Plantas companheiras – Wikipédia, a enciclopédia livre
As plantas companheiras funcionam como um tipo de consórcio de culturas[1], são aquelas que podem conviver sem prejudicar uma a outra, em uma condição de alelopatia positiva[2] algumas plantas precisam crescer sozinhas pois são muitos invasivas necessitando de muito espaço para poderem se desenvolver, possuindo muitas ramificações podendo roubar os nutrientes de outras plantas para seu próprio desenvolvimento, alguns exemplos de plantas com esses hábitos são: Hortelã, poejo, coentro, salsinha, pimenta.[3]
A alelopatia é um efeito causado por algum tipo de organismo, sendo planta ou animal que possa ou prejudicar ou favorecer outros organismos ou a si mesmo a partir de substâncias químicas geradas pelo ambiente ou pelo próprio organismo[4].
Além do quesito de necessitarem de muito espaço e nutrientes, existem planta que precisam de alguns nutrientes muito específicos, como exemplo a relação do pepino e do repolho, ou do girassol e a couve, todos estes citados precisam do micronutriente boro[5] (B) para se desenvolverem saudáveis e completarem seu ciclo[6], por isso caso sejam plantadas em uma mesma área irão competir todas por um mesmo nutriente, assim com se forem plantadas sucessivamente irão empobrecer o solo, comprometendo a qualidade do solo e o deixando deficiente.
São diversos as formas de escolher quais plantas companheiras usar, mas para isso acontecer precisa conhecer bem a cultura e seus hábitos, escolher plantas com ciclos diferentes como a beterraba e o rabanete, respectivamente um com um ciclo de 100 dias e o outro com 30[6], escolher plantas que não competem por luz, com raízes diversas, pivotantes, fasciculadas, rasas, profundas, entre outras, que precisam de diferentes tipos de nutrição, com elementos essenciais diversificados, tornando dinâmico o ambiente sem exaurir o solo[7].
Plantas companheiras na horticultura
[editar | editar código-fonte]Na literatura é citado diversos tipos de plantas que podem ser utilizadas juntas, segue uma lista de algumas indicadas pela Embrapa.
A alface é companheira da cebolinha e do pepino.
O pimentão combina bem com alface.
A família das Compostas (família do alface) combina com as Umbelíferas (Apiaceae) família da cenoura.
As cucurbitáceas (abóbora, pepino, melão, melancia, chuchu) associam-se bem com as solanáceas (Ex.: pimentão), com as
leguminosas ( Ex.: feijão) e com as gramíneas (Ex.: milho).[8]
Referências
- ↑ «Princípios básicos da consorciação de culturas. - Portal Embrapa». www.embrapa.br. Consultado em 10 de novembro de 2021
- ↑ «Alelopatia: conceito e exemplos - eCycle». www.ecycle.com.br. 15 de maio de 2018. Consultado em 10 de novembro de 2021
- ↑ Agromania. «Você sabe o que são as plantas companheiras?». Agromania. Consultado em 10 de novembro de 2021
- ↑ Ferreira, Elane Grazielle Borba de Sousa; Matos, Valderez Pontes; Sena, Lúcia Helena de Moura; Sales, Anna Gorett de Figueiredo Almeida (setembro de 2010). «Efeito alelopático do extrato aquoso de sabiá na germinação de sementes de fava». Revista Ciência Agronômica: 463–467. ISSN 0045-6888. doi:10.1590/S1806-66902010000300020. Consultado em 10 de novembro de 2021
- ↑ «O boro na cultura do girassol. - Portal Embrapa». www.embrapa.br. Consultado em 10 de novembro de 2021
- ↑ a b «Plantas inimigas e plantas companheiras: entenda o que são e a importância de conhecê-las». Blog da Bel Agro. 26 de abril de 2019. Consultado em 10 de novembro de 2021
- ↑ Rizzardi, Mauro Antônio; Fleck, Nilson Gilberto; Vidal, Ribas Antônio; Merotto Jr., Aldo; Agostinetto, Dirceu (agosto de 2001). «Competição por recursos do solo entre ervas daninhas e culturas». Ciência Rural: 707–714. ISSN 0103-8478. doi:10.1590/S0103-84782001000400026. Consultado em 10 de novembro de 2021
- ↑ «Plantas companheiras na horticultura. - Portal Embrapa». www.embrapa.br. Consultado em 10 de novembro de 2021