Pega-azul – Wikipédia, a enciclopédia livre

 Nota: Este artigo é sobre a espécie asiática. Para a espécie ibérica, veja charneco.
Como ler uma infocaixa de taxonomiaPega-azul

Classificação científica
Reino: Animalia
Filo: Chordata
Classe: Aves
Ordem: Corviformes
Família: Corvidae
Género: Cyanopica
Espécie: C. cyanus
Nome binomial
Cyanopica cyanus
( Pallas, 1776)
Distribuição geográfica

A pega-azul[1] (Cyanopica cyanus), ou rabilongo[2], é uma ave da família Corvidae (corvos).

Características

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  • Comprimento: 34 a 35 cm
  • Envergadura: 13 a 14 cm
  • Peso: 65 a 76 g
  • Longevidade:

Distribuição

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Esta ave é nativa do sul da Península Ibérica (Portugal e Espanha) e também da China, Coreia, Japão, norte da Mongólia e sul da Rússia.

Esta distribuição tão particular deve-se à fragmentação de uma população contínua que se estendia desde a Península Ibérica ao Extremo Oriente há cerca de 1,2 milhões de anos. A divisão deveu-se às alterações climáticas provocadas pela última Idade do Gelo: a redução da temperatura foi tão acentuada que fez com que as populações desta espécie tivessem desaparecido da Europa de Leste e do Médio Oriente, resistindo apenas as populações situadas nos extremos do continente euro-asiático. Aí encontraram refúgio, pois as temperaturas eram mais toleráveis.

Na Península Ibérica, o seu habitat natural são as matas de azinheiras e sobreiros do centro e sul. São ainda vistas com frequência em olivais, pinhais, pomares e eucaliptais.

É durante os meses de Abril e Maio que a pega-azul inicia o seu período reprodutivo. Geralmente nidificam em colónias, podendo encontrar-se, por vezes, vários ninhos na mesma árvore. A postura é de 5 a 7 ovos que são incubados durante 15 dias exclusivamente pelas fêmeas, sendo estas, entretanto, alimentadas pelos machos.

Alimentação

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A base da sua alimentação são os insectos, que no Outono complementa com bagas e sementes.

Dadas as recentes descobertas (mais precisamente, em 2002) sobre a distribuição e a filogenia da pega-azul, a sua classificação sistemática encontra-se neste momento em discussão. As seguintes subespécies, baseadas em características morfológicas e padrões geográficos diferentes:

  • C. cyanus cooki (Península Ibérica)
  • C. cyanus cyanus (Ásia)
  • C. cyanus gili (Península Ibérica)
  • C. cyanus pallescens (Ásia)
  • C. cyanus interposita (Ásia)
  • C. cyanus japonica (Ásia)
  • C. cyanus jeholica (Ásia)
  • C. cyanus kansuensis (Ásia)
  • C. cyanus koreensis (Ásia)
  • C. cyanus stegmanni (Ásia)
  • C. cyanus swinhoei (Ásia)

continuam a ser válidas, mas as últimas pesquisas indicam não haver diferenças genéticas significativas que justifiquem a existência de duas subespécies na Península Ibérica e nove na Ásia. As evidências científicas apontam para a existência de duas espécies pertencentes ao género Cyanopica, uma na Península Ibérica (Cyanopica cooki) e outra na Ásia (Cyanopica cyanus). Esta última, por sua vez, contém a subespécie proveniente do Japão Cyanopica cyanus japonica, que aparenta estar suficientemente isolada da restante população para ser assim considerada.[3]

Referências

  1. S.A, Priberam Informática. «PEGA-AZUL». Dicionário Priberam. Consultado em 1 de março de 2021 
  2. S.A, Priberam Informática. «RABILONGO». Dicionário Priberam. Consultado em 1 de março de 2021 
  3. Koon Wah Fok, Christopher M. Wade and David T. Parkin. «Inferring the phylogeny of disjunct populations of the azure-winged magpie Cyanopica cyanus from mitochondrial control region sequences». Proc. R. Soc. Lond. B. 269: 1671–1679 

Ligações externas

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