Ricciotto Canudo – Wikipédia, a enciclopédia livre

Ricciotto Canudo
Ricciotto Canudo
Nascimento 2 de janeiro de 1877
Gioia del Colle
Morte 10 de novembro de 1923 (46 anos)
Paris
Sepultamento Crematório-columbário de Père-Lachaise
Cidadania França
Ocupação poeta, crítico de cinema, escritor, musicólogo, crítico de arte, roteirista
Distinções

Ricciotto Canudo (Gioia del Colle (Itália), 1877Paris, 10 de novembro de 1923) foi um teórico e crítico de cinema[1] pertencente ao futurismo italiano. Estudou no "Istituto Tecnico Superiore de Bari", onde se licenciou em física e depois línguas orientais e estudos bíblicos na Universidade de Florença.

Imerso nos ambientes de vanguarda, aos 24 anos se estabeleceu em Paris, onde trabalhou como correspondente do "Il Correr", em seguida começou a escrever nos periódicos parisienses. Imerso na vida cultural da cidade, criou a revista "Montjoie" em 1913 e estabeleceu amizade com Guillaume Apollinaire, com quem manteve uma ampla correspondência, Georges Braque, Pablo Picasso e Maurice Ravel, entre outros.

Destacou sua preocupação teórica sobre a realidade do cinema e suas possibilidades em um futuro de maior evolução técnica. Em 1911 publicou em Paris um artigo intitulado "La Naissance d'un sixième art. Essai sur le cinématographe", considerado como o primeiro texto no qual se define o cinema como uma arte, até então a sexta arte, na qual se resumem as demais artes.[2]

Em 1920 fundou o Clube "Amis du Septième Art" e, dois anos depois, "A Gazzette des sept arts", na qual em 1923 publicou o "Manifeste des Sept Arts", onde finalmente define o Cinema como a Sétima Arte, adicionando a Dança à lista[3]. Muitos de seus trabalhos foram publicados depois de sua morte no livro "L'usine aux images" publicado em 1927.[4]

Para Canudo, com o cinema nascia a "arte total", "a plástica em movimento", "a alma da modernidade", já que reunia e conciliava na sua linguagem e expressão a dimensão plástica da pintura, a arquitetura e a escultura e a dimensão rítmica da dança, a música e a poesia.

O manifesto de Canudo e suas iniciativas acerca do mundo intelectual de Paris serviu para ativar uma resposta de interesse experimental no mundo da pintura, a arquitetura e a literatura, que deu origem ao nascimento do movimento expressionista.[carece de fontes?]

  • French Film Theory and Criticism: A History/Anthology, 1907–1939, Richard Abel (Editor), Princeton University Press, (1993) ISBN 0-691-00062-X (em inglês)
    • The Birth of the Sixth Art pp. 58–66
    • Reflections on the Seventh Art pp. 291–303
  • The Visual Turn, Angela Dalle Vacche (Editor), Rutgers University Press, (2002), ISBN 0-8135-3173-X (em inglês)

Referências

  1. Manifesto das Sete Artes, Université de Metz
  2. Aitken, Ian (2001). European film theory and cinema: a critical introduction. [S.l.]: Edinburgh University Press. p. 75. ISBN 0-7486-1168-1 (em inglês)
  3. «Reflections on the Seventh Art». Art and Popular Culture. 2 de janeiro de 2012. Consultado em 27 de abril de 2019  |nome1= sem |sobrenome1= em Authors list (ajuda)
  4. Bordwell, David (1997). On the History of Film Style. [S.l.]: Harvard University Press. p. 29. ISBN 0-674-63429-2 (em inglês)
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