Portugaliza – Wikipédia, a enciclopédia livre

Portugaliza
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irredentismo
great homeland (d)

Portugaliza é o termo que expressa o reconhecimento e, para alguns adeptos do reintegracionismo linguístico, a pretensão de unidade cultural, linguística, histórica e geográfica entre os povos de Portugal e da Galiza.[1][2][3]

Para os reintegracionistas defensores do conceito, a reintegração seria neste caso política e não apenas linguística. A Portugaliza tem uma área de 121 810 km² e uma população de 13 milhões de habitantes.

O termo tem sido amplamente usado pelos escritores e intelectuais portugueses Manuel Rodrigues Lapa e José Rodrigues Miguéis.[carece de fontes?] Ernesto Guerra da Cal refere-se a "o direito a sonhar com a resposta de uma Galiza livre ao apelo lançado pelo poeta Lopes Vieira: ‘Deixa a Castela e vem com nós’; o direito, enfim, a sonhar com aquela Portugaliza ideal dos dois Povos do Cabo da Europa que visionaram Pondal e Teixeira de Pascoaes – e Mestre Lapa, vitalício sonhador, que, graças a Deus, continua a nutrir sonhos animadores de realidades".[4]

História e âmbito cultural

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O Condado Portucalense estendia-se desde o rio Minho e Trás-os-Montes até ao Condado de Coimbra e Viseu.[5][6]

Porém, consumada a separação entre o Condado Portucalense e o Reino da Galiza, com a aparição do Reino de Portugal, a Galiza e Portugal seguiram caminhos completamente diferentes. O Reino da Galiza foi abolido com o tempo e incorporado plenamente em Espanha em 1833, depois dum longo processo de castelhanização ao nível social, cultural e linguístico.[carece de fontes?]

Portugal, à diferença da Galiza, continuou a sua expansão territorial como um reino, desde o Condado de Portucale, sendo este o berço da nação, com capital em Coimbra, no Centro de Portugal, até ao Algarve; e desde ali, na Escola de Sagres, através do mar começará o que se tem denominando como Era dos Descobrimentos.

Porém, ainda hoje, quase um milénio depois da separação política entre Portugal e a Galiza, os cidadãos de ambos os lados da fronteira compartem uma identidade cultural, com destaque para o idioma: alguns consideram o português e o galego línguas irmãs, derivadas do galaico-português, também denominado português arcaico; outros vão ainda mais longe e consideram-nas apenas variantes ou dialetos da mesma língua.[7]

Referências

  1. Galiza e Portugal: Umha ou duas naçons?, por José Manuel Barbosa.
  2. Página da Comissom Lingüística da Associaçom Galega da Língua (CL-AGAL).
  3. O que é o Reintegracionismo?.
  4. "Antelóquio indispensável", in Futuro Imemorial. Manual de Velhice para Principiantes. Lisboa, 1985, apud Ernesto Guerra da Cal (Ferrol, 1911 - Lisboa, 1994).
  5. Instituto Camões. Formação de Portugal, p. 33.
  6. Ramos, Rui. (2009) História de Portugal, p. 25.
  7. Portal galego da língua. Fernando Corredoira: «O português deu-me uma experiência de 'normalidade' e de variedade na nossa língua», 22 de julho 2011.

Ligações externas

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