Pororoca – Wikipédia, a enciclopédia livre

Surfistas acompanham o macaréu no rio Severn, no Reino Unido.

Pororoca ou mupororoca é a forma como são denominados os macaréus que ocorrem na Amazônia. Trata-se de um fenômeno natural produzido pelo encontro das correntes fluviais com as águas oceânicas.

Conforme o Dicionário de Tupi Antigo (2013), "pororoca" origina-se do tupi pororoka, palavra composta pelo verbo pororok (explodir, rebentar, estrondar) e o sufixo substantivador -a. Deste modo, a palavra significa estrondo, explosão, ato de rebentar.[1][2]

O fenômeno manifesta-se, no Brasil, na foz do rio Amazonas e afluentes do litoral paraense e amapaense (rio Araguari, rio Maiacaré, rio Guamá, Rio Capim, Rio Moju) e na foz do rio Mearim, no Maranhão. Esse choque das águas derruba árvores de grande porte e modifica o leito dos rios.[3]

Recentemente, o fenômeno tem atraído praticantes de surfe, transformando-se numa atração turística regional amazônica.

Em julho de 2015, foi declarado oficialmente que o fenômeno já não ocorre no rio Araguari.[4] A ocupação irregular de áreas nativas para a criação de búfalos foi um dos principais fatores que provocaram o fim do fenômeno da pororoca na bacia desse rio do extremo leste do Amapá.

Referências

  1. NAVARRO, Eduardo de Almeida. Dicionário de tupi antigo: a língua indígena clássica do Brasil. São Paulo. Global. 2013
  2. Sérgio Nogueira (13 de maio de 2014). «Palavras que vêm das línguas indígenas». Dicas de Português, G1. Consultado em 17 de maio de 2014 
  3. http://www.amazonialegal.com.br/textos/Pororoca.htm
  4. Globo.com Estado e fazendeiros podem ser punidos pelo fim da pororoca, diz MPF
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