SPDY – Wikipédia, a enciclopédia livre

SPDY (pronunciado speedy)[1] é um protocolo de rede deprecado desenvolvido principalmente pela Google para transporte de dados pela internet.[1] Apesar de não ser atualmente um protocolo padrão, o grupo que está desenvolvendo o SPDY está trabalhando em direção a uma padronização[2] cuja última versão é o spdy/4.[3] O SPDY é similar ao HTTP, cujos objectivos são a redução da latência na carga de páginas web e o aumento da segurança ao navegar na internet. O SPDY alcança a redução da latência através da compressão, multiplexação e priorização.[1][4][5] O nome não é um sigla, mas um versão reduzida da palavra "speedy" do inglês.[6] SPDY é uma trademark do Google.[7][8]

Durante todo o processo, os principais desenvolvedores do SPDY estiveram envolvidos no desenvolvimento do HTTP/2, incluindo Mike Belshe e Roberto Peon. Em fevereiro de 2015, o Google anunciou que, após a recente ratificação final do padrão HTTP/2, o suporte ao SPDY seria deprecado, e depois seria retirado.[9][10] O Google removeu o suporte ao SPDY no Google Chrome 51. A Mozilla o removeu no Firefox 50.[11] A Apple descontinuou a tecnologia no macOS 10.14.4 e no iOS 12.2.[12]

O objetivo do SPDY é reduzir o tempo de carga de páginas da internet.[13] Isso é conseguido priorizando e multiplexando a transferencia dos sub-recursos da página web para que somente uma conexão por cliente seja necessária.[1][14] Encriptação TLS é praticamente onipresente nas implementações do SPDY, e a transmissões são comprimidas com gzip ou DEFLATE por design (em contraste ao HTTP, em que os cabeçalhos não são comprimidos). Além disso, o servidor indica ou até mesmo envia conteúdo ao invés de esperar requisições individuais para cada recurso de uma página.[15]

  • O conteúdo enviado mesmo que já haja cache é um desperdício de banda.
  • Software de filtragem que dependem do HTTP não funcionarão mais.

O navegador Google Chrome e o Chromium suportam por padrão o SPDY[5] e o utilizam para se comunicar com os serviços do Google, como o Google Search, Gmail, Chrome sync e quando exibindo anúncios do Google.[16][17] O Google reconhece que o uso do SPDY é habilitado em comunicações entre o Chrome e os servidores do Google que usam SSL.[18] As sessões SPDY podem ser inspecionadas no Chrome na URL especial: chrome://net-internals/#events&q=type:SPDY_SESSION%20is:active

O navegador Silk da Amazon para o Kindle Fire usa o protocolo para se comunicar com o serviço EC2 para a renderização otimizada baseada em cloud. [19]

A partir da versão 11 do Mozilla Firefox e SeaMonkey V2.8, há suporte ao SPDY, apesar de não habilitado por padrão.[5] O suporte pode ser habilitado através da preferência network.http.spdy.enabled em about:config.[20] O SPDY é habilitado por padrão no Firefox 13.[21] O Firefox 15 adicionou suporte ao SPDY 3.[22] O Firefox 27 adicionou o suporte SPDY 3.1.[23] O Firefox 28 removeu o suporte ao SPDY 2.[24] about:networking (ou o complemento de indicador HTTP/2 e SPDY)[25] mostra se um website usa o SPDY.

Há uma parâmetro de linha de comando para o Google Chrome (--enable-websocket-over-spdy) que habilita uma implementação experimental do WebSocket sobre SPDY.[26]

A partir da versão 12.10 o navegador Opera suporta o protocolo SPDY.[27][28]

Na versão 11 do Internet Explorer (Internet Explorer 11), foi implementado o suporte ao SPDY versão 3, exceto na versão para Windows 7.[29]

Referências

  1. a b c d «SPDY: An experimental protocol for a faster web». Chromium Developer Documentation. Consultado em 13 de novembro de 2009 
  2. «Network Working Group Internet Draft - Descrição do protocolo SPDY» (em inglês). Fevereiro de 2012 
  3. «SPDY Protocol» (em inglês) 
  4. Paulo Higa (3 de maio de 2012). «SPDY, alternativa do Google ao protocolo HTTP, é 23% mais rápido em conexões móveis». Tecnoblog. Consultado em 22 de maio de 2020 
  5. a b c Adminux (12 de março de 2012). «SPDY: O protocolo Web do Google». Profissionais TI. Consultado em 22 de maio de 2020 
  6. Schachinger, Kristine (11 de agosto de 2011). «5 Black Hat Attack Vulnerabilities & Defensive Strategies». Consultado em 29 de setembro de 2011 
  7. «Google Permissions: Guidelines for Third Party Use of Google Brand Features». Google. Consultado em 30 de setembro de 2011 
  8. Preimesberger, Chris (20 de junho de 2011). «Cloud Computing: Google Speeds Up Web-Page Downloads with SPDY Protocol». eWeek. Consultado em 30 de setembro de 2011 
  9. Chris Bentzel; Bence Béky (9 de fevereiro de 2015). «Hello HTTP/2, Goodbye SPDY» 
  10. Emerson Alecrim (10 de fevereiro de 2015). «Google anuncia suporte ao HTTP/2 no Chrome». Tecnoblog. Consultado em 23 de maio de 2020 
  11. «1287132 - Disable SPDY 3.1». bugzilla.mozilla.org 
  12. Marshall, Scott (25 de janeiro de 2019). «Removing Legacy SPDY Protocol Support». WebKit. Consultado em 22 de maio de 2020 
  13. «A 2x Faster Web». Official Google Chromium Blog. 11 de novembro de 2009. Consultado em 13 de novembro de 2009 
  14. Iljitsch van Beijnum (12 de novembro de 2009). «SPDY: Google wants to speed up the web by ditching HTTP». Ars Technica. Consultado em 13 de novembro de 2009 
  15. Mirko Lindner (13 de novembro de 2009). «Google stellt HTTP-Alternative SPDY vor» (em alemão). Consultado em 21 de outubro de 2011 
  16. Chromium SPDY client implementation
  17. Chromium: SPDY proxy examples
  18. spdy-dev mailing list: SPDY on Google servers?
  19. Ryan Paul (28 de setembro de 2011). «Amazon's Silk Web browser adds new twist to old idea». Consultado em 21 de outubro de 2011 
  20. «Mozilla Bug 528288 - Implement SPDY protocol» 
  21. Mozilla Bug 724563
  22. «Firefox 15 — Release Notes». Consultado em 22 de maio de 2020 
  23. «Firefox Notes Desktop». 4 de fevereiro de 2014. Consultado em 22 de maio de 2020 
  24. «Firefox Beta Notes — Desktop». 6 de fevereiro de 2014. Consultado em 22 de maio de 2020 
  25. «HTTP/2 and SPDY indicator». Add-ons for Firefox. Mozilla. 26 de novembro de 2014. Consultado em 22 de maio de 2020 
  26. List of Chromium Command Line Switches
  27. «SPDY support for turbo» (em inglês). 23 de outubro de 2012. Arquivado do original em 20 de dezembro de 2012 
  28. Paulo Higa (6 de novembro de 2012). «Opera 12.10 tem suporte ao protocolo SPDY e extensões para o Speed Dial». Tecnoblog. Consultado em 23 de maio de 2020 
  29. «IE11 Changes» (em inglês). 24 de setembro de 2013 
  30. Ghedini, Alessandro; Lalkaka, Rustam (26 de setembro de 2019). «HTTP/3: the past, the present, and the future». The Cloudflare Blog (em inglês). Consultado em 22 de maio de 2020 

Ligações externas

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