Ptolomeu Alorita – Wikipédia, a enciclopédia livre
Ptolomeu Alorita | |
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Nascimento | século V a.C. |
Morte | 365 a.C. Macedónia Antiga |
Progenitores | |
Cônjuge | Eurynoe |
Irmão(ã)(s) | Pausânias da Macedónia |
Ocupação | diplomata, regência |
Ptolomeu Alorita (em grego: Πτολεμαῖος Αλωρίτες; romaniz.: Ptolemaios Alorites), segundo Jerónimo de Estridão, foi um rei da Macedónia, reinando por quatro anos, desde 372 a.C., quando sucedeu a Alexandre II, até 368 a.C., quando foi sucedido por Pérdicas III.[1] O nome do seu pai, segundo Diodoro Sículo, era Amintas.[2]
Contexto histórico
[editar | editar código-fonte]Amintas III, com sua esposa Eurídice, teve três filhos, os reis Alexandre II, Pérdicas III e Filipe II, o Grande, e uma filha, Eurínoe,[3] e com outra esposa, Gigaia, teve três filhos, Arquelau, Arideu e Menelau.[3]
Eurídice se envolveu com seu genro, e teria assassinado Amintas III caso sua filha não tivesse descoberto a trama e denunciado a Amintas III, que, escapando de vários perigos, morreu de velhice.[3] Amintas poupara a vida de Eurídice por causa de seus filhos, mas seu sucessor, Alexandre II, foi morto por uma conspiração de Eurídice, sua mãe.[4]
De acordo com Plutarco, foi para resolver a disputa entre Ptolomeu e Alexandre, rei da Macedônia, que Pelópidas foi chamado, como árbitro.[5] Pelópidas fez os dois se reconciliarem e trouxe como reféns, para Tebas, trinta filhos dos homens mais ilustres, inclusive Filipe, irmão do rei Alexandre,[6] então um rapaz, mas que, depois que se tornou rei, como Filipe II, escravizou todos os gregos.[7]
Reinado
[editar | editar código-fonte]Ptolomeu Alorita tomou o poder no ano da 103a Olimpíada,[2] quando assassinou seu cunhado Alexandre II,[2][8] e reinou por três [2] ou quatro anos.[9]
Pelópidas foi chamado de novo, pelos macedônios aliados do rei morto, e reuniu um exército de mercenários,[8] mas Ptolomeu corrompeu os mercenários, recebeu Pelópidas como um superior, concordou em governar como regente dos irmãos do rei morto, e entregou reféns a Pelópidas, seu filho Filoxeno e cinquenta de seus companheiros.[10]
De acordo com Ésquines, no discurso Sobre a Embaixada, após a morte de Alexandre II, quando Pérdicas e Filipe ainda eram crianças, Eurídice, a viúva de Amintas, foi traída por quem ela confiava.[11] O usurpador Pausânias, que tinha sido exilado, retornou com uma força de gregos e conquistou Antemo, Terma, Estrepsa e outras cidades e tinha o apoio de vários macedônios.[12] Durante esta crise, os atenienses elegeram Ifícrates como general, e o enviaram contra Anfípolis.[12] Ifícrates foi recebido por Eurídice, que colocou Pérdicas nos seus braços e Filipe nos seus joelhos, lembrou que Amintas chamava Ifícrates de filho, e que Ifícrates poderia se considerar irmão dos meninos, e um amigo dos macedônios.[13] Ifícrates expulsou Pausânias da Macedônia, e preservou a dinastia, deixando Ptolomeu como regente, mas este se aliou a Anfípolis contra Atenas.[14]
Morte e sucessão
[editar | editar código-fonte]No quarto ano da 103a Olimpíada, Ptolomeu foi assassinado por seu cunhado Pérdicas III, que reinou por cinco anos.[15] Pérdicas, assim que se tornou rei, também lutou por Anfípolis, contra Atenas.[14]
Análises modernas
[editar | editar código-fonte]Alguns historiadores supõem que Ptolomeu Alorita era filho ilegítimo de Amintas III,[16][17] porém outros supõem que o pai de Ptolomeu Alorita era outro Amintas, ou que Diodoro Sículo errou.[18][19]
Referências
- ↑ Jerónimo de Estridão, Crônica
- ↑ a b c d Diodoro Sículo, Biblioteca Histórica, Livro XV, 71.1 [ael/fr][en]
- ↑ a b c Juniano Justino, Epítome das Histórias de Pompeu Trogo, Livro 7, 4 [em linha]
- ↑ Juniano Justino, Epítome das Histórias de Pompeu Trogo, Livro 7, 5 [em linha]
- ↑ Plutarco, Vidas Paralelas, Vida de Pelópidas, 26.3 [em linha]
- ↑ Plutarco, Vidas Paralelas, Vida de Pelópidas, 26.4
- ↑ Plutarco, Vidas Paralelas, Vida de Pelópidas, 26.5
- ↑ a b Plutarco, Vidas Paralelas, Vida de Pelópidas, 27.2
- ↑ Chronographeion Syntomon, O Reino dos Macedônios [em linha]
- ↑ Plutarco, Vidas Paralelas, Vida de Pelópidas, 27.3
- ↑ Ésquines, Sobre a Embaixada, 2.26 [em linha]
- ↑ a b Ésquines, Sobre a Embaixada, 2.27
- ↑ Ésquines, Sobre a Embaixada, 2.28
- ↑ a b Ésquines, Sobre a Embaixada, 2.29
- ↑ Diodoro Sículo, Biblioteca Histórica, Livro XV, 77.5
- ↑ Thomas Falconer, Chronological tables: beginning with the reign of Solomon, and ending with the death of Alexander the Great. With a prefatory discourse (1796)
- ↑ William Mitford, The history of Greece. To which is prefixed a brief memoir of the author, by lord Redesdale (1829)
- ↑ John Lemprière, Bibliotheca classica: or, A classical dictionary: containing a copious account of the principal proper names mentioned in ancient authors; with the value of coins, weights, and measures, used among the Greeks and Romans; and a chronological table (1833)
- ↑ Henry-Fines Clinton, Fasti Hellenici, the Civil and Literary Chronology of Greece, from the Earliest Accounts to the Death of Augustus (1841)
Caixa de sucessão baseada em Jerônimo de Estridão e no Chronographeion Syntomon:
Precedido por Alexandre II | Rei da Macedónia 372—368 a.C. | Sucedido por Pérdicas III |