Revolução do Poder Popular – Wikipédia, a enciclopédia livre

Revolução do Poder Popular
Local Filipinas, principalmente Epifanio de los Santos Avenue, Grande Manila
Causas
  • Assassinato de Benigno Aquino, Jr. em 1983
  • Alegada fraude durante as eleições presidenciais de 1986
Objetivos Remoção de Ferdinand Marcos do cargo para colocar Corazon Aquino como presidente
Resultado Vitória revolucionária
  • Remoção de Ferdinand Marcos do cargo
  • Fim da Era Marcos (1965-1986)
  • Marcos exilado para o Havaí
  • Inicio da Quinta República das Filipinas
  • Corazon Aquino torna-se Presidente das Filipinas
Participantes do conflito
Filipinas Revolucionários Poder Popular
Grupos políticos:

Desertores militares:

Outros:

  • Manifestantes civis anti-Marcos

Grupos religiosos:

Grupos militantes:

Filipinas Governo Marcos

Partidos governistas:

Líderes
Corazon Aquino
Salvador Laurel
Filipinas Juan Ponce Enrile
Filipinas Fidel V. Ramos
Filipinas Gringo Honasan
Cardeal Jaime Sin
Filipinas Ferdinand Marcos
Filipinas Imelda Marcos
Filipinas Fabian Ver
Forças
+2.000.000 manifestantes Não há números disponíveis

Revolução do Poder Popular (também conhecida como Revolução EDSA e Revolução Filipina de 1986) foi uma série de manifestações populares nas Filipinas que começaram em 1983 e terminaram em 22-25 de fevereiro de 1986. Houve uma campanha sustentada de resistência civil contra a violência do regime e a fraude eleitoral. A revolução não-violenta provocaria a saída do presidente Ferdinand Marcos e o restabelecimento da democracia nas Filipinas.[4]

Também é conhecida como Revolução Amarela devido à presença de fitas amarelas durante as manifestações após o assassínio do senador filipino Benigno Aquino Jr..[4] Foi amplamente vista como uma vitória do povo contra o regime autoritário repressivo de vinte anos[5] do então presidente Ferdinand Marcos e fez manchetes como "a revolução que surpreendeu o mundo".[6]

A maioria das manifestações ocorreram em um longo trecho da Epifanio de los Santos Avenue, mais conhecida pela sigla EDSA, na Grande Manila de 22 a 25 de fevereiro 1986. Estiveram envolvidos mais de dois milhões de civis filipinos, bem como vários políticos e grupos militares e grupos religiosos liderados pelo Cardeal Jaime Sin, Arcebispo de Manila, e pelo Presidente Conferência dos Bispos Católicos das Filipinas Cardeal Ricardo Vidal, Arcebispo de Cebu. Os protestos, estimulados pela resistência e pela oposição ao governo corrupto de Marcos, terminaram com a saída do ditador do Palácio Malacañang para o Havaí. Corazon Aquino foi proclamada como a presidente legítima das Filipinas após a revolução.[7]

Referências

  1. a b Sison, Jose Maria (24 de fevereiro de 2006). «'It was a convergence of various forces'». Philippine Daily Inquirer 
  2. Araullo, Carolina (2 de março de 2000). «Left was at Edsa and long before». Philippine Daily Inquirer 
  3. Suarez, Miguel (26 de fevereiro de 1986). «Marcos' last days filled with errors and humiliation». The Evening Independent. Associated Press. Consultado em 4 de agosto de 2014. She (Imelda) did not tell the crowd by that time all but a few thousand soldiers and officers, mostly those in the presidential guard, had by then turn against Marcos to join Mrs. Aquino's "people power" revolution 
  4. a b «The Original People Power Revolution». QUARTET p. 77 
  5. Halperin, Jonathan J. (1987), The Other Side: How Soviets and Americans Perceive Each Other, ISBN 0-88738-687-3, Transaction Publishers, p. 63 .
  6. Kumar, Ravindra (2004), Mahatma Gandhi at the Close of Twentieth Century, ISBN 81-261-1736-2, Anmol Publications PVT. LTD., p. 168 .
  7. «Edsa people Power 1 Philippines». Angela Stuart-Santiago 
  • Baron, Cynthia S. and Suazo, Melba M. Nine Letters: The Story of the 1986 Filipino Revolution. Quezon City, Philippines. Gerardo P. Baron Books. 1986.
  • Johnson, Brian. The Four Days of Courage: The Untold Story of the People Who Brought Marcos Down. Toronto, Canada. McClelland and Stewart, 1987.
  • Mendoza, Amado, '"People Power" in the Philippines, 1983–86', in Adam Roberts and Timothy Garton Ash (eds.), Civil Resistance and Power Politics: The Experience of Non-violent Action from Gandhi to the Present, Oxford: Oxford University Press, 2009. ISBN 978-0-19-955201-6. US edition. On Google.
  • Mercado, Paul Sagmayao, and Tatad, Francisco S. People Power: The Philippine Revolution of 1986: An eyewitness history. Manila, Philippines. The James B. Reuter, S.J., Foundation. 1986.
  • Schock, Kurt. Unarmed Insurrections: People Power Movements in Nondemocracies. Minneapolis, USA. University of Minnesota Press. 2005.