Psique – Wikipédia, a enciclopédia livre

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Psique (em grego: ψυχή; romaniz.: psychḗ; lit. "respiração", "sopro"; ψύχω, significando "eu respiro")[1] era, entre os antigos gregos, um conceito que definia o auto ("si mesmo"), abrangendo as ideias modernas de alma, ego, mente e espírito.

O termo grego psychein ("soprar") é uma palavra ambígua que significava originalmente "alento" e, posteriormente, "sopro". Dado que o alento é uma das características da vida, a expressão "psique" era utilizada como um sinônimo de vida e por fim, como sinônimo de alma, considerada o princípio da vida. A psique seria então a "alma das sombras" por oposição à "alma do corpo".

O termo adquiriu outros significados ao longo do tempo, a exemplo do apresentado na peça Psyché, de Molière. Pode-se destacar ainda a versão de Jean de La Fontaine (1621–1695), no romance Os Amores de Psique e Cupido, além das versões clássicas como de Apuleio (125–180), Eros e Psique (Metamorfose: livros IV, V e VI), entre outras.

Relevante para a psicanálise é a versão mítica, utilizada por Sigmund Freud, ao propor a utilização dos termos Eros e Tânato, em seu livro Além do princípio do prazer (1922). Segundo o autor, o ser humano possui duas pulsões inatas, a de vida (Eros) e a de morte (Tânato), que dinamizam a psique e são origens de desejos e fantasias.[2]

Referências

  1. Alexandre, Charles. Lexique grec-français a l'usage des commençants. Paris: Hachette, 1843, p.401.
  2. Freud, Sigmund (1996). Além do Princípio do Prazer. Rio de Janeiro: Imago 
  • DORSH, Friedrich. Dicionário de Psicologia Dorsch. Petrópolis: Vozes, 2001.
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