Roland Garros – Wikipédia, a enciclopédia livre
Roland Garros | |
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Nascimento | Eugène Adrien Roland Chacon Georges Garros 6 de outubro de 1888 São Dinis |
Morte | 5 de outubro de 1918 (29 anos) Vouziers |
Sepultamento | Vouziers |
Cidadania | França |
Alma mater | |
Ocupação | piloto, jogador de râguebi de quinze, militar |
Distinções |
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Causa da morte | morto em combate |
Roland Garros (São Dinis, 6 de outubro de 1888 — Ardenas, 5 de outubro de 1918) foi um pioneiro da aviação francesa.
Aviador
[editar | editar código-fonte]O início da carreira
[editar | editar código-fonte]Iniciou sua carreira de piloto em 1909, pilotando um Demoiselle, avião que só voava bem se o piloto fosse pequeno e leve. Em 1911 Garros tornou-se qualificado para pilotar monoplanos Bleriot e disputou na Europa uma série de corridas aéreas neste tipo de aeronave.
Brasil
[editar | editar código-fonte]Teve uma breve passagem pelo Brasil onde ensinou pilotagem em São Paulo.
Em 9 de Março de 1912, juntamente com Eduardo Pacheco Chaves, cada qual pilotando seu próprio avião, realizou a primeira viagem aérea São Paulo-Santos-São Paulo. Na ocasião, o governo do estado oferecia um prêmio de 30 mil réis ao primeiro piloto que conseguisse esta façanha.
Antes da partida a aeronave de Roland Garros apresentou defeito. Mesmo sendo seu competidor, Eduardo Pacheco Chaves ajudou-o a repará-la. Retornaram juntos no mesmo avião.
Em 1913 passou a voar em um Morane-Saulnier, aeronave mais aperfeiçoada que o Bleriot.
A primeira travessia aérea do Mediterrâneo
[editar | editar código-fonte]Ficou famoso por ter efetuado, em 23 de setembro de 1913, a primeira travessia aérea sem escalas do Mediterrâneo em 7h53m, apesar de um motor ter avariado sobre a Córsega.
Partiu da cidade de Fréjus, na costa sul da França. Restavam-lhe cinco litros de combustível quando pousou em Bizerte, na Tunísia.
No Brasil
[editar | editar código-fonte]Em 1911 a Queen Aviation Company Limited, de Nova Iorque, uma empresa de demonstrações aéreas veio ao Rio de Janeiro com seis aviões Blériot XI, um Nieuport 11 e um Demoiselle e diversos ases da aviação francesa, entre os quais, Roland Garros. No Rio, Garros levou para voar pela primeira vez o tenente Ricardo Kirk, que depois se tornaria o primeiro piloto militar brasileiro.[1]
Em 1912 ele fez o primeiro voo aéreo sobre Magé, Guapimirim e Teresópolis.
Em combate
[editar | editar código-fonte]O conflito de 1914-1918 transformou-o em piloto de guerra. Ao contrário do que muitos acreditam, Garros não foi um ás da aviação, pois abateu somente quatro aviões inimigos; para ser considerado ás é preciso ter cinco vitórias.
Em finais de 1914 participou do aperfeiçoamento dos tiros de metralhadora através das hélices. Abatido pelos alemães, foi feito prisioneiro. Na tentativa de ocultar a nova arma do inimigo tentou destruir seu avião antes de ser capturado, porém não conseguiu: seu sistema foi então estudado e aperfeiçoado por Anthony Fokker.
Conseguindo fugir, retomou seu posto na esquadrilha, mas foi morto durante um combate aéreo em 5 de outubro de 1918, sobre as Ardenas, perto de Vouziers, onde ele foi sepultado.
Memória
[editar | editar código-fonte]Membro do Stade Français, teve a honra póstuma de dar seu nome ao estádio parisiense nos anos 1920 e ao torneio de tênis que lá acontece todos os anos.
O aeroporto internacional de Reunião é chamado aeroporto Roland Garros em sua homenagem.
Na cidade de São Paulo há uma importante avenida com seu nome, situada no distrito de Vila Medeiros. Curiosamente, um de seus cruzamentos é justamente com outra avenida com nome de aviador, a avenida Edu Chaves.
Ver também
[editar | editar código-fonte]Referências
- ↑ «Os primórdios da aviação». Consultado em 29 de dezembro de 2009. Arquivado do original em 28 de dezembro de 2009