Parque Arqueológico do Solstício, localizado no interior do município de Calçoene, no litoral norte do estado brasileiro do Amapá, é um sítio arqueológico de arte rupestre de interesse histórico e turístico conhecido por abrigar o Observatório Astronômico de Calçoene.[1][2][3]
Círculo megalítico
[editar | editar código-fonte]O sítio, já conhecido pela comunidade científica desde os anos 1950,[1] constitui-se de pelo menos 127 rochas dispostas em formato circular, no topo de uma colina.[4] Supõe-se que tenha sido construído como um antigo observatório astronômico pelos antigos povos indígenas que habitavam a região.[1] O círculo megalítico tem 30 m de diâmetro, com pedras de granito com até 4 m de comprimento. Assemelha-se a um outro círculo megalítico encontrado na Guiana Francesa, cuja datação indica ter mais de 2 000 anos de idade.[carece de fontes] Provavelmente foi construído há mais de mil anos, e usado por pelo menos 300 anos.[5]
O círculo de Calçoene foi apelidado de "Stonehenge do Amapá", numa referência a Stonehenge, na Inglaterra.[6] As escavações no local, executadas por arqueólogos, estão sendo feitas desde 2006.[1] Baseando-se nas características de fragmentos cerâmicos encontrados nas redondezas do sítio arqueológico, arqueologistas estimam que a idade do mesmo esteja entre 500 e 2 000 anos.[7][8]
Um dos blocos de pedra do círculo megalítico foi posicionado de maneira que o Sol, durante o solstício de inverno do hemisfério norte, que ocorre em torno do dia 21 de dezembro, fique a pino sobre este, de maneira que sua sombra desapareça.[7]Além disso, o posicionamento desta rocha é tal que a projeção de sombras durante todo o dia é diminuta.[8]É este alinhamento de um dos blocos de rocha com o solstício de dezembro que levou os arqueologistas a acreditar que o local tenha sido no passado um observatório astronômico, e que ao observar o círculo megalítico de Calçoene está na verdade a contemplar os resquícios de uma cultura avançada.[7]
Referências
- ↑ a b c d «"Stonehenge" amazônico foi criação local». Universidade Federal de Campina Grande. Consultado em 14 de março de 2012
- ↑ Jornal Folha de S.Paulo, 9 de dezembro de 2006, folha A30 (Ciência)
- ↑ «Patrimônio arqueológico do Brasil pede socorro». Universidade de Campinas. 11 de agosto de 2006. Consultado em 14 de março de 2012
- ↑ «Observatório celeste do Amapá: a etnoastronomia nas culturas amazônicas». Arqueologia Americana (blog). 16 de maio de 2006. Consultado em 7 de junho de 2012
- ↑ «'Stonehenge da Amazônia', o observatório astrológico erguido há mais de mil anos na floresta - BBC Brasil». BBC Brasil. Consultado em 7 de janeiro de 2016
- ↑ Cabral, M. P., Saldanha, J. D. M. (2008). «Um sítio, múltiplas interpretações: o caso do chamado "Stonehenge do Amapá"» (PDF). Revista de Arqueologia. 1 (22): 115-119[ligação inativa]
- ↑ a b c Lehman, Stan (27 de junho de 2006). «Another 'Stonehenge' discovered in Amazon: Centuries-old granite grouping may have served as observatory» (em inglês). MSNBC. Consultado em 13 de fevereiro de 2007. Cópia arquivada em 12 de fevereiro de 2007
- ↑ a b «Calçoene megalithic observatory - Amazon Stonehenge» (em inglês). Wondermondo. Consultado em 7 de julho de 2010. Cópia arquivada em 17 de julho de 2010
Bibliografia
[editar | editar código-fonte]- Cabral, M. P., Saldanha, J. D. M. (2008). «Paisagens megalíticas na costa norte do Amapá» (PDF). Revista de Arqueologia. 2 (21): 09-26[ligação inativa]