Pierre Vidal-Naquet – Wikipédia, a enciclopédia livre

Pierre Vidal-Naquet
Nascimento Pierre Emmanuel Vidal-Naquet
23 de julho de 1930
7.º arrondissement de Paris
Morte 29 de julho de 2006 (76 anos)
Nice
Sepultamento Fayence
Cidadania França
Progenitores
  • Lucien Vidal-Naquet
Alma mater
Ocupação historiador, professor universitário
Prêmios
  • Comandante da Ordem da Fênix
  • Oficial da Legião de Honra
  • Prix Mottart (1983)
  • prix Diane-Potier-Boès (2001)
  • Cavalheiro da Ordem das Palmas Académicas
Empregador(a) École des hautes études en sciences sociales
Causa da morte hemorragia intracerebral

Pierre Emmanuel Vidal-Naquet (Paris, 23 de julho de 1930Nice, 29 de julho de 2006) foi um historiador e intelectual francês, de origem judaica.

Foi professor assistente na Universidade de Caen, posto da qual foi suspenso por assinar o Manifesto dos 121, em 1956. Participou do Centro de estudos comparados das sociedades antigas Louis Gernet, organizado por Jean-Pierre Vernant. Ocupou o cargo de diretor de estudos na École des hautes études en sciences sociales (EHESS).[1]

Seus pais foram presos pela Gestapo e assassinados no campo de concentração de Auschwitz.

Foi um especialista em Grécia Antiga, e sua abordagem é tributária da antropologia estrutural. Possui uma produção expressiva acerca da Guerra da Argélia (1954-1962) durante a qual se posicionou contra à prática de tortura do exército francês, assim como pela História Judaica. Pronunciou-se contra a guerra do Vietnam, e as sucessivas guerras no Iraque foram também objeto de sua crítica e condenação. Criticou, por meio da imprensa escrita, a política expansionista israelense no contexto da Guerra dos Seis Dias.

Participou com Michel Foucault e Jean-Marie Domenach da fundação do Groupe d'information sur les prisons (GIP), que se preocupava com a situação das prisões na França. Seu livro Os Assassinos da Memória (1995), focado em desmontar os argumentos do negacionista dos campos de concentração, Robert Faurisson, foi traduzido para diversas línguas.

Obras selecionadas

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  • L'Affaire Audin, Minuit, 1958.
  • Le chasseur noir: formes de pensée et formes de sociétés dans le monde grec, Maspero, 1981.
  • La Démocratie grecque vue d'ailleurs, Flammarion, 1990.
  • Mythe et tragédie en Grèce ancienne (dois volumes), com Jean Pierre Vernant, La Découverte, 2000.
  • Le monde d’Homère, Perrin, 2002.
  • L'Atlantide. Petite histoire d'un mythe platonicien, Les Belles Lettres, 2005.
  • Les assassins de la mémoire, Le Seuil, 1995.
  • Les juifs, la mémoire et le présent, Le Seuil, 1995.
  • Mémoires: La brisure et l’attente (1930–1955). Éditions du Seuil/La Découverte, 1995. v. 1
  • Mémoires: Le trouble et la lumière (1955-1998). Seuil/La Découverte, 1998. v. 2
  • Les crimes de l'armée française Algérie 1954-1962, La Découverte, 2001.

Referências

  1. SCHMITT-PANTEL, Pauline (2011). «Pierre Vidal-Naquet». Os Historiadores. São Paulo: Unesp. p. 372. ISBN 978-85-393-0097-6 

DOSSE, F. Pierre Vidal-Naquet, une vie. Paris: La Découverte, 2020.

HARTOG, F. Vidal-Naquet, historien en personne: l’homme-mémoire et le moment-mémoire. Paris: La Découverte, 2007.

SCHMITT-PANTEL, P. Pierre Vidal-Naquet. In: SALES, V. (Ed.). Os Historiadores. São Paulo: Editora Unesp, 2011. p. 371–391.

SILVA, U. G. DA. Vidal-Naquet, entre dois mundos. Em: SILVA, G. J. DA; CARVALHO, A. G. (Eds.). Como se escreve a história da Antiguidade: olhares sobre o antigo. São Paulo: Editora Unifesp, 2020. p. 383–394.

Ligações externas

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