Rouhollah Zam – Wikipédia, a enciclopédia livre
Rouhollah Zam | |
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Nascimento | 27 de julho de 1978 Teerã |
Morte | 12 de dezembro de 2020 (42 anos) Teerã |
Residência | França, Montauban |
Nacionalidade | Irã |
Cidadania | Irã |
Progenitores |
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Ocupação | jornalista |
Causa da morte | forca |
Rouhollah Zam (Teerã, 27 de julho de 1978 — Teerã, 12 de dezembro de 2020), foi um jornalista e opositor iraniano[1] conhecido por dirigir um grupo do Telegram chamado Amadnews, que fundou em 2015. Zam desempenhou um papel importante nos protestos de 2017 e 2018, que ele cobriu de forma independente.[2] Ele foi um convidado frequente no serviço persa da Voz da América, a emissora do governo dos Estados Unidos, em persa, por rádio e televisão.[3][4]
Biografia
[editar | editar código-fonte]Rouhollah Zam nasceu em 1978 em uma família clerical.[3] Seu pai, Mohammad-Ali Zam, é um reformista que ocupou cargos importantes no governo nas décadas de 1980 e 1990.[2] Rouhollah Zam começou seu engajamento contra o sistema político iraniano com o levante pós-eleitoral de 2009. Como decorrência de suas atividades, ele esteve preso na prisão de Evin. Em 2011, ele fugiu do Irã e se refugiou na França.[5][6]
Prisão e julgamento
[editar | editar código-fonte]Em 14 de outubro de 2019, a Guarda Revolucionária atraiu Zam para o Iraque a fim de sequestrá-lo e, em seguida, levá-lo de volta ao Irã, onde ele foi formalmente preso.[7] Os guardas então assumem o controle do grupo de mensagens no Telegram, Amadnews, que ele administrava, composto por mais de um milhão de pessoas, e anunciam a notícia de sua prisão.[6]
Ele foi indiciado por 17 acusações relacionadas à segurança do país, incluindo espionagem em benefício da França e de Israel, vazamento de informações confidenciais e insulto ao Líder Supremo da Revolução. Treze dessas acusações estão vinculadas, segundo o porta-voz do sistema judicial iraniano, à "corrupção na terra", crime de definição muito ampla e punível com a morte.[8] Seu julgamento começou em 10 de fevereiro de 2020 em Teerã. Em 30 de junho de 2020, ele foi condenado à morte.[9]
Em 12 de dezembro de 2020 foi executado por enforcamento em cumprimento desta decisão judicial.[10]
Notas
[editar | editar código-fonte]- Este artigo foi inicialmente traduzido, total ou parcialmente, do artigo da Wikipédia em francês cujo título é «Rouhollah Zam», especificamente desta versão.
Referências
- ↑ «Controversial Exile Using Social Media To Try To Bring Down Iranian Government». RadioFreeEurope/RadioLiberty (em inglês). Consultado em 30 de junho de 2020
- ↑ a b «Protests in Iran fanned by exiled journalist, messaging app». AP NEWS. 31 de dezembro de 2017. Consultado em 30 de junho de 2020
- ↑ a b «Tehran's campaign against the opposition raises questions | Ali Alfoneh». AW (em inglês). Consultado em 30 de junho de 2020
- ↑ IranWire (9 de janeiro de 2018). «The App Powering the Uprising in Iran, Where Some Channels Pushed for Violence». The Daily Beast (em inglês). Consultado em 30 de junho de 2020
- ↑ «Founders of the Iranian protest-platform „Amadnews" - »With highspeed internet, the regime would be gone in a month». bild.de (em alemão). Consultado em 30 de junho de 2020
- ↑ a b «Le directeur d'un canal d'information iranien réfugié en France enlevé par le régime islamiste | Reporters sans frontières». RSF (em francês). 17 de outubro de 2019. Consultado em 30 de junho de 2020
- ↑ «Iran: arrestation de l'opposant Rouhollah Zam, à la tête d'Amadnews». RFI (em francês). 15 de outubro de 2019. Consultado em 30 de junho de 2020
- ↑ Staff, Al-Monitor (30 de junho de 2020). «Iran sentences dissident journalist to death». Al-Monitor (em inglês). Consultado em 2 de julho de 2020
- ↑ AFP, Le Figaro avec (30 de junho de 2020). «Iran: condamnation à mort d'un opposant autrefois exilé en France». Le Figaro.fr (em francês). Consultado em 30 de junho de 2020
- ↑ «L'Iran exécute l'opposant Rouhollah Zam, qui avait vécu en exil en France avant d'être enlevé par Téhéran». Le Monde. 12 de dezembro de 2020. Consultado em 12 de dezembro de 2020