Rio Paquequer (Teresópolis) – Wikipédia, a enciclopédia livre

Rio Paquequer
Rio Paquequer (Teresópolis)
Rio Paquequer no Parque Nacional da Serra dos Órgãos
Nascente Pedra do Sino, Serra dos Órgãos
Altitude da nascente 2100 m
Foz Rio Preto
Área da bacia 400 km²
País(es)  Brasil

O rio Paquequer é um curso de água que nasce no estado de Rio de Janeiro, no Brasil. É o principal rio do município de Teresópolis, e faz parte da bacia do rio Paraíba do Sul.

"Paquequer" é um termo oriundo da língua tupi que significa "paca dormente", através da junção dos termos paka ("paca") e kera ("dormir").[1]

Características

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Nasce a 2100 m de altitude, na Pedra do Sino, no Parque Nacional da Serra dos Órgãos.[2] Dali atravessa a cidade de Teresópolis e corre em direção norte, banhando áreas rurais, recebendo efluentes de origem industrial, doméstico e rural.[2] Desemboca no rio Preto, um afluente do rio Piabanha.[2]

No romance indigenista O Guarani (1857), de José de Alencar, grande parte da ação se desenrola às margens do Paquequer, onde o personagem D. Antônio de Mariz, um fidalgo português, construiu sua casa.[3] O romance se inicia com uma descrição do rio:[4]

De um dos cabeços da Serra dos Órgãos desliza um fio de água que se dirige para o norte, e engrossado com os mananciais que recebe no seu curso de dez léguas, torna-se rio caudal.
É o Paquequer: saltando de cascata em cascata, enroscando-se como uma serpente, vai depois se espreguiçar na várzea e embeber no Paraíba, que rola majestosamente em seu vasto leito.[5]

Referências

  1. Vocabulário do Tupi
  2. a b c Marilu de Meneses Silva, Rodolfo de Oliveira Souza, Mário Miranda de Souza, João Ricardo Constâncio, Domingos Senra Antelo, Alcina Caçonia, Márcio Lima de Moraes. Avaliação da poluição das águas da bacia do rio Paquequer, Teresópolis, RJ: uma contribuição ao diagnóstico ambiental. Observatorio Geográfico da América Latina.
  3. O Guarani no sítio Recanto das Letras.
  4. Capítulo I d'O Guarani no Wikisource
  5. ALENCAR, José de (1996) [1857]. «I CENÁRIO». O Guarani 20ª. ed. São Paulo: Ática. p. 3 
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