Reserva Biológica Federal do Tinguá – Wikipédia, a enciclopédia livre
Reserva Biológica do Tinguá | |
---|---|
Categoria Ia da IUCN (Reserva Natural Estrita) | |
Vista do maciço do Tinguá, em Nova Iguaçu | |
Localização | Rio de Janeiro, Brasil. |
Dados | |
Área | 26,260 ha[1] |
Criação | 23 de maio de 1989 (35 anos)[1] |
Gestão | ICMBio |
Coordenadas | |
A Reserva Biológica Federal do Tinguá é uma reserva biológica brasileira. Estende-se por uma área de 26 mil hectares e abrange seis cidades, sendo a maior parte dentro do município de Nova Iguaçu; abrange também parte de Duque de Caxias, Petrópolis e Miguel Pereira e Engenheiro Paulo de Frontin. Desde 1992 é parte da reserva da biosfera da Mata Atlântica.
A região mais alta da reserva atinge os 1 600 metros de altitude, sendo possível avistá-la de toda a extensão do município. No seu interior, em local não aberto à visitação pública, encontram-se as ruínas da freguesia de Santana das Palmeiras, povoação que foi abandonada no final do século XIX.
Hoje, a reserva está fortemente ameaçada por caçadores que matam animais silvestres para vender carnes exóticas ou os capturam para inclusive exportar. Grandes empresas poluidoras contribuem para a degradação ambiental. Existe até um aterro sanitário que beira a reserva onde ilegalmente foram despejados resíduos altamente tóxicos. A população que vive em torno da reserva tem problemas com a contaminação do lençol d'água que consome. Entre os mamíferos, ainda existem exemplares da suçuarana na região.
Etimologia
[editar | editar código-fonte]"Tinguá" é um termo da língua geral meridional que designa uma espécie não identificada de planta.[2]
História
[editar | editar código-fonte]Em 1941, através de decreto, foi criada a Floresta Protetora da União Tinguá, Xerém e Mantequira em terras de domínio público federal, que incluem mananciais denominados Serra Velha, Boa Esperança e Bacurubu, os quais até hoje contribuem para o abastecimento de água para boa parte da Baixada Fluminense. Conforme definido pelo antigo Código Florestal de 1934, Florestas Protetoras eram “áreas extensas não habitadas, de difícil acesso e em estado natural, das quais ainda são necessários conhecimentos e tecnologia para o uso”.
Uma grande mobilização da comunidade do entorno para que a área fosse protegida inicia-se em 1987. Após longa discussão com a comunidade do entorno, foi realizado um plebiscito na comunidade de Tinguá, em Nova Iguaçu, para definir se a categoria da unidade de conservação seria parque nacional ou reserva biológica. [3]
Em 1988 e em 1989 o presidente do IBAMA faz algumas visitas ao local e em maio de 1989 o decreto criando o parque nacional esteve na mesa do Presidente José Sarney, no entanto após pressão da bancada ambientalista o presidente opta por categorizar a unidade de conservação como parque nacional.[3]
A criação da Reserva Biológica do Tinguá se deu através do Decreto nº 97.780 de 23 de maio de 1989, que representa o ponto culminante da oficialização de um longo processo com o objetivo de proteger a área.[3]
- Parque Municipal de Nova Iguaçu
- Santana das Palmeiras
- Estrada de Ferro Rio d'Ouro
- Estrada Real do Comércio
Referências
- ↑ a b Vários autores (2006). Plano de Manejo da Reserva Biológica do Tinguá (PDF). Brasília, DF: IBAMA
- ↑ NAVARRO, E. A. Dicionário de tupi antigo: a língua indígena clássica do Brasil. São Paulo. Global. 2013. p. 603.
- ↑ a b c SANTOS, Elloá Figueiredo dos. O Processo de Criação da Reserva Biológica do Tinguá: conflitos na constituição de uma Unidade de Conservação, Nova Iguaçu-RJ (1987-1989). 2014. 131f. Dissertação (Mestrado em História Social) - Faculdade de Formação de Professores de São Gonçalo, Universidade do Estado do Rio de Janeiro, São Gonçalo, 2014.