Moro (etnia) – Wikipédia, a enciclopédia livre
Moro é um termo cunhado para a população de muçulmanos indígenas nas Filipinas, formando o maior grupo não-católico [1] no país, e compreendendo cerca de 5,1% (a partir de agosto de 2007) do total da população das Filipinas.[2]
Há cerca de treze grupos étnicos filipinos incluídos e a maioria são muçulmanos,[3] a maioria são seguidores do islamismo sunita do maddhab Shafi'i. [4] O termo "moro" entrou em uso durante o período pré-colonial, baseando-se em um termo utilizado nos séculos anteriores para se referir aos muçulmanos de al-Andalus, no sul da Espanha, conhecidos como "mouros" durante a Reconquista e aplicado aos muçulmanos nativos dentro das ilhas conquistadas. [5] Tradicionalmente, os indígenas muçulmanos filipinos se sentiram ofendidos com o termo "moro", pois foi tirado das peças teatrais "Moro-Moro" da era espanhola, em que os muçulmanos eram sempre representados como antagonistas. Na história moderna, grupos influentes, como a Frente Moro de Libertação Nacional (FMLN) abraçaram a identidade moro para unificar todos os grupos muçulmanos nas Filipinas. Isto é diferente da identidade "filipina", uma vez que é mais vista como um epíteto para grupos étnicos cristãos. Além disso, como o conceito moro representa sua herança islâmica distinta, o líder da FMLN Nur Misuari esclarece que eles não são uma parte da maioria da sociedade filipina com um slogan "Moro, não filipino" em sua luta por autonomia ou independência contra o governo central filipino de maioria católica. [6] Está enraizado desde a resistência ao domínio espanhol e, em seguida, estadunidense que os forçaram a se integrar na moderna república filipina. [5][7]
Os moros vivem principalmente em Mindanao, Sulu e Palawan. Devido ao movimento contínuo de seu povo desde o século XVI até os dias atuais, as comunidades moro podem ser encontradas em todas as grandes cidades nas Filipinas, incluindo Manila, Cebu e Davao. Muitos moros também têm migrado para a Malásia, Indonésia e Brunei na última metade do século XX, devido ao conflito no sul das Filipinas. As comunidades mais recentes podem ser encontrados hoje em Kota Kinabalu, Sandakan, Semporna, nas vizinhas Sabah na Malásia, [8] Kalimantan Setentrional na Indonésia, bem como em Bandar Seri Begawan em Brunei.
Ver também
[editar | editar código-fonte]Referências
- ↑ «Philippines: Insecurity and insufficient assistance hampers return». Norwegian Refugee Council. ReliefWeb. 13 de agosto de 2003
- ↑ Raul C. Pangalangan. «Religion and the Secular State: National Report for the Philippines» (PDF). International Center for Law and Religion Studies
- ↑ Jamail A. Kamlian (20 de outubro de 2012). «Who are the Moro people?». Philippine Daily Inquirer
- ↑ James R. Arnold (26 de julho de 2011). The Moro War: How America Battled a Muslim Insurgency in the Philippine Jungle, 1902-1913. [S.l.]: Bloomsbury Publishing. pp. 3–. ISBN 978-1-60819-365-3
- ↑ a b John D. Harber (junho de 1998). «Conflict and Compromise in the southern Philippines: The Case of Moro Identity» (PDF). Naval Postgraduate School. Monterey, California: Defense Technical Information Center
- ↑ Thomas M. McKenna (10 de agosto de 1998). Muslim Rulers and Rebels: Everyday Politics and Armed Separatism in the Southern Philippines. [S.l.]: University of California Press. pp. 164–. ISBN 978-0-520-91964-8
- ↑ Federico V. Magdalena (2010). «Islam and the Politics of Identity». Center for Philippine Studies. University of Hawaii at Manoa
- ↑ «Deal sealed but to most Filipinos, Malaysia is home». The Star. 9 de outubro de 2012